Capítulo 25

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JungKook

Fiquei no escritório da JHouse o máximo de tempo que pude.

A maioria dos meus empregados tinha ido embora às sete e, quando olhei para o relógio, eram nove e meia.

Meu celular começou a vibrar, e o nome do Yoongi apareceu na tela.

Eu ignorei a chamada, mas isso não impediu meu melhor amigo de me mandar uma mensagem na mesma hora.

Yoon: Vai pra casa, Jun.

Eu teria dito que o fato de eu estar ignorando as ligações dele não era nada pessoal, mas estaria mentindo.

Desde o acidente, Yoongi ligava para ver como eu estava todo santo dia, e eu basicamente o ignorava todo santo dia.

Eu estava cansado de mentir para ele, de dizer que estava bem, quando não estava.

Estava cansado de ouvir a preocupação na voz dele.

Estava cansado da preocupação dele.

Então, mergulhei no trabalho e assim continuei todos os dias até que o último funcionário fosse embora do escritório.

Quando voltei para casa, a menina que chamamos para tomar conta das meninas estava dormindo no sofá.

Era uma jovem de 17 anos que Yorin contratava nos dias em que não tínhamos uma cuidadora.

Fui até ela e a acordei.

Eu me senti um bosta por ser tão tarde, considerando que ela tinha aula pela manhã.

— Ei, acorde — falei, dando um tapinha em seu ombro.

Eu não me lembrava do nome dela, porque eu era desses babacas que esquecem o nome das pessoas, não importa quantas vezes eu as encontre.

Ela se ergueu um pouco e bocejou.

— Ah, oi, Sr. Jeon.

— Olá. Pode ir para casa agora — avisei.

Ela bocejou novamente.

— Está bem. As meninas se comportaram bem essa noite. Mas a Se-mi não quis tirar as asinhas de borboleta de jeito nenhum, então está dormindo com elas. E a So-Rim está... Bem, o senhor sabe... So-Rim.

Por mais estranho que fosse, eu entendia exatamente o que ela queria dizer.

Peguei a carteira e tirei uma nota.

Ela balançou a cabeça.

— Ah, não. A Sra. Lee já me pagou.

— Aceite um pouco mais, por termos chamado você em cima da hora.

Os olhos dela se arregalaram.

— Mas o senhor está me dando mil wons.

— É, estou ciente disso. Obrigado pelo seu tempo, hã...

— Borah. — Ela sorriu, dizendo seu nome como sempre precisava fazer. 

— Certo. Borah. Boa noite.

Ela foi embora e eu expirei pesadamente.

Era sempre bom quando não havia mais ninguém por perto.

Depois de me servir de um copo de uísque com gelo, fiz minhas duas paradas da noite.

Primeiro, Se-mi.

O quartinho dela era coberto com seus desenhos.

Ela puxara os talentos artísticos da mãe, isso era certo.

Love From The PastOnde histórias criam vida. Descubra agora