Capítulo 28

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Sydney

Evan aperta minha mão enquanto aguardamos meu nome ser chamado pelo médico. Essa tinha sido a primeira manhã que eu não tinha enjoado, mas Evan não me deixou desistir da consulta. Ele queria que eu viesse me certificar de que tudo estivesse correndo bem comigo. Eu já pensava que sim, pois estava me sentindo muito bem, e com mais disposição que antes. Mas eu tinha que confessar que no segundo dia que eu vomitei, algo passou pela minha cabeça, mas foi muito rápido. Eu não quis acreditar. Então me forcei a não pensar. Evan quando me viu encarando o espelho, ele perguntou se alguma coisa tinha acontecido. Minha mente estava tão confusa que eu mal consegui formular uma palavra.

Agora que estávamos aqui nesse corredor estéril e frio, eu só conseguia pensar no que estava acontecendo comigo nos últimos dias. As tonturas, os enjoos. Será que era o que eu estava imaginando? Droga. Eu não queria passar por isso de novo. Mas ainda assim eu sabia que estava correndo esse risco apesar de tomar minhas pílulas todo santo dia. Agito minha cabeça. Não deve ser isso. É impossível.

— Sydney Sanchez?

Meu corpo endurece quando uma voz grave me chama. Evan aperta ainda mais minha mão, e me distrai com seu sorriso. 
— Vou esperá-la aqui.

Eu agito minha cabeça assentindo.
— Te amo.

Ele puxa meu rosto com suas mãos, e planta um beijo em minha testa.
— Eu que te amo.

Nos afastamos e eu respiro fundo antes de caminhar em direção ao médico, e entrar no seu consultório. O médico que havia me chamado fecha a porta atrás de mim, e o som da batida faz meu corpo sobressaltar.
Merda.
Eu não queria parecer tão nervosa ou algo do gênero, mas situações como essas sempre me deixavam a flor da pele.

— Sente-se. - ele pede dando a volta na mesa, e sentando em sua cadeira. — No que posso ajudá-la?

Lentamente eu vou até ele, e puxo a cadeira em sua frente. Então eu me sento, e pressiono minhas mãos contra meus joelhos.
Deus.
Eu já estava tremendo.

— Estive doente nos últimos três ou quatro dias. Não sei se pode ser uma desidratação ou alguma intolerância a algo que eu tenha ingerido.

— Como você tem estado doente? - ele pergunta.

— Um pouco cansada, algumas tonturas e enjoos matinais.

Ele acena com a cabeça, inclinando-se para escrever alguma coisa no meu prontuário.
Então ele me olha por cima do seu óculos de grau.
— O vômito vem e vai, ou é continuo?

Coloco uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.
— É pior na parte da manhã, principalmente quando acordo. Ou sinto algum cheiro estranho.

Ele acena novamente e solta um resmungo, antes de voltar para mim.
— E quando foi sua última menstruação?

— Humm... - eu mordisco meus lábios enquanto tento me lembrar a última vez que eu tinha menstruado.

Ele balanço a cabeça.
— Você não se lembra?

Deus.
Isso era tão embaraçoso que eu até me encolho.
— Acho que pode ter sido há cerca de três meses, talvez dois.

— E você fez sexo desprotegido nas últimas três ou quatro semanas?

Meu estômago vira.
Eu já sabia para onde essa conversa estava indo.
— Eu posso ter feito uma vez, há mais de três semanas. Mas comecei a tomar pílula depois disso.

Ele sorri e fica de pé, vai até um assistente e pede um pote de colhimento. Então ele volta para mesa, e me entrega o plástico pequeno, e acena em direção a uma porta à esquerda. — Eu vou pedir que você faça um teste de urina.

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