Capítulo 23

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Dois telefones estavam completamente destruídos. Sobrando os outros dois, que por azar, não foi carregados, pois os carregadores recentes realmente não funcionava em eletrônicos antigos.

- Ok, galera... - Rule faz uma pausa dramática. - Fudeu.

- Rule! - Agindo pela força do hábito de ser a irmã mais velha, protesto sobre a sua fala grosseira. Tudo bem, as vezes eu falo coisas mil vezes pior, mas eu sou a irmã mais velha, tenho privilégios. Eu posso, eles não.

- Pelo menos alguém falou. - Noah dar de ombros, ainda olhando para os celulares que sobraram em cima da mesa, desligados. - E agora?

David se aproxima, pegando um em suas mãos e olhando para a entrada do carregador.

- Precisamos ir em uma loja de eletrônicos velhos, para saber se tem como mesmo ainda ligar isso aqui. - Ele volta a colocar em cima da superfície da mesa o telefone.

- Beleza, mas... - Jonh prolonga sua fala, mas depois de observar a situação, ele volta a olhar para mim e David. - Barneey tinha esses telefones, então quer dizer que ele usava. - Concordamos com a cabeça. - Então, Barneey deve ter os carregadores próprios deles. Vocês não encontraram no quarto?

- Na verdade, quando encontramos os celulares, saímos imediatamente da casa. Não levamos em conta a hipótese dos carregadores. - Finalizo, meio aborrecida por isso passar despercebido.

- Mas reviramos o quarto dele antes. - David volta a falar. - Antes da noite em que invadimos a casa.

- Ahhhh... - Rule fala com emoção, como se acabasse de lembrar de uma coisa maravilhosa. Estranho, mas logo entendo depois dele completar a sua frase. - Foi antes do negócio da cachoeira, né? - É claro que ele se lembraria desse acontecimento, de novo.

- É... - David controla a sua timidez por se lembrar do evento "incrível" que foi ao descobrir que meus irmãos viram o que aconteceu na cachoeira. - Bem... então, quando tivemos a oportunidade, reviramos o quarto de Barneey, onde descobrimos o VIN. - Ele faz outra pausa para que todos acompanhe o raciocínio. - E não havia um sequer carregador.

Havia muitos caminhos e respostas para esses acontecimentos, sem contar que nem ao menos sabemos o que tem dentro dos eletrônicos. Se estivermos fazendo esse esforço todo para nada, eu vou ser a primeira a jogar gasolina nisso aqui tudo.

- Mas não faz sentido, ele precisa dos carregadores. - Katy exclama.

- Só se ele perdeu. - Amy responde. - Talvez seja por isso que eles estejam guardados e empoeirados.

- Ou ele comprou para fazer algo que ninguém poderia saber, não encontrou o carregador que precisava e teve que abandoná-los. - Noah faz uma contra resposta.

- Ou... - Eu não aguentava mais suposições, já estou ficando maluca. - Ele teve os celulares como também teve o carregador, mas quando percebeu que alguém o perseguia para matá-lo, ele teve que acabar com o portador e escondeu os eletrônicos. - Quando Davis terminou de articular, todos em volta da mesa, ficaram em silêncio, percebendo que essa seria uma grande teoria.

O silêncio se estendeu mais do que deveria. Todos pensavam e mudavam de posições a todo momento, parecendo incomodados com a falta de resposta ou as suposições pesadas que podem ser tirados dos fatos.

Por um instante de nitidez absoluta do mundo exterior, ouço um barulho vindo da estrada, parecendo carros em movimentos, mas antes de eu ter a chances de me aproximar da janela para observar o lado de fora, Noah chama nossa atenção com sua voz.

- E o VIN?

— Está localizado no GPS que tenho no meu computador. — Jonh o responde. — Sabemos que ele está sendo mantido no ferro velho como abandonado. — Explica, relembrando sobre essa pista que encontramos na casa de Barneey. — O que não faz tanto sentido assim, contando que o carro seja um Mustang GT 500.

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