Prólogo

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de Pandoca-san

de Pandoca-san

Comentário: Eu não detenho qualquer direito autoral sobre a obra de Diários de Uma Apotecária. Essa é uma tradução livre, sem fins lucrativos.

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Mamãe estava com um sorriso radiante. Isso significava que ela própria também deveria sorrir. Ela já tinha aprendido isso.

Mamãe estava brava com o pai. Isso significava que ela deveria franzir a testa assim como mamãe. Ela já tinha aprendido isso.

Mamãe estava disciplinando uma das damas de companhia. Isso significava que ela deveria simplesmente ficar parada e não fazer nada. Ela sabia disso.

Depois, mamãe estava olhando para ela, observando-a muito, muito de perto, e não havia nada que ela pudesse fazer a não ser encarar o desafio. Rir quando sua mãe ria, lamentar quando ela lamentava.

Assim mamãe não ficaria brava. Um sorriso surgiria em seu rosto, e mamãe não mais pareceria feia.

Quando tinha cerca de cinco anos, aplicaram-lhe batom em seus lábios; aos dez anos, um pó facial clareador foi colocado em suas bochechas. Suas sobrancelhas foram arrancadas e substituídas por sobrancelhas desenhadas, e então ela sentiu como se estivesse usando uma máscara. Era como se houvesse fios invisíveis conectados aos seus braços e pernas, e sua mãe os estivesse puxando. Ela estava encurralada por todos os lados.

Ela poderia aceitar isso. Ela estava perfeitamente disposta a ser uma marionete por toda a vida. Mas isso foi um erro. Não importava se ela usasse uma máscara, se ela se tornasse uma marionete: mamãe estava cada vez mais feia. Ela descobriu que era algo impossível de ser evitado. Ah, tudo tinha sido em vão. Mas quando ela percebeu isso, era tarde demais. Tarde demais para fazer qualquer coisa.