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Sinto o sabor do tomate pelas minhas papilas gustativas, acompanhado da massa Farfalle, de origem italiana. Conforme me alimento, ás vezes olho para Nascimento, e ou sorrio, ou entro em algum assunto rápido.

Passa o tempo, e meu prato só tem 1/5 de macarrão, está acabando, enquanto Roberto, está comendo seu 1/5 de macarrão. Dou uma pausa na comida, pego minha taça de vinho e levo para a boca, engolindo a bebida.

- Gostou do meu macarrão? - Pergunto rindo, quando o vejo comer com 'uma boca boa'.

- HUM!! Que isso... - Falou com um pouco de comida na boca, me fazendo gargalhar. - Tá uma delícia. É simples, mas muito bom. Sério.

- Fico feliz. - Sorrio novamente, e bebo mais um gole do vinho tinto.

- Tá tão bom que eu acho que vou ter que voltar aqui mais vezes pra provar sua comida.

Encontramos nossos olhares imediatamente quando ele disse isso, reação comum em falas de duplo sentido (ou não?.) Bebo mais um gole do vinho, mais discreto. Pouso minha taça na mesa, e me levanto.

- Acho que tem algum doce aqui. Aceita? Uma sobremesa depois de uma massa italiana...

- Mas você nem terminou de comer!

- Já tô satisfeita. Enfim, vou ver.

Caminho até a geladeira, e procuro pelo chocolate em barras que guardei ali, mas não estou achando ele em lugar nenhum.

- Ué. Eu jurava que tinha um chocolate aqui em algum lugar...

Com as mãos, vasculho pelos cantos da geladeira, a porta, compartimentos. Na parte de cima não encontro nada. Inclino meu tronco para baixo, para olhar se acho na parte de baixo alguma coisa, mas me assusto quando sinto duas mãos quentes na minha cintura, e uma respiração na minha nuca.

- E se eu quiser outra coisa, além de sobremesa?

Não me constranjo com esse contato. Eu já tive momentos até que bem íntimos com ele, dei pra ele no banheiro de um bar, não tem o por quê eu tratar ele como completo estranho. Entretanto, não consigo disfarçar as reações que meu corpo tem.

Curvo um pouco minha bunda, encostando em sua pelve, levanto minha coluna, e me movo um pouco, apenas para tirar ele um pouco do sério. Posso sentir suas mãos apalpando meu tronco, e seus lábios úmidos encostarem na minha pele, não consigo evitar me mexer mais com sua ação.

Parando de apalpar todo meu tronco, ele usa suas mesmas mãos para girar meu corpo, e ficar frente à frente com ele. A geladeira ainda está aberta, mas ele quer, mesmo assim, me beijar. Quando seu rosto se aproxima do meu, jogo minha cabeça pra trás, ainda não permitindo aquele beijo.

- Espera.

Ando um pouco para frente, junto com ele - já que estamos colados, culpa dos seus braços que me agarram - fecho a porta da geladeira. Olho para sua boca, e sentindo um anseio interno, coloco minhas mãos em seu rosto, ao mesmo tempo que fecho meus olhos, e me aproximo de seus lábios.

Assim que se encostam, simultaneamente nossas línguas já entram em ação. Dá pra perceber a emoção estampada no beijo dele. Isso me faz querer desejá-lo cada vez mais. Ah, Beto... Por que você tá fazendo isso comigo?

Ele para o beijo, e eu, sem entender nada, olho para ele. Então, vejo suas mãos desfazendo o nó de meu sobretudo, deixo com que ele tire aquela peça de roupa. O seu olhar é igual ao de uma pessoa curiosa, explorando a visão do meu corpo se encaixando na camisola de renda. Sua canhota passa na minha coxa direita, e me faz arrepiar. Volto a beijá-lo. Dessa vez, eu que quero colocar emoção no meu beijo, então, um beijo intenso se inicia

⊹ ࣪ ˖.  .ᐟ𝑪𝒆𝒎 𝑪𝒉𝒂𝒏𝒄𝒆 ִ ࣪𝜗𝜚 - Capitão NascimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora