Capítulo 10

51 13 1
                                    

Evan

Quando o sol apareceu, eu não tinha dormido nada, passei a noite inteira rolando na cama pensando sobre o que aconteceu. Sydney e eu nos beijamos, e eu ainda podia sentir a sensação dos lábios dela nos meus. Nosso beijo foi perfeito. De longe o meu preferido de todos os tempos. Tinha desejo, tinha saudade, tinha amor nele. E eu mal podia esperar para fazê-lo de novo assim que eu a encontrasse de novo. Enquanto passeávamos pela orla do Rio Cowlitz, ontem, um sentimento nostálgico tinha tomado conta de mim. Tudo me fazia lembrar dos anos em que éramos namorados e nos esgueirávamos para o parque todo final de tarde.

Quando meu pai mandou uma mensagem pedindo que eu voltasse para casa porque meu filho estava encontrando dificuldade para dormir relaxado. Eu não estava totalmente pronto para deixá-la. Mas Sydney insistiu para que eu fosse para casa, e apesar de eu ainda ter deixado-a na casa de sua mãe, o tempo que ainda passamos juntos no carro foi muito rápido. Eu queria muito mais. O que estava fazendo de mim, um cara muito desesperado. Eu precisava me controlar mais. Agora como eu faria isso eu não sabia. Depois de tomar um longo banho quente para tentar aliviar a queimação entre minhas pernas, coloquei uma bermuda cinza, uma camiseta azul, e desci as escadas.

— Você tem alguma reunião por agora? - meu pai pergunta assim que entro na cozinha e o encontro de frente para o fogão.

O aroma de bacon, e ovos enchem meus pulmões.
— Não até meio-dia. - eu digo indo até a geladeira, e pegando uma pequena garrafa de água. Vou para a ilha no centro da cozinha, e me sento no banco de madeira enquanto desenrosco a tampa da garrafa, e bebo alguns goles de água.

— Ótimo. - ele diz. — Depois do café eu vou precisar dar uma saída.

— Interessante. - eu provoco. — Posso saber para onde?

Ele agita os ombros.
— Eu vou dar uma passada na livraria dos Reynold's.  

Meu cenho instintivamente franze.
— E desde quando você frequenta livrarias?

Ele se afasta do fogão carregando uma frigideira nas mãos. Então ele se aproxima do balcão aonde eu estou, e despeja os ovos mexidos em cima de uma tigela redonda de vidro.
— Greta me convidou para acompanhá-la.

— Ah! - eu bato minhas mãos no balcão. — Aí está o grande motivo.

— Não é grandes coisas. - ele agita os ombros novamente, mas dessa vez querendo fazendo pouco caso.

— Garanto que Greta não pensa dessa maneira.

Quando ele fica em silêncio, meu peito explode em uma risada. Meu pai podia ter a idade que ele tinha, isso não importava para mim. E nem me impedia de apertar seus botões. Se tinha uma coisa que eu gostava de fazer era vê-lo na defensiva sobre seu caso de amor com Greta. 

— Você não escutou isso? - de repente ele pergunta, magicamente mudando o foco da nossa disputa.

— Escutar o que?

— Acho que meu neto está acordando. Eu posso ter ouvido um resmungo dele.

Eu semicerro meus olhos para ele.
— Você só está querendo que eu te deixe sozinho não é?

Ele sorri.
Mas dessa vez sou eu quem escuta um pequeno resmungo.
— Eu não te disse? - meu pai sorri mais ainda.

Porra.
Então ele estava falando sério?
Eu pulo do banco, e dou a volta na ilha.
— Acho que você tem super poderes. - eu brinco antes de sair da cozinha.

— Quem poderia dizer.

Eu subo as escadas pulando em dois em dois degraus. Quando chego no corredor, os resmungos do meu filho estavam mais longos e alto. Abro a porta do seu quarto, e o vejo completamente embolado no cobertor no meio da cama.
— Ei carinha, - eu corro até ele e o ajudo a se livrar do tormento. — O que aconteceu aqui?

Perto De Você Onde histórias criam vida. Descubra agora