Na manhã seguinte, Ana Flávia acordou com o som insistente do despertador. Ao olhar para o relógio, percebeu que havia dormido demais. "Droga, estou atrasada!", exclamou, levantando-se rapidamente da cama. Não tinha tempo para preparar o café da manhã, então apenas pegou suas coisas e saiu apressada para o trabalho, com a cabeça já na reunião importante que teria naquele dia.Ela chegou ao escritório ainda com a mente acelerada, pensando em tudo que precisava resolver. Gustavo, que estava em sua sala ao lado, notou a chegada apressada de Ana Flávia, mas não deu muita atenção, assumindo que ela estava apenas ocupada como sempre.
A manhã passou voando, e quando chegou a hora da reunião, Ana Flávia já estava sentindo os primeiros sinais de fraqueza. Mas, como sempre, ela ignorou, focada em cumprir suas responsabilidades. Ela entrou na sala de reuniões, onde Gustavo e outras pessoas da equipe já estavam esperando. A reunião começou, e Ana Flávia tentou se concentrar, mas a sensação de fraqueza foi aumentando gradualmente.
Gustavo estava apresentando um ponto importante quando percebeu o olhar distante de Ana Flávia. Ela estava pálida e parecia desorientada. Ele franziu a testa, preocupado, mas continuou a reunião, tentando não chamar atenção para a condição dela.
Quase no final da reunião, Ana Flávia não conseguiu mais ignorar o mal-estar. Ela se levantou lentamente e, com uma voz fraca, pediu licença para sair. "Com licença, eu... preciso sair por um momento."
Todos na sala perceberam a mudança em seu tom de voz e a deixaram ir, entendendo que a reunião já estava quase terminando. Gustavo observou com uma preocupação crescente enquanto ela deixava a sala. Ele rapidamente encerrou a reunião e saiu logo em seguida, com a mente voltada para Ana Flávia.
Ele se dirigiu até a sala dela, mas ao abrir a porta, não a encontrou em sua mesa. O coração dele acelerou. Ele procurou por toda a sala e, finalmente, a encontrou encostada na parede do corredor, tentando respirar fundo e recuperar o fôlego.
"Ana, você está bem?" ele perguntou, a voz carregada de preocupação.
Ela tentou sorrir, mas seu rosto estava visivelmente pálido. "Estou... só um pouco fraca. Acho que foi a correria da manhã."
Gustavo franziu o cenho, sem acreditar totalmente na resposta dela. "Você comeu alguma coisa hoje de manhã?"
Ana Flávia hesitou, e Gustavo sabia que a resposta seria negativa. "Não, eu estava atrasada e..."
Antes que ela pudesse terminar a frase, Gustavo a segurou pelo braço, guiando-a de volta para a sala dela. "Você precisa comer alguma coisa. Isso não é saudável, Ana."
"Eu estou bem, Gustavo", ela tentou protestar, mas sua voz saiu fraca e quase sem convicção. Ela cambaleou ligeiramente, e ele a segurou com mais firmeza.
"Você não está bem. Senta aqui", ele insistiu, levando-a até a cadeira. Ela se sentou, mas seus olhos estavam desfocados, e ele percebeu que algo estava realmente errado. "Fique aqui, vou pegar alguma coisa para você comer."
Antes que ele pudesse sair, Ana Flávia tentou se levantar para levar alguns papéis para a mesa dele, ainda tentando cumprir com suas tarefas. "Eu preciso... levar isso para você", disse ela, segurando os documentos com as mãos trêmulas.
Gustavo, já em pé, aproximou-se rapidamente para pegá-los, mas assim que ele perguntou novamente se ela tinha comido, o corpo dela cedeu e ela desmaiou em seus braços. "Ana!" ele exclamou, o coração disparado.
Ele a segurou com cuidado, ajoelhando-se para deitá-la no chão de forma segura, enquanto chamava por ajuda. "Alguém me ajude aqui!", gritou, a voz carregada de urgência.
Alguns colegas ouviram e correram para a sala, vendo Gustavo segurando Ana Flávia, agora inconsciente. "Ela desmaiou", explicou ele, a preocupação evidente no rosto. "Eu vou levá-la ao hospital."
Com a ajuda de alguns colegas, Gustavo a carregou até seu carro e dirigiu o mais rápido que pôde até o hospital, o coração apertado de preocupação. Durante todo o caminho, ele segurou a mão dela, observando atentamente qualquer sinal de melhora.
No hospital, Ana Flávia foi imediatamente atendida. Após alguns exames rápidos, o médico confirmou que ela havia desmaiado devido à falta de alimentação e ao estresse acumulado.
"Ela vai ficar bem", disse o médico, tentando tranquilizar Gustavo. "Mas ela precisa se alimentar regularmente e cuidar melhor de sua saúde. Recomendo que descanse por alguns dias."
Gustavo suspirou de alívio, embora ainda estivesse preocupado. Pouco tempo depois, Ana Flávia começou a recobrar a consciência. Ela abriu os olhos devagar, sentindo-se desorientada, mas logo viu Gustavo ao seu lado, segurando sua mão.
"Gustavo...", ela murmurou, tentando se sentar.
"Ei, calma", ele disse, ajudando-a a se acomodar melhor na cama. "Você desmaiou no escritório. Precisa cuidar mais de você mesma."
Ela suspirou, sentindo-se culpada. "Desculpa... Eu só não queria atrapalhar o trabalho."
"Você não atrapalha nada, Ana. Só quero que você fique bem", respondeu ele, suavemente. "A partir de agora, nada de sair de casa sem comer. Eu não quero te ver assim de novo."
Ela sorriu, agradecida pelo cuidado dele, e apertou a mão dele com um pouco mais de força. "Obrigada, Gustavo."
"Eu só quero o seu bem, minha vida", ele disse, os olhos ainda refletindo o susto que havia levado. "Agora, vamos garantir que você descanse e se recupere, ok?"
Ela concordou, sentindo-se mais segura e cuidada ao lado dele. Apesar do susto, aquele momento só reforçou o quanto Gustavo se importava com ela, e ela prometeu a si mesma que cuidaria melhor de sua saúde, não apenas por ela, mas por ele também.
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My Boss - miotela
Romance___ Ana Flávia Castela é a nova CEO da Mioto Enterprises. Alta, confiante e determinada, ela está pronta para mostrar seu valor. Mas quando o dono da empresa, Gustavo Pierone Mioto, decide se envolver mais nos negócios, a relação entre eles começa a...