Na mesa da cozinha, que se tornou um cômodo definitivo de nossas reuniões diárias, estava com os eletrônicos jogados em sua superfície.
De acordo com o navegador, os celulares em nossas frentes, são de 2009, um dos mais antigos telefones criados pela Samsung. Eles não possuem chip e são de botões, tem arranhados nas laterais e com partículas de poeiras espalhados em toda a sua extensão.
A questão é que por qual motivo Barneey teria três desses aparelhos escondidos em seu quarto? E principalmente, ele estava escondendo o que e de quem?
- Já tentaram ligar? - Noah pega um que estava na mesa, tentando encontrar o botão para ligá-lo.
- Já, mas parece que está sem bateria. - Amy responde.
Com esses aparelhos antigos, duvido muito que exista ainda um carregador compatível com eles.
- Ninguém aqui usa Samsung, não? - David olha para todos em volta da mesa.
- Eu uso, mas não acho que possa funcionar. - Falo, pegando meu telefone do bolso e colocando na mesa.
O Samsung que eu uso é o S23 ultra, rosa claro. Ele é de lançamento recente, e por isso, eu ainda não acredito que meu carregador possa funcionar nos aparelhos pequenos.
- Querem tentar mesmo assim? - Cruzo os braços, esperando uma resposta positiva ou negativa dos demais que estavam no local.
David acena com a cabeça levemente, dando de ombros.
- Não custa tentar.
Após sua fala, faço um sinal de espera com a mão e me retiro do cômodo, indo em direção ao meu quarto. Vou na escrivaninha que tem do lado da minha cama e abro uma gaveta.
Esperava encontrar meus fones, alguns produtos de cabelo ou de pele, e principalmente, meu carregador.
Mas não foi esses objetos que apareceram em minha visão.
O metal negro estava brilhando por causa do reflexo da lâmpada que estava acesa no quarto. Seu gatilho estava travado e o pente fora da arma, com algumas munições espalhados no espaço de dentro da gaveta.
Eu uso somente para proteção, mas faz bastante tempo que eu não carrego uma dessas na cintura. Balanço a minha cabeça suavemente, na horizontal, tentando focar no objetivo específico que me fez vir aqui.
Fecho a primeira gaveta e abro a segunda, agora, encontrando o que eu procurava. Apagando a luz, eu vou em direção a cozinha, balançando o portador em minha mão.
- Vamos ver se a tentativa vai funcionar. - Pego um dos telemóveis e coloco para carregar na tomada mais perto.
A tela ainda estava preta, sem nenhum sinal de funcionamento. Parece que o carregador não vai funcionar, como esperado.
Não me decepciono, aconteceu exatamente o que eu imaginava.
- Espere um pouco. - Katy toca em meu ombro, olhando com expectativa para o carregador.
Sorri, fingindo tranquilade.
- Depois eu voltarei para ver se carregou ou não. - Volto para perto da mesa e cruzo meus braços, novamente. - Mas, continuando no mesmo ramo desse assunto. Por que Barneey tem isso em seu quarto?
Meus olhos foram diretamente para Jonh, esperando que ele me falasse alguma tipo de explicação.
- Eu sei que eu sou o cara das suposições aqui, mas disso eu não faço ideia. - Ele levanta suas mãos para o alto, fingindo rendição.
Todos estavam sem respostas para os fatos que estavam acontecendo, e isso, me afligia. Quanto tempo nos temos? O que o assassino deve estar fazendo agora? Qual é seu plano? Ele está a quantos passos na nossa frente? Estamos perto o suficiente para conseguir entender esse caso e solucioná-lo? Morreremos antes disso?
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Velocidade Constante
RomanceOs motores estavam ligados, fazendo roncados altos e estrondosos. Os pneus deslizavam no chão, colocando sua marca no asfalto. Os gritos de animação da plateia conseguia tremer uma arquibancada inteira. Mas também havia um snipper, camuflado entre a...