Houve um assobio agudo. Jinshi sentiu sua ansiedade diminuir um pouco. O apito era o sinal de que a missão havia sido realizada: vários assobios curtos significariam que houve um problema, e um longo se tudo estivesse bem. Lihaku deve ter tirado Maomao da fortaleza em segurança.
Jinshi surgiu de um longo corredor. Ele pensou nos mapas que estudou no caminho para cá: à sua frente deveria haver uma sala grande e aberta, um escritório e, em seguida, as salas de estar. Basen estava logo atrás de Jinshi. Normalmente, esta seria a posição de Gaoshun, mas Gaoshun tinha seu próprio trabalho a fazer. Porém, Basen tinha o hábito de ficar um pouco irritado ao substituir seu pai.
"Não fique tão tenso." Jinshi o aconselhou, falando suavemente para que apenas Basen ouvisse. Dois outros oficiais os seguiam.
"Deixe-me ir na frente, então." Basen disse.
Jinshi entendeu o que ele quis dizer. Basen queria que Jinshi fosse protegido tanto na frente quanto atrás. Jinshi riu e foi empurrar uma porta pesada, mas de repente foi tomado por um mau pressentimento. Ele disse aos outros para recuarem, para não ficarem na frente da porta. Ele a abriu e imediatamente se prostrou contra a parede. Um estrondo quase ensurdecedor passou por ele.
"O que foi isso?!" Basen questionou, fechando o semblante.
"Nada que eu não esperasse."
Se eles estavam produzindo pólvora aqui, alguém poderia pelo menos presumir que eles usariam feifa na luta. Havia restrições sobre onde tais armas poderiam ser usadas, pois elas eram vulneráveis a intempéries e, mesmo quando em boas condições de funcionamento, a feifa demorava para recarregar. E era preciso pelo menos tanto espaço quanto havia aqui nesta fortaleza.
Era exatamente como Jinshi havia previsto: na grande sala além da porta, alguns homens tentavam freneticamente recarregar suas armas.
"Vamos!" Jinshi gritou. No mesmo momento, os homens na sala tentaram abandonar suas armas e sacar suas espadas, mas era tarde demais.
A feifa foi originalmente planejada para ser usada com várias pessoas alternando os tiros. Esses homens erraram a primeira saraivada, e não havia tempo para recarregar balas novas. Havia cerca de cinco deles, todos vestidos com roupas lindas. Jinshi reconheceu vários rostos. O cheiro característico de pólvora impregnava o grande quarto com piso azulejado.
"Onde está Shishou?" Ele perguntou. Jinshi assumiu que todos na sala eram membros do clã Shi. Seus soldados abandonaram as espadas quando viram que era uma batalha perdida; as feifas eram uma última tentativa de virar a maré. "Não estão a fim de abrir a boca?"
"N-Nós não sabemos! Esse nunca foi nosso plano!" Um dos homens deixou escapar, seus olhos fixos em Jinshi. Ele estava gritando tão agitadamente que saliva voou de sua boca. Basen rapidamente se moveu para contê-lo, com medo de que ele pudesse se jogar em Jinshi. "Fomos enganados! Nós fomos apenas tolos!" O homem gritou de onde Basen o pressionou no chão.
"Seu descarado-!" Basen, enfurecido, empurrou o rosto do homem ainda mais forte contra o chão. "Temos provas, provas de que vocês, canalhas, desviaram fundos nacionais para reconstruir esta fortaleza! E vocês ficaram aqui com armas em punho contra nós! Mesmo que esse fosse o único crime, vocês sabem no que isso implicaria!" Basen pressionou a lâmina de sua espada nua contra o pescoço do homem. O homem, agora praticamente espumando, parecia completamente desesperado.
"Ju-Juro, nós não sabíamos! Eu não sabia! Ele disse que isso era para o benefício do país. Fizemos tudo pela nossa nação..."
Whoosh. A espada desceu — e as faíscas voaram quando ela atingiu o chão de pedra. O homem, com os olhos praticamente saltando das órbitas, parou de tagarelar. Uma mancha escura se espalhou pelo chão embaixo dele. Os outros homens ficaram em silêncio, talvez não desejando ser colocados na mesma situação desonrosa, mas o medo em seus olhos era verdadeiro.
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Diários de uma Apotecária (Kusuriya no Hitorigoto) Light Novel 4
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