Capítulo 49

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Jimin

Nós nos jogamos na mesma hora.

E nos jogamos rápido.

Assim que começamos a descida, não houve um único momento de arrependimento.

Havia apenas respeito e compreensão.

Nós superamos os pontos difíceis juntos e encontramos maneiras de encarar os dias complicados.

E, nossa, como aprendemos a desfrutar ao máximo os dias bons.

Nós os recebíamos de braços abertos.

Quando as meninas pegavam no sono, JungKook adentrava o meu mundo.

Nós ríamos juntos, nos beijávamos, fazíamos amor.

Amor...

Eu estava me apaixonando por ele, o que aconteceu naturalmente.

Quase como se tudo o que eu deveria fazer na vida fosse amar um homem como ele.

— Bom dia — JungKook cumprimentou as filhas ao entrar na sala de jantar para o café da manhã.

Ele parecia revigorado naquela manhã, e eu não pude deixar de pensar que aquele comportamento tinha algo a ver com os nossos cumprimentos de manhã cedo.

Ele foi até Se-mi e deu um beijo em sua testa enquanto pegava uma banana de cima da mesa.

— Bom dia, papai! — exclamou Se-mi, enfiando uma colherada de arroz na boca.

JungKook foi até a cozinha pegar seu café, cantarolando sem parar.

So-Rim arqueou uma das sobrancelhas.

— Tem alguma coisa errada com você? — perguntou ela, quando ele voltou à sala de jantar, ainda cantarolando.

— Como assim? — indagou ele.

— Sei lá, você tá... esquisito.

JungKook jogou a banana que estava em sua mão esquerda para cima e a pegou com a mão direita.

— Não sei do que você está falando, So-Rim.

Ela estreitou os olhos, ainda desconfiada, mas voltou a comer.

— Tanto faz, pai.

JungKook saiu para trabalhar, me deixando sozinho com as meninas.

— Ele tava muito esquisito — comentou So-Rim de novo, servindo-se de mais arroz.

— Como assim?

Ela deu de ombros.

— Sei lá. Ele parecia... o pai de antes. O pai que ele era antes de tudo acontecer. Como se fosse ele mesmo de novo. Depois que a mãe morreu, ele nunca mais ficou cantando assim.

Eu me esforcei ao máximo para não demonstrar nenhuma reação àquele comentário, mas JungKook tinha voltado a cantar.

E eu achava isso lindo.

Minha relação com JungKook era como um sonho.

Era, tipo, o melhor sonho do mundo.

A cada novo contato, ele me tirava o fôlego.

A cada dia que nos tocávamos, eu rezava para que ele fosse meu.

Certa noite, após muita conversa e também muito vinho, começamos a nos perder um no outro na casa de hóspedes.

Eu gemia enquanto ele me beijava todinho.

As mãos dele passeavam pelas minhas curvas como se eu fosse a única pessoa que ele desejasse tocar pelo resto da vida.

Love From The PastOnde histórias criam vida. Descubra agora