Jimin
Eu estava com meu cardigã de libélulas quando fui para a casa do JungKook na terça-feira.
Era o que eu estava usando da primeira vez que conversamos e pensei nele como um amuleto da sorte.
Não passei maquiagem, porque isso não importava, e também porque eu já estava de saco cheio de ficar acertando o olho com o aplicador de rímel.
Enquanto andava pela rua, eu me esforçava ao máximo para controlar o nervosismo.
A gente só ia sair, afinal de contas, não se casar.
Não havia motivo para complicar as coisas.
Cheguei à varanda da frente da casa do JungKook e toquei a campainha.
Esperei alguns segundos, retorcendo os dedos e batendo o pé no chão, até ele chegar à porta.
Foi o tempo mais longo que tive de esperar alguém atender a porta, mas, de novo, considerando o tamanho da casa do JungKook, era compreensível.
Quando ele abriu a porta, trazia no colo um enorme gato preto e fofo.
Meus olhos se arregalaram de euforia.
— Meu Deus, quem é esse?
— Esse é o Miau, meu melhor amigo — respondeu JungKook, deixando que eu acariciasse o bichano. — É um velho gorducho, mas é o cara mais legal das redondezas.
Sorri para o felino.
— Oi, Miau. Eu sou o Minie.
O gatinho miou antes de saltar dos braços de JungKook e voltar para dentro da casa, sem demonstrar o menor interesse em mim.
Não consegui evitar o riso.
— Ele é fofo — comentei.
— É, sim. Então, está pronto pra ir? — perguntou JungKook, pegando um casaco de moletom com capuz no hall de entrada da casa.
— Estou. Mas aonde vamos, exatamente?
— Eu tive a chance de ver um pouco do que você gosta quando li aqueles livros, então queria te mostrar uma coisa que eu gosto. A gente vai ao cinema.
— Ah! Qual? — perguntei, enquanto descíamos os degraus da varanda.
— Bem, toda terça-feira, o Cinema Piccadilly passa uns filmes antigos de kung fu. O que está em cartaz essa semana é o Cinco dedos de violência.
— Você gosta de ver filmes antigos de kung fu?
— Gosto. Eu via muito com meu avô, antes de ele morrer. Aí depois passei a ir sozinho. — Ele se deslocou para lá e para cá e fez aquele gesto de retorcer os dedos, o que demonstrava um certo grau de desconforto. — Se você odiar a ideia de ir ao cinema, a gente pode fazer outra coisa, tipo tomar sorvete ou coisa assim. Eu só pensei...
Ai, meu coração
Sorri e balancei a cabeça, esfregando a mão esquerda no braço direito.
— Acho essa ideia perfeita.
Ele sorriu para mim.
— Você devia fazer isso mais vezes, Jun — falei, sorrindo ao repetir as palavras dele.
Fomos até o cinema a pé.
Quando chegamos, ele comprou pipoca e bala.
Eu não conseguia comer nada daquilo direito por causa do aparelho, mas não tinha problema.
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Love From The Past
FanfictionA vida era perfeita... Até que deixou de ser, e fomos forçados a seguir caminhos diferentes. Abandonei minha primeira paixão, me agarrei a nossas memórias e sonhei com o dia em que o encontraria de novo. Mas, quando meu sonho se tornou realidade, nã...