vii. dance with me

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aviso: menção de pessoas drogadas, embriagadas e álcool em menores

aviso: menção de pessoas drogadas, embriagadas e álcool em menores

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CAPÍTULO SETE ... dança comigo.


Definitivamente, festas não eram a sua praia, mas ao pisar na entrada da Sala Comunal da Sonserina, foi arrastada por Pansy até o bar, embora ela não tenha bebido. Alice também não costumava beber; tinha quinze anos, quase dezesseis, e não queria corromper seu corpo dessa maneira e depois se arrepender quando tivesse trinta. Ela sabia usar a cabeça e não queria um futuro em hospitais.

Ela pensava demais, mas se sentia confortável assim; melhor prevenir do que remediar.

Alice havia ouvido que as festas das serpentes eram loucas, mas nunca pensou que esse rumor fosse verdade. Drogas, álcool e sexo eram o que se podia sentir no ambiente da festa, com a música no volume máximo que conseguia aturdir os ouvidos, e sem esquecer das pessoas na pista pulando e dançando como se fosse a última festa a que iriam. Sinceramente, Alice sempre achou que as festas da Sonserina eram entediantes, mas estava enganada.

— Devo admitir que pensava que vocês colocavam música em baixo volume e se sentavam nos sofás para fofocar e depois respeitavam o toque de recolher — admitiu Alice a Pansy, que estava no seu quinto copo de cerveja trouxa. — Nunca pensei em... isso. — Apontou para o centro da Comunal, onde não só haviam passado do toque de recolher, mas também estavam bêbados.

— Por que todo mundo diz isso? — Franziu a testa Pansy. — Não somos como aparentamos ser. Amamos a festa, especialmente aqueles três que estão lá.

Ela apontou para o centro da pista, onde estavam Theodore, Blaise e, surpreendentemente, Draco. O trio de amigos estava pulando no meio de todas as pessoas, cantando as músicas em alto e bom som, e pelo aspecto dos três, Alice não conseguiu adivinhar se estavam alcoolizados, drogados ou ambos.

— O que você está bebendo? — Perguntou a morena, olhando para a bebida de Pansy. — Vodka?

— Não... é água, Pans — respondeu, balançando o copo.

Pansy riu antes de começar a zombar, deixando Alice confusa. — Me dá isso, garota. — Tirou o copo da mão de Alice e o jogou em algum lugar no meio da multidão, onde não conseguiu ver onde caiu. — Você já experimentou uísque de fogo? — Levantou as sobrancelhas, esperando uma resposta.

— Não e o nome não me transmite confiança — apressou-se a formular sua resposta quando foi puxada por Pansy e arrastada diretamente até o responsável pelo bar: Adrian Pucey.

— Ei, Pucey! Quatro doses de uísque de fogo, por favor. — Pela voz trêmula de Pansy, Alice pôde adivinhar que ela estava bêbada.

— Quatro? Somos duas. — Sua nova amiga se virou com um sorriso, acenando com a cabeça enquanto Alice começava a balançar a sua. — Você sabe o que isso vai fazer comigo? Nunca bebo! Tomar dois shots desse uísque, que por sinal é de fogo, vai me matar. — Começou a se desculpar quando viu as duas doses à sua frente, pareciam normais como se fossem sucos de maçã. — Não vai acontecer.

— Ah, sim, com certeza vai acontecer.

Ela fechou os olhos e suspirou com resignação; era ela mesma quem se metia nessas situações. Pegou o pequeno copo e, sem reclamar, o bebeu. A ardência desceu pela garganta, o álcool era tão forte que fez seus olhos lacrimejarem e suas pupilas se dilatarem. Ainda restava o segundo gole, mas não foi um problema, pois a bebida lhe agradou. Mal deixou o outro copo na barra de madeira, pegou o próximo gole e o bebeu rapidamente, obtendo o mesmo efeito do primeiro. Foi como se sua mente fosse liberada pelo álcool.

Já entendia porque as pessoas com uma vida difícil se tornavam viciadas naquilo.

Viu o sorriso brilhante de Pansy. — Viu? Não foi nada ruim. Agora peça outro shot e vamos para a pista dançar.

— Mais dois shots de uísque, por favor — mordiscou o lábio inferior com vergonha ao pedir a bebida.

— Muito bem, sua professora está orgulhosa — sorriu a sonserina ao ver Alice beber os shots que havia pedido. Talvez por causa da sua embriaguez, ela não percebia, mas Alice era uma bebedora iniciante; tomar quatro doses da bebida mais forte indicava que nada poderia dar certo. — Agora vamos, eu acho que seu namorado vai querer te ver.

— Alice — a voz rouca de Draco a fez estremecer. — Pensei que você não tivesse vindo, que tivesse me abandonado aqui. — Draco segurava uma bebida na mão e com a outra a envolvia pela cintura. — Com licença, Pans.

Pansy sorriu e se afastou com Theo, não sem antes piscar para Alice, que a observava com um rosto confuso.

— Draco? — Ela se virou no momento em que ele terminou o último gole da bebida e deixou o copo de lado.

— Dança comigo.

Com um movimento brusco, ele a pegou pela cintura e a virou para que as costas dela ficassem contra seu peito. Estavam bêbados, na verdade, ambos estavam, e já não importava se ultrapassassem o limite; poderiam culpar o álcool mais tarde. Era como se a única coisa que pudessem ouvir fossem suas respirações e a música ao fundo. Alice moveu seu corpo ao ritmo da música quando o platinado fez uma leve pressão em sua cintura, seus movimentos a fizeram grudar ainda mais no corpo do garoto atrás dela.

Eram apenas os dois. Sozinhos na pista, não sabiam se era o álcool em seus sistemas, mas estavam desfrutando. Não conseguiam se concentrar em nada além de seus corpos grudados, dançando no ritmo da música.

Não importava Astória.

Não importava Cedrico.

Não importava seu trato.

Simplesmente se deixaram levar, só por aquela noite.

Sentiu a respiração de Draco sobre seu pescoço e sorriu. — Quer vir comigo? — O platinado arrastava as palavras. Sentir o calor do hálito do garoto a fez estremecer novamente. Draco a virou para olhar nos seus olhos. — Vem, prometo que não mordo.

Ela assentiu, conquistando o sorriso do sonserino. Ela estava bêbada e ele provavelmente estava bêbado e drogado. Suas pupilas dilatadas, pálpebras irritadas e a voz arrastada o traíam. No estado em que estavam, não foi surpresa que Alice acabasse encurralada contra a porta do quarto de Draco, recebendo um beijo quente do garoto.

— Isso está errado. Quebra todas as nossas regras. — Sussurrou Draco contra seu pescoço enquanto depositava beijos sobre ele, deixando algumas marcas ao longo do caminho. — Mas eu adoro quebrar as regras.

— Então quebre, podemos fazer novas amanhã — sorriu ela quando foi carregada por ele e colocada sobre a cama.

Eles se arrependeriam. Não estavam completamente conscientes do que estavam fazendo, nenhum dos dois.

Mas eles eram adolescentes em uma festa onde haviam bebido. Nada menos que isso poderia ser esperado. Eles cederiam ao desejo, ao que era proibido e ao que não deveriam fazer, e naquele momento não se importavam em enfrentar as consequências mais tarde.

Eles aproveitariam aquele momento apenas para eles dois.

Só eles e mais ninguém.

O que aconteceu naquela noite ficou entre eles e as paredes do quarto de Draco.




é preciso esclarecer que eu não descrevi

como Draco dançava porque eu não

tinha a menor ideia de como narrar isso, haha

beijos.

𝖌𝖎𝖗𝖑𝖋𝖗𝖎𝖊𝖓𝖉 ━━ 𝖉𝖗𝖆𝖈𝖔 𝖒𝖆𝖑𝖋𝖔𝖞Onde histórias criam vida. Descubra agora