27. Sim, Claro, Com Certeza

76 7 23
                                    

Era uma sexta-feira tranquila, e Han estava aproveitando a paz da casa de Minho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Era uma sexta-feira tranquila, e Han estava aproveitando a paz da casa de Minho. Ele estava deitado no sofá, enrolado em uma manta macia, com os olhos semicerrados enquanto a TV exibia um programa qualquer. A semana havia sido especialmente exaustiva, tanto física quanto mentalmente, e tudo que Jisung queria era ficar em casa, descansar e não pensar em nada. Ele já havia recusado o convite de Minho para sair com os amigos mais cedo. Embora gostasse de se reunir com o grupo de vez em quando, naquela noite, ele não tinha energia nem disposição para enfrentar o barulho e a agitação de um bar lotado.

O Lee, por outro lado, estava animado para sair. Ele sempre adorava encontrar Changbin, Hyunjin e Bangchan para rir e se descontrair, especialmente depois de uma semana cheia. Enquanto Han preferia recarregar suas energias no conforto da casa, Minho encontrava alegria em passar um tempo com os amigos, jogando conversa fora e bebendo algumas cervejas.

A casa de Lee estava mergulhado em silêncio, apenas quebrado pelo som suave da televisão e o ocasional zumbido dos carros passando na rua lá fora. Jisung estava quase cochilando quando ouviu o barulho da chave girando na fechadura da porta. Ele se sentou devagar, espreguiçando-se, e olhou para a entrada. A porta se abriu com um rangido suave, revelando Minho. Só que ele não estava da forma habitual, elegante e controlado. Não, o policial estava completamente bêbado.

Ele cambaleava pela porta, tentando com dificuldade se equilibrar enquanto chutava os sapatos para o lado, tropeçando um pouco no processo. Han se levantou do sofá num pulo, imediatamente preocupado com o estado do outro. Minho riu de maneira arrastada, sua voz entrecortada pelas palavras emboladas.

— Adivinha quem 'tá em casa? — ele anunciou com um sorriso bobo, os olhos claramente desfocados pelo efeito das bebidas.

O menor suspirou, aproximando-se rapidamente para evitar que Lee tropeçasse e caísse de vez. Ele segurou o mais alto pelos ombros, puxando-o para perto.

— Minho, você tá bem? — Jisung perguntou, a preocupação evidente na voz.

O maior riu mais uma vez, deixando-se apoiar completamente em Han, o peso do corpo dele caindo sobre os ombros do mais baixo.

— Eu... tô ótimo... — O policial arrastou as palavras, olhando para Han com os olhos semicerrados. — Talvez um pouquinho... bêbado... — Ele fez um gesto com a mão, apertando os dedos como se estivesse tentando mostrar algo minúsculo.

Jisung balançou a cabeça, ainda segurando o moreno firme para que ele não caísse. Apesar da situação, ele não conseguia evitar sorrir um pouco. Minho, mesmo bêbado, conseguia ser adorável. Ele era sempre tão responsável e centrado, mas nas poucas vezes que passava do ponto com a bebida, acabava assim: desinibido, um pouco dramático, e completamente dependente de Han.

— Vamos, eu vou te ajudar a sentar — disse o loiro, enquanto guiava o Lee até o sofá.

Minho se deixou guiar, ainda rindo e murmurando coisas incompreensíveis, enquanto Jisung o colocava com cuidado no sofá. O mais novo olhou para Lee e suspirou novamente, pensando no trabalho que teria para cuidar dele até ele finalmente adormecer.

— Você disse 'pra mim que não ia exagerar, lembra? — avisou, a voz ligeiramente divertida enquanto observava o policial tentando se equilibrar.

Minho ergueu os olhos para ele, o sorriso sonhador ainda no rosto. Em vez de responder ao comentário, ele de repente se inclinou para frente, os olhos brilhando com uma seriedade inesperada, embora ainda claramente afetado pelo álcool.

— Hannie... — começou, arrastando a voz de forma lenta, quase como se estivesse falando um segredo. — Se eu te pedisse em namoro... o que você responderia?

O mais baixo parou, completamente pego de surpresa. Ele piscou algumas vezes, processando o que Lee havia acabado de dizer. A pergunta parecia fora de lugar, especialmente naquela situação, com Minho mal conseguindo manter os olhos abertos. Ainda assim, algo na forma como o policial o olhava fez o coração de Han bater um pouco mais rápido. Era como se, mesmo bêbado, houvesse um toque de sinceridade na pergunta.

Antes que ele pudesse responder, Minho completou a frase, dessa vez com um tom um pouco mais brincalhão. — Eu pergunto... porque eu sei... que você responderia... sim, claro ou com certeza — sorriu novamente, os olhos ainda fixos no loiro, como se estivesse esperando a resposta mais importante do mundo.

Jisung se aproximou, abaixando-se na frente de Lee e olhando diretamente para ele. Apesar da pergunta inesperada e do estado claramente alterado do namorado, Han sentiu uma onda de carinho tomar conta dele. Minho, mesmo embriagado, sempre conseguia derretê-lo como manteiga.

— Min... — Jisung começou, a voz suave. — Eu responderia com certeza, sem pensar duas vezes. — Ele sorriu de leve, inclinando-se para ajeitar o cabelo bagunçado de Lee.

O maior pareceu pensar na resposta por um momento, como se estivesse tentando processar o que Han havia dito. Então, com um sorriso satisfeito, ele se recostou no sofá, os olhos pesados.

— Eu sabia... — Minho murmurou, mais para si mesmo do que para Jisung. — Sabia que você ia dizer 'com certeza'. Porque você me ama... né?

Han riu suavemente, sentindo o coração aquecer com a forma desajeitada e adorável com que Lee expressava seus sentimentos. Ele assentiu, ainda acariciando os cabelos do namorado.

— Sim, eu te amo, seu bobo — respondeu, a voz carregada de ternura. — Mas agora você precisa dormir antes de falar mais besteiras.

O mais alto soltou uma risadinha abafada e se mexeu no sofá, ajeitando-se como se estivesse se preparando para dormir ali mesmo. Jisung o observou por um instante, certificando-se de que ele estava confortável. Apesar do comportamento tolo e da embriaguez, momentos como aquele lembravam o loiro do quanto ele amava Minho. Não importava o quão caótico ou imprevisível ele pudesse ser às vezes, o policial sempre encontrava uma forma de tocar o coração de Han.

— Han... — Minho murmurou, a voz cada vez mais distante enquanto o sono finalmente o alcançava. — Eu gosto de quando você cuida de mim...

Jisung riu, balançando a cabeça. Ele pegou a manta que estava no sofá e a puxou para cobrir Lee, ajeitando-a sobre o corpo dele.

Eu amo cuidar de você, Min — respondeu baixinho, sentando-se ao lado do namorado e observando-o adormecer.

O maior suspirou uma última vez antes de se entregar completamente ao sono, e Han ficou ao lado dele, assistindo seu rosto relaxar enquanto ele dormia profundamente. A noite havia terminado de uma forma inesperada, com confissões que, embora ditas sob o efeito do álcool, carregavam um peso verdadeiro. Jisung sabia que Minho o amava, mas ouvir aquilo em um momento tão vulnerável fez com que seu coração se enchesse de ainda mais carinho.

Enquanto a madrugada avançava, o loiro apagou a luz da sala e decidiu que ficaria ali, ao lado de Lee, até o amanhecer. Afinal, cuidar dele era uma das coisas que mais gostava de fazer.

𝗱𝗼𝗰𝗲 𝗷𝘂𝘀𝘁𝗶𝗰̧𝗮, 𝗆𝗂𝗇𝗌𝗎𝗇𝗀Onde histórias criam vida. Descubra agora