Capítulo 19

116 15 24
                                    


Havia um intenso desejo dentro de mim, que borbulhava e se misturava com todas as outras emoções, criando um vulcão entre minha racionalidade e meu emocional. Em menos de alguns metros de distância, meus irmãos com os amigos de David, discutiam entre si sobre diversos assuntos envolvendo as pistas que acabamos de encontrar.

Por outro lado, havia eu, encurralada entre a parede e a estrutura corporal de David, que me prendia com suas mãos em minha cintura, acendendo uma faísca de fogo em meu interior. Meus cabelos já se encontrava em um estado de desorganização, e meu batom nude, borrado.

— Eu não acho que seja uma boa ideia... — Tentei reverter a situação em que nos encontramos, usando a última gota de sanidade que me restava.

As mãos grandes de David apertaram minha cintura ainda mais - eu tenho quase certeza que marcaram a minha pele branca. - e seus olhos não se desviaram um minuto se quer.

— Tira o colar. — Seus sussurros faziam bagunça em minha mente. — Agora. — Seus dedos se enroscavam na prata do acessório, quase que mantendo a sua postura para não o arrancar a força de meu pescoço.

A indecisão ainda habitava em mim, tentando me avisar de todas as formas possíveis que aquilo não era uma boa hora, principalmente nas circunstâncias em que estamos. Eu deveria ouvir esse lado, mas cada vez mais que a sua boca chegava perto do meu pescoço para murmurar alguma coisa, eu sentia a necessidade de sentir cada vez mais seu toque.

Céus! O que ele estava fazendo comigo?

— Eu... — Tentei falar, mas ao perceber que eu estava hesitando, ele sobe a mão que estava em minha cintura, se divertindo em massagear a minha coxa. — Você não está facilitando as coisas! — Ele sorri, discretamente, ao terminar de me ouvir dizer.

— Eu posso fazer muito mais que isso, Ida. — Seus dedos apertavam e brincavam com a minha pele macia, fazendo movimentos maliciosos perto da peça de renda que cobria minha intimidade. — Então, tira a porra do colar.

Dessa vez, não contestei, com as mãos trêmulas tirei o meu colar de meu pescoço, colocando em cima de uma prateleira de madeira que ficava logo em cima de nós. Quando voltei a observá-lo, não sabia qual seria o próximo passo. O que devo fazer? Devo beijá-lo? Levá-lo para um outro lugar mais privado? Ou muito melhor, por que estou fazendo isso?

Mas não tive como pensar em mais questionamentos, pois os próximos segundos se passaram com a boca de David colada na minha. Me surpreendi com sua ação repentina, ele enfia uma de suas mãos em meu cabelo, puxando levemente os fios e permitindo que eu soltasse pequenos gemidos de dor e prazer.

Senti seus lábios me sugar como se eu fosse a bala mais deliciosamente doce que ele já tenha provado na vida, permitindo que meus pensamentos seguissem maliciosamente para uma imaginação de sua boca afundada entre minhas pernas, aproveitando o doce gosto do meu sabor.

Com apenas uma mão, ele segura firme em minha coxa e me pressiona para cima, me pegando no colo com apenas um de seus braços fortes e tatuados, e com a outra mão, ele solta meus cabelos e segura em minha cintura.

— Me fala que tem algum cômodo no fim desse corredor. — Sorri, me divertindo com sua pressa.

— É uma pena, não tem nada no fim desse corredor. — Sorri sarcástica.

Eu também fiquei desapontada com esse fato, mas gostava de o irritar. Não por gostar de vê-lo surtar ou com raiva, mas sim pelo simples fato de ser atraente demais ver sua mandíbula trincada e seus olhos mais escuros, era uma pontada de excitação que me fazia de pernas bambas.

— Vejo seu sorriso como um desafio. — Ele articula, perto de meu ouvido. — Mas eu te devoraria aqui mesmo, no meu colo, somente arrastaria sua calcinha para o lado e faria você se tornar minha mulher.

Velocidade Constante Onde histórias criam vida. Descubra agora