Os lábios de Andrew atacaram os meus com necessidade, desejo. Um desejo que havia sido reprimido por mim e quem sabe talvez, por ele também. Foram anos sonhando com aquilo e finalmente estava acontecendo.
Ele beijava bem pra caralho e eu não estava acostumada com aquela pegada. Ele apertava minha cintura com uma das mãos e apertava os cabelos da minha nuca com a outra. Eu mal estava conseguindo acompanhar o seu ritmo.
Eu tava amando aquilo.
Ele parou o beijo para recuperar o fôlego e encostou a testa na minha, com os olhos fechados e a respiração ofegante. Sua boca estava vermelha e parecia deliciosa.
Desci os olhos pelo o seu corpo e notei o volume em suas calças, o que me fez corar e ficar ainda mais excitada ao mesmo tempo.
Ele abriu os olhos e me fitou. Ele estava rendido.
Estava rendido por mim.
Era surreal, parecia que eu estava em algum dos meus sonhos adolescentes.
Era uma má ideia, uma puta duma má ideia, mas eu queria realizar aquela fantasia. Eu precisava daquilo, pois era como se a qualquer momento eu fosse acordar de um sonho.
— Me toca — Pedi de uma maneira que nunca havia pedido a ninguém antes. Era vergonhoso, mas o tesão falava mais alto. — Por favor.
O olhar dele era incrédulo e ao mesmo tempo intenso. Um sorrisinho malicioso surgiu de repente, aquilo era tão típico de Andrew.
— Mas eu já estou te tocando, princesa.
Afastei minhas duas pernas e puxei seu braço da minha nuca, em um surto repentino de coragem. Eu não era de fazer aquilo, nunca fui.
— Eu quero que você me masturbe, Andrew — Não gaguejei em uma só palavra. — Eu já fiz isso sozinha, enquanto pensava em você tantas vezes. Agora eu quero que você faça em mim.
Aquelas palavras o desestabilizaram por completo. Com os lábios entreabertos, ele abriu mais minhas pernas e deslizou a mão lentamente pela minha coxa, até chegar lá.
Mas a saia de couro estava atrapalhando e eu não tive paciência, apenas a levantei como podia, quase até a cintura, deixando minha calcinha preta e sem graça a mostra.
Ele fez carinho na minha coxa, com o polegar, enquanto deslizava lentamente até minha calcinha.
O que ele fez em seguida, me pegou completamente desprevenida.
Andrew ajoelhou em minha frente, sem tirar os olhos de mim. Ao mesmo tempo que ele me olhava sem pudor algum, seus olhinhos pareciam o dar um ar de inocência.
— Você tá tão molhada — Ele sussurrou e deixou um beijo delicado na minha coxa, perigosamente próximo da minha boceta.
Gemi pedindo por mais daquela sensação. Fiz carinho em seu cabelo, o incentivando a fazer o que tinha que ser feito logo.
Eu tava necessitada por aquilo.
Andrew colocou minha calcinha de lado e eu pensei que ele me masturbaria com os dedos, mas não.
Ele passou a língua lentamente pela extensão da minha intimidade. Gemi mais alto e apertei os seus cabelos com aquela sensação deliciosa que me tomou.
Eu queria mais, muito mais dele.
Movimentei meus quadris e rocei minha intimidade em sua boca e ele continuou a movimentar a língua, me levando a loucura.
Até que ele se afastou, me fazendo gemer em decepção. Sua boca estava melada e seu olhar agora era totalmente safado. Não havia mais uma falsa ingenuidade nele.
— Não era isso que você queria, né princesa... — Ele sussurrou me provocando. Sua mão voltou a me fazer carinho, só que dessa vez na bunda. — Eu devia estar te tocando, não devia?
Sua voz era cínica e aquilo estava me deixando sem nenhum resquício de juízo dentro daquele banheiro, não era possível...
— ABRAM ESSA PORTA CARALHO! EU QUERO MIJAR!
Arregalei os olhos, ao sentir batidas atrás de mim. Foi quando caí em mim e notei que estávamos em um lugar completamente antiquado e eu nem estava completamente depilada, haviam alguns pelinhos nascendo. Senhor.
Céus, o que havia dado em mim? O tesão realmente humilhava as pessoas.
A reação de Andrew foi mais rápida que a minha. Ele se levantou e abaixou minha saia.
Será que ele havia caído na real?
Mas para a minha surpresa, ele me beijou mais uma vez, me fazendo sentir meu próprio gosto em si de propósito. E eu havia gostado daquilo.
— Vamos sair daqui. — Sussurrou ainda bem perto de mim e tirou a chave do bolso de trás da minha saia.
Andrew abriu a porta e havia uns três caras ali, provavelmente quase mijando nas calças. Mas nem prestei atenção deles.
Ele entrelaçou os dedos nos meus e me puxou, ignorando completamente os caras com raiva que nos xingavam e nos mandavam procurar um quarto.
Passamos pelo bar e ele nem se despediu de Dakota, esse que estava com os braços apoiados nos bar e nos olhava com um sorriso malicioso e sugestivo.
Saímos da boate tão rápido que quando me dei conta do que estava acontecendo, ele estava abrindo a porta do carro pra mim entrar.
— Pra onde você quer ir? — Perguntei em um suspiro, meio anestesiada por todos os últimos acontecimentos. Mas o tesão ainda não havia deixado o meu corpo.
A única luz que nos iluminava era a amarelada do poste de luz um pouco a nossa frente, que pareciam se misturar com as coloridas da boate.
Seus cabelos estavam bagunçados e seus lábios inchados. Tão gostoso.
Andrew se inclinou sobre o meu banco, tirando todo o meu fôlego.
— Contanto que eu esteja com você... — Ele sussurrou e pousou a mão delicadamente na minha coxa.
— Me leva pra sua casa, por favor. — Pedi e agarrei sua camisa, o puxando pra mim.
Ele parecia inebriado, um Andrew completamente diferente do que havia se mostrado pra mim em todos aqueles anos. Tudo havia mudado entre nós.
Eu deveria ter ficado ciente que nada mais seria o mesmo depois daquela nossa conversa, quando ele estava bêbado.
O beijei com toda a necessidade da minha alma, dando alívio aos sentimentos que reprimi por tantos anos.
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Outonal
RomanceLivro 2 da duologia "Irmãos Theodore". O primeiro amor da Louisa nasceu na Primavera, mas fora embora no Inverno. Após 7 anos afastada de sua cidade natal, Louisa resolve retornar e cumprir uma promessa que fora feita 10 anos atrás. Tendo que lidar...