A grande descoberta

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Rodolffo e Juliette tiveram uma lua de mel incrível em Paris e por duas semanas aquela maravilhosa cidade foi seu lar.

No último dia em Paris.

Depois de visitar uma exposição de artes, eles jantaram num dos melhores restaurantes do centro e Rodolffo era só risos.

- Nunca pensei que eu seria tão feliz no amor.

- Nem eu... Acredite.

- Por mim viveremos assim para sempre. Todos os dias podem ser a nossa lua de mel. Dança comigo amô?

Juliette aceitou e em um lugar reservado dançou lentamente nos braços do marido. A mão de Rodolffo alisava seu braço e um beijo no ombro fez o corpo de Juliette arrepiar.

Ela sorriu e logo teve a iniciativa de um beijo. Depois ela ficou o olhando e fez um carinho na sua barba.

- Você é a melhor escolha da minha vida. E eu te escolho totalmente, sem ressalvas.

- Eu também... Somos um só Juliette.

- Mas eu quero mais...

- Mais?

- A nossa terceira pessoinha... Eu quero.

Rodolffo fez um carinho na sua bochecha e disse:

- Mas você disse que ainda não estava pronta.

- Por que eu tinha medo. Um medo bobo de não dá conta, mas não preciso sentir isso. Não estou e nem ficarei só. Nosso bebê terá a nós dois e um amor incondicional que temos a oferecer.

- Então não precisamos mais evitar? É isso amô?

- Sim. Não quero mais fazer uso de nada que possa impedir a gravidez.

Foi naquela última noite em Paris que Rodolffo proporcionou a Juliette o prazer mais genuíno que uma mulher pode sentir.

...

Três meses depois.

Consultório de Juliette.

Era fim de expediente e Juliette já arrumava suas coisas para ir embora. Tinha sido um dia cheio e ela se sentia bem exausta.

Foi quando entrou na sua sala Lavínia.

- Oi Juli... - ela disse calmamente.

- Oi Lavínia. Como está?

- Recuperando e solteira também.

- Sério?

- É... Nós tentamos principalmente pelo nosso filho, mas a perca dele nos afastou ainda mais.

Lavínia tinha sofrido uma perca gestacional, estando com cinco meses, o bebê morreu no seu ventre.

- Eu sinto muito Lavínia.

- Não sinta. Veja pelo lado bom, através da gente você conheceu o seu marido e vivem bem, isso é muito reconfortante para mim. Otávio e eu ficamos na história um do outro, mas não na vida.

Juliette ficou em silêncio por um momento.

- O Rodolffo já está te esperando. Ele é realmente incrível.

- Lavínia, ainda irá encontrar alguém incrível como o Rodolffo. Se não deu certo com o Otávio, não fique triste.

- Não estou Juli. Pode acreditar amiga. Até amanhã.

Ela saiu da sala e logo Juliette também saiu. Na recepção estava Rodolffo e um sorriso sempre tomava seu rosto ao ver a sua esposa.

Juliette o cumprimentou com um beijo e de mãos dadas saíram da clínica.

O assunto do término dos amigos foi discutido no carro, mas em casa não. Dona Elza sempre os recebia com uns refeição fresca e os três jantavam juntos.

Quando ela se recolhia por vezes Rodolffo convidava Juliette para ver um filme na sala de vídeo e juntos tomavam um pouco de vinho.

- Por que não amô? - ele estranhou a recusa de Juliette naquela noite.

- Estou com dor de cabeça e não é uma desculpa. É verdade.

- Tudo bem. Você está trabalhando muito. Precisa desacelerar um pouco, não acha?

- Acho sim e tenho planos para os próximos meses.

Rodolffo nem cogitava a possibilidade de Juliette estar grávida, na verdade ele achou que tudo seria bem fácil, mas nas duas menstruações que seguiram depois que deixaram de se prevenir, ele foi ficando menos ansioso.

Juntos subiram ao quarto e ela lhe pediu um favor:

- Meu amor... Busca um remédio para mim. Na gaveta do meu closet tem.

Rodolffo foi prontamente buscar o remédio e demorou bastante a voltar. Quando finalmente retornou, estava com um par de sapatinhos na mão e chorava igual um menino.

Juliette o abraçou e ele a girou no ar.

- Amô... É verdade?

- Sim amor. Eu estava atrasada e não quis mais esperar. Positivo em três testes de farmácia e o de sangue também positivo.

Rodolffo ficou tão feliz que deu gritos de alegria que foram ouvidos por dona Elza. Ela não tardou a bater na porta do quarto de casal.

- Mãe... A senhora vai ser vovó... - ele disse suspendendo a mãe do chão e girando do Elza.

Naquela casa nunca se ouviu melhor notícia. Elza estava radiante e logo abraçou a nora.

- Ah filha... Que benção carregas contigo. Eu te amo Juliette.

Juliette sentiu-se ainda mais amada e adorada, além de estar preenchida com tamanha alegria em gerar um bebê.

...

*Veio aí um capítulo de paternidade nesse domingo dedicado aos pais.

*Veio aí um capítulo de paternidade nesse domingo dedicado aos pais

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