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Morwen Montorya

Esta noite, conversei com o diabo, contei-lhe como andava as coisas aqui na terra, ele me pareceu chateado pois, aparentemente as vítimas que eu o fiz, foram direto para o inferno. E o querido satã, não aguardava novos moradores. Segundo ele, o inferno está em super lotação.

Nesta conversa Lúcifer me questionou sobre como andava meu coração. Em uma resposta abrupta, confirmei ao mesmo que ele estava batendo, o diabo riu da minha cara, me dizendo que mesmo ele já havia tido problemas, até o pior dos piores desmorona vez ou outra. A sensação de calamidade invadiu meu peito e o choro me tomou a garganta, a quem eu estava tentando enganar?

Dentro de mim ainda habitava a menininha indefesa, que clamava por socorro.

-Você passa tanto tempo tentando ajudar aos outros, quando não consegue salvar a si mesma. E isso se chama queda livre.

A autodestruição é bem comum, em um mundo de destruição e desconfiança. Constantemente fazemos isso e bom, no final das contas meus demônios não estavam tão errados.

-Por quanto tempo você vai conseguir manter a  mascara de supervilã? Até quando vai enganar a si mesmo? Você é apenas um lobo em pele de cordeiro. Forte por fora, e autodestrutiva por dentro.

Talvez o diabo estivesse de fato certo. Mas ja que sou forte por fora, a porra do meu interior também vai ser.

A cidade estava em claro, e a notícia de que um homem queimou dentro da capela, ja rodava por toda Angelins City. Bom, em relação a isso, eu pouco me importava, afinal, ninguém me viu entrar e muito menos sair da casa do altíssimo.

Eu estava no meu quarto, no meu apartamento, e de repente a porra da campainha tocou. Ressoando aquele som importuno e irritante, que ecoava dentro do meu canal auditivo. Mal pude me levantar, e novamente a campainha tocou.

-JA VAI.- Gritei impaciente.

Ao abrir a porta, fui pega de surpresa, por ele.

-Renzzo, que surpresa.- Definitivamente .

-Desculpa te atrapalhar Elettra. É que, bom, nem sei o que estou fazendo aqui.- Ele disse meio confuso.- Acho melhor eu ir embor-

-Vamos Salvattore, entre.- E com um sorriso doce nos lábios, convidei o garoto para dentro.

-Quero que saiba que eu não sou um doido que anda te perseguindo, é só que encontrei seu pai, e perguntei a ele sobre você, e bom, ca estou eu.

-Eu nunca pensaria que você é assim Renzzo, fique tranquilo. Aceita uma água?

-Na verdade, gostaria de te fazer uma pergunta.

-Então, faça.

-A onde esteve este tempo todo? Digo, eu nunca havia se quer ouvido falar sobre você Morwen, e de repente, você apareceu aqui.

-Morava com uma tia minha, estava estudando fora do país, mas decidi voltar para cidade por, bom, saudades de casa.- Saudades o caralho.

-Você é solteira?

-Sim, e você?.- Neste momento nós estávamos sentados no sofá da sala, e tê-lo aqui tão perto, me despertava um misto de emoções.

Sentimentos conturbados, mas mesmo assim, não deixavam de ser bons de se sentir. Eu não esperava que uma tarde pacata traria Renzzo Salvattore, direto a cova do leão, digo, a meu apartamento. Seu cheiro cítrico invadia minhas narinas sem pedir por licença, e isso era extasiante.

-Bom eu, sou.

-Eliza, não é sua namorada?

-Ela... O que temos é complicado, ela é boa para mim.- Não tanto quanto eu posso ser meu amor.- Mas não gosto tanto dela, ao ponto de assumir um relacionamento.- Ele fez uma pausa pensativa.- Acho que falta algo sabe?

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⏰ Última atualização: Oct 02 ⏰

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