A dança da nossa vida

Sobre um novo Rodolffo

Dona Elza foi literalmente achada por Rodolffo quando ele foi até a lavanderia.

- Mãe... A benção? A senhora chegou que horas?

- Meu filho tem um tempinho. Mas não quis atrapalhar vocês.

- Que história mãe... A senhora nunca atrapalha.

- Vocês estão felizes e o meu coração está tranquilo. Agora eu até poderia morrer em paz, mas ainda quero conhecer o meu netinho ou netinha.

- Mãe eu pedi a Juliette em casamento e sei que isso pode parecer estranho para a senhora...

- Não é estranho. Você ama essa moça. Não importa se isso tem 15 dias ou anos, seus olhos nunca mentiram para mim.

- Ela é a mulher da minha vida... - ele fez uma pausa. - E se no futuro ela se sentir pronta, seu netinho pode vir, mas não nos cobre isso agora.

- Não vou cobrar. Mas fico feliz que esteja aberto a possibilidade.

- Estou aberto a qualquer coisa que ela deseje ou que a faça feliz. A Juliette viverá para ser adorada por mim. Nunca imaginei sentir isso que estou sentindo agora. - ele caminhou até dona Elza e a abraçou. - Acha que o meu pai teria orgulho de mim?

- Sim. E ele tem muito orgulho de ti, acredita em sua mãe.

...

Juliette e Elza ficaram em casa enquanto Rodolffo saiu para comprar alguns itens na farmácia.

- Juliette, nunca vi o meu filho tão feliz. - ela confessou e sorriu.

- Eu nunca imaginei que viveria o quê estou vivendo hoje. Rodolffo chegou para ficar e mesmo que pareça cedo, já o amo muito.

- Eu vejo isso no olhar de vocês dois. Meu filho está feliz e leve. Amanhã vai mesmo retornar para sua casa?

- Sim. E também ao trabalho. Confesso que estou muito imersa em nós dois. Preciso voltar a realidade.

- Que a realidade seja benéfica e não maléfica a vocês dois. Por que as pessoas vão estranhar um relacionamento tão rápido, mas não se importe com isso, as opiniões não devem influenciar as decisões de vocês.

Dona Elza era uma pessoa sábia e muito íntegra, Juliette já a adorava e suas palavras eram muito certas. Lavínia certamente iria estranhar e desfazer dela na primeira oportunidade, mas estava pronta para expor seus pontos de vista.

Rodolffo não poupou informações a Juliette sobre o relacionamento, que ela julgava perfeito, entre Otávio e Lavínia. Ele não era fiel a amiga e Lavínia que tanto de achava esperta era constantemente traída.

Se ela lhe dissesse coisas desagradáveis, talvez lhe falasse o quê Rodolffo lhe confessou por que não gostava do fato de saber que a amiga era enganada.

Iria retornar ao trabalho de um jeito que nunca cogitou voltar, agora não só tinha um companheiro como estava noiva, então provavelmente até seus pacientes ficariam surpresos.

...

Na farmácia.

Rodolffo já tinha colocado alguns itens numa cesta e pedia indicação a atendente sobre a pílula que Juliette iria tomar.

- Pode ser essa mesmo. - ele disse um pouco envergonhado por que claramente a moça do caixa o julgou com o olhar.

Passou as compras e já estava de saída da farmácia quando encontrou Tamires.

- Oi sumido. Tudo bem Rô?

- Oi Tamires. - ele respondeu secamente.

- Até hoje espero a sua mensagem, mas acho que você nunca vai mandar...

- Isso tem mais de três meses Tamires. Nem faz sentido você está esperando por uma mensagem minha. E de toda forma agora eu sou um homem comprometido. - Rodolffo mostrou a aliança e Tamires ficou surpresa.

Tamires é a arquiteta de uma empresa associada a empresa que Rodolffo presta serviço. Numa noite em que precisaram estar num trabalho em conjunto se envolveram de forma casual e sexual.

- Eu estou surpresa, confesso. Você sempre pareceu um 'bon vivant'. Mas a sua noiva tem muita sorte, fisgar um homem tão bem estruturado na vida e ainda um gostoso não é para qualquer uma.

- Poupe-se das suas opiniões e passe bem.

Rodolffo saiu dali sem lhe dar mais uma palavra. Encontrou algum trânsito, mas conseguiu voltar logo para casa.

...

Juliette tinha acabado de sair do banho quando encontrou Rodolffo sentado na cama. Ele a olhava fixamente e tinha uma certa tensão no olhar.

- Oi amor... Está tudo bem?

- Vem cá amô... - ele fez o gesto dela sentar-se no seu colo e ela foi.

- Você parece tão tenso... O quê foi?

Rodolffo falou do encontro com a ex ficante e Juliette ouviu em silêncio.

- Eu tenho medo que o meu passado atrapalhe o nosso presente e futuro.

- Não vai atrapalhar. Isso só seria possível se você quisesse ter alguma coisa com ela de novo.

- A única mulher que eu desejo e amo nessa vida é você. Será sempre você.

- Isso é o quê importa para mim.

Rodolffo deslizou a mão sobre a toalha que Juliette tinha nos cabelos molhados e lhe soltou os longos fios.

- Você é tudo que eu sempre quis. Agora entendo por que nunca cogitei ter um relacionamento sério com qualquer outra. Tinha que ser você, a gente se completa em tudo.

Sua mão acariciou a nuca de Juliette e ele lhe beijou com tesão. Logo se livrou da toalha que lhe cobria e começou a beijar todo o seu corpo nu.

Juliette tentava não fazer barulho, mas gemeu assim que ele lhe abocanhou um mamilo e depois pediu sem pudor "não para!" quando ele deixou de estimular o seu clitóris com a língua.

- Calma gostosa. Ainda tem muito mais.

Ele logo ficou despido e pediu para Juliette ficar de quatro.

- Rodolffo... Não sei se me sinto pronta para isso.

- Calma... Não é anal. É só uma posição diferente. Você vai gostar. Eu prometo.

Ela posicionou-se como ele pediu e logo foi totalmente preenchida.

- Gos-to-sa! - ele disse lentamente no seu ouvido antes de começar a se movimentar.

Suas estocadas eram precisas, mas por um instante ele parou e deu a oportunidade a Juliette de fazer movimentos.

- Rebola para mim, vai! - ele disse enquanto beijava seu pescoço.

Juliette foi se permitindo, em instantes depois eles estavam completamente sincronizados e ela sentiu as pernas fracas quando o orgasmo chegou. Rodolffo logo estava completamente saciado também e a ajudou a se recompor.

- A camisinha Rodolffo... A gente não usou. - Juliette disse num susto.

Logo Rodolffo correu até às suas compras e deu a pílula que tinha comprado. Juliette tomou imediatamente.

- De agora em diante não podemos mais vacilar Rodolffo. Eu sei que estamos indo rápido, mas é muito cedo para ter uma terceira pessoa entre nós. Tem que existir alguma sensatez e se eu engravidar agora, tudo pode mudar no nosso relacionamento.

- Desculpa. Me perdoa amô. - ele disse a abraçando e ela o apertou.

...