22. Abuso

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[Gatilho: abuso, violência]

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[Gatilho: abuso, violência]

Minho acordou pela enésima vez naquela escuridão opressiva, seu corpo fraco e dolorido. Seu corpo todo marcado e a ferida em seu ombro, ainda latejante, lembrava-o constantemente da violência de Woo-seok. A situação em que se encontrava parecia surreal, como um pesadelo do qual não conseguia despertar. Amarrado, preso naquele lugar abandonado e frio, Lee sabia que sua sobrevivência dependia de sua capacidade de resistir, mesmo que Kang estivesse determinado a quebrá-lo.

O som de passos ecoou no chão de concreto, trazendo o policial de volta à dura realidade. Seu ex-namorado se aproximava, seu semblante carregando uma expressão perturbadoramente satisfeita. Minho observou-o com cautela, tentando preparar-se mentalmente para o que viria a seguir. Com o tempo que havia passado naquele cativeiro, Lee já havia aprendido que Woo-seok era imprevisível e que qualquer coisa poderia acontecer.

— Olha só quem decidiu acordar de novo — Kang comentou, sua voz carregada de sarcasmo. Ele se abaixou até ficar na altura de Minho, os olhos fixos nos dele com uma intensidade perturbadora. — Tem se divertido na minha ausência?

O policial apenas o encarou, lutando para manter a compostura. Ele sabia que responder só incitaria mais provocações, e naquele momento, seu foco era preservar o que restava de suas forças.

Woo-seok se levantou, começando a andar ao redor de Lee, como um predador circulando sua presa. — Sabe, amor, eu estive pensando muito sobre nós. Sobre o que deu errado. E cheguei à conclusão de que foi você quem destruiu tudo.

Minho mordeu o lábio inferior, segurando o impulso de gritar ou chorar. Ele não queria dar a Kang o prazer de ver o quanto aquilo o estava afetando.

— Se você simplesmente tivesse ficado comigo, tudo isso poderia ter sido evitado. Eu era o único que realmente te entendia. O único que te amava de verdade — O ex-namorado continuou, sua voz ficando cada vez mais amarga.

Lee desviou o olhar, tentando bloquear as palavras de Woo-seok. Ele sabia que Kang estava tentando manipular suas emoções, usando palavras como armas para feri-lo. Mas Minho não podia deixar que isso o quebrasse.

O ex-namorado, percebendo a resistência de Lee, parou em frente a ele, abaixando-se novamente. Sua mão agarrou o queixo de Minho, forçando-o a encará-lo.

— Olhe para mim quando eu estiver falando com você — Woo-seok rosnou, apertando o queixo do policial com força.

Lee finalmente cedeu, olhando diretamente nos olhos de Kang. Por um momento, ele viu um lampejo de algo que reconhecia — uma mistura de dor e obsessão. Mas essa faísca logo foi engolida por uma escuridão mais profunda.

— Você acha que pode simplesmente me ignorar? Acha que pode seguir em frente com aquele garoto ridículo? — O ex-namorado zombou. — Eu sou o único que realmente te conhece, querido. Ninguém mais entende você como eu.

𝗱𝗼𝗰𝗲 𝗷𝘂𝘀𝘁𝗶𝗰̧𝗮, 𝗆𝗂𝗇𝗌𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora