Cap.9 - Dreaming With My Eyes Wide Open

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N/A: Avisos - Menção ao uso de medicação e drogas ilícitas (bem de leve, por enquanto)

E tem uma cena +18 (pra alegria da maioria que gosta, mas não é o foco desse capítulo).

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"Seja qual for a matéria de que as nossas almas são feitas, a minha e a dele são iguais."

(Emily Brontë) 

(...)

— Rams Rams? Você por acaso... Tem passaporte?

— Tenho! — falou enquanto o descia do colo e abria o registro do chuveiro — Por que isso agora?

— Então... — Kelvin se enfiou embaixo da água e abriu os braços, enlaçando-o pelo pescoço, ficando na pontinha dos pés, colando os corpos, levando os dois embaixo da água morna.

Kelvin deu um sorrisinho travesso e deu pulinhos super empolgados pendurado em Ramiro, fazendo os dois balançarem.

— Lá vem... — Ramiro, riu.

— Eu vou fazer um festival beeem conhecido de música na Califórnia, o Coachella, e eu pensei que assim... Cê podia vir comigo, né? — pediu, manhoso — Eu consigo um visto especial de staff de artista pra você ir alguns dias pra lá comigo. Faz de conta que você é da minha equipe de Staff, equipe de produção, sabe?

— Oh, Kevinho, eu tô cheio de trabáio até a tampa. Tô com um monte de infestação nas plantação da região...

— Poxa... — o bico se formou na hora e ele baixou os olhos já marejados.

Ramiro segurou o queixo dele, erguendo seu rosto e fazendo-o encará-lo.

— Quando que é? — sussurrou, a voz já rouca por mergulhar dentro daqueles olhos lindos.

— No sábado, amor... — um brilho de esperança surgiu nos olhos cor de âmbar — Mas, eu já tenho que ir amanhã, quer dizer, já é madrugada, eu vou no finalzinho da tarde de hoje.

As mãos de Ramiro apertaram instintivamente sua cintura, como se para impedi-lo de sumir.

— Eu vou ficar sem o meu Kevinho... — ele fez um bico expressivo, os olhos pareciam ter caído nas laterais, repentinamente triste.

— Ai, aí cê me quebra, Rams... — Kelvin grudou os lábios nos de Ramiro, dando um selinho encaixado e demorado.

— Eu vou perder ocê de novo... — Ramiro sussurrou e esfregou o nariz no dele, num beijo de esquimó.

— Que perder nada... Eu não vou mais ficar longe de você. Mas, cê entende que eu sou artista e tenho meus shows pra fazer, assim como você tem suas plantações pra cuidar.

— Quando que ocê volta? — as mãos passaram a fazer movimentos circulares pelas costas de Kelvin que começou a se arrepiar e perder a concentração.

— Daqui uns 15 dias, eu tenho o festival e depois alguns compromissos inadiáveis, reunião com a gravadora, entrevistas, programa de tv, essas coisas.

Kelvin sorriu quando viu a expressão de Ramiro mudando, o abraçou mais forte pelo pescoço, começou a fazer carinho em sua barba, sentindo a expressão amenizar.

— Eu tô desesperado, se quiser saber... Eu realmente não quero ficar longe de você. Dá vontade de jogar tudo pro ar, mas eu não posso, cê entende, Rams?

— Entendo, mas não queria ficar longe... — ele enterrou o rosto no pescoço de Kelvin, cheirando-o e distribuindo beijos ali.

A pele de Kelvin se arrepiou mais em resposta aos lábios em seu pescoço.

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