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CAPÍTULO CINCO ... aulas.
Finalmente era sexta-feira. Desde que Alice sugeriu que Draco levasse Astória para ver um balé, para que eles tivessem um tempo a sós, não haviam tocado mais no assunto. Alice se sentia nas nuvens, como se fosse cupido; parecia estar mais animada do que o próprio Draco. Não se pode culpá-la; a ideia de amor a emocionava, e com tudo o que Draco lhe contou sobre Astória, ela podia confirmar que realmente havia amor. Ou pelo menos era o que ela pensava.
Alice ia sozinha até a academia, estava bastante apressada para suas aulas, já que, mal terminava a jornada escolar, ela tinha que sair correndo para chegar a tempo às suas aulas. Portanto, ela não esperaria por Draco e Astória chegarem; eles iriam depois.
Na escola de dança havia vitrines individuais para que se pudesse assistir às aulas de dança, principalmente durante o horário das meninas pequenas, quando os pais decidiam ficar. Nesse caso, Draco e Astória estariam lá, sozinhos. Como eram vitrines individuais, isso se devia a problemas passados com famílias puristas que não queriam estar perto de famílias mestiças, uma bobagem.
A aula começou. Alice de vez em quando olhava na direção das vitrines e, quando viu o cabelo platinado de Draco, relaxou. Por um momento, pensou que eles não viriam. Então, ao ver Draco, dedicou toda a sua atenção à sua professora e à aula.
Sabia que Malfoy estava lá, então supôs que Tori estava com ele.
Mas Alice não viu com quem Draco chegou.
Provavelmente ela ficaria chateada com ele por sua covardia, mas Draco afastou todos esses pensamentos quando a viu dançar.
Era visível a dedicação que ela colocava na dança. Ela realmente gostava de dançar.
Não era por ser Alice, mas ela era a que mais se destacava entre todas as outras garotas. Talvez fosse porque não era a mais alta ou talvez porque tinha o cabelo mais claro, ou simplesmente porque era a que dançava melhor. Todos os giros e passos que ela dava eram feitos com tanta precisão que nem uma vez ela vacilou, mesmo estando na ponta dos pés, equilibrada apenas com a ponta das sapatilhas.
Seu corpo se movia como se fosse uma simples pluma, com um equilíbrio incrível, e parecia deixar sua professora satisfeita. Ela era precisa, veloz, delicada e perfeccionista. Draco ficou muito impressionado com a paixão com que ela dançava; agora ele podia compreender por que ela estava tão desesperada para encontrar dinheiro para pagar suas aulas. Ela realmente amava dançar.
Draco não percebeu quando a aula terminou até notar que todas as bailarinas começavam a ir para os vestiários.
— Ei, Draco, Astória
— Não pode ser! Fomos só comprar umas batatas e perdemos o final. Eu te avisei, Blaise, você é um maldito esfomeado. — Reclamou Theodore Nott, chegando atrás de Astória e Draco.
