Cibelle é uma estudante universitária residente no Rio de Janeiro, estagiando em comunidades da cidade com a saúde pública negligenciada pelo Estado. Claramente, não é o lugar mais seguro do mundo para se trabalhar. O crime, o tráfico, a violência...
Dentro do meu carro, dirijo atento, como de costume. Estou voltando para casa. Os cabos do quartel até queriam sair para beber, mas eu simplesmente não tava muito afim de sair com um grupo de pessoas. Só tinha uma pessoa, eu encontraria agora.
Me senti constrangido com a situação. Faziam meses que eu não me sentia daquela maneira, com frio na barriga. Não quero parecer um adolescente punheteiro, que se emociona fácil.
Aperto o botão do controle do portão da garagem, e estaciono meu carro. Entro em casa, e vou até a geladeira, pegando uma cerveja long neck. Me sento no sofá e ligo a TV, mostrando, em primeiro canal, um noticiário regional.
Tiro minha boina, e coloco do meu lado, e pego meu celular do bolso da minha calça, abrindo meu aplicativo de mensagens. Mandou mais uma mensagem.
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Suspiro, e penso em responder, já que estou mais calmo, sem deveres. Por mais que eu odeie essa mulher, ela é mãe do meu filho, não posso cortar contato e preciso ser firme.
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Graças a Deus resolvi logo isso, e acho que ela vai ficar uns bons momentos sem me mandar mensagem de novo. Sem nada permanente para fazer, decido passar o tempo assistindo o noticiário.
Não que isso vá resolver meus problemas, mas vai pelo menos distrair a minha mente por um tempo.
[...]
Fixo minha visão no teto da sala de estar. O noticiário continuou passando, mas eu não prestei atenção em mais nenhuma notícia direito. Levanto meu pulso, verifico que são 18:50. "Eu queria falar com ela... Que bosta." - pensei - "Mas não tenho o número dela..."
Desfiro meu olhar para a televisão, e continuo pensando. Penso, penso, penso, penso, BUM! Uma ideia.
Me empolgo, indo tomar banho imediatamente. Foi o banho mais bem tomado da minha vida - não que eu não tenha perfil de higiene, na verdade eu me cuido muito bem.
Visto a primeira roupa que vejo na minha frente, passo perfume pelo meu pescoço todo, e pego meu carro, para ir até a casa de Cibelle.
