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Ana Flávia estava tendo um daqueles dias em que tudo parecia errado. Ela acordou sentindo-se irritada, com o corpo dolorido e a cabeça pesada. Sabia que estava de TPM e que seu humor estava sendo afetado, mas isso não tornava as coisas mais fáceis. Mesmo as coisas mais simples a estavam incomodando.

Gustavo, sempre atento, notou que ela estava mais quieta do que o normal, e a preocupação começou a crescer em seu peito. Ele a observava de longe, tentando entender como ajudá-la sem piorar o humor dela. Depois de um tempo, ele se aproximou, encontrando Ana Flávia na sala, onde ela estava sentada, de braços cruzados e expressão fechada.

"Tá tudo bem?" ele perguntou suavemente, sentando-se ao lado dela.

Ana Flávia suspirou, evitando o olhar dele por um momento. "Eu só estou irritada... com tudo," respondeu, a voz soando frustrada. "Nada está certo hoje, e nem sei por quê."

Ele sorriu compreensivo e passou um braço ao redor dela, trazendo-a para mais perto. "Vem cá," disse, levantando-se e guiando-a gentilmente até o sofá, onde se sentou e a puxou para seu colo. "Fica aqui comigo."

Ela hesitou por um segundo, mas logo se aconchegou no colo dele, repousando a cabeça em seu peito. A proximidade do corpo de Gustavo e o calor que emanava dele ajudaram a acalmar o turbilhão de emoções dentro dela.

"Eu estou de TPM," admitiu, com um toque de embaraço na voz.

Gustavo riu baixinho, apertando-a de leve. "Então, que tal a gente fazer algo pra melhorar isso? Que tal a gente ir naquele restaurante novo que abriu? E depois podemos dar uma olhada na minha casa nova, quem sabe até terminar a noite com um filme."

Ela levantou a cabeça, olhando para ele com um pequeno sorriso. "Você faz qualquer coisa para me ver sorrir, né?"

"Qualquer coisa," ele disse, brincando, enquanto beijava suavemente sua testa. "Você sabe que eu faço."

Ana Flávia sorriu de verdade dessa vez, e, sem pensar muito, começou a distribuir pequenos beijos pelo rosto de Gustavo, descendo até o queixo, e depois até encontrar seus lábios. Eles compartilharam um beijo doce e lento, que fez com que ela se sentisse um pouco mais leve.

Mais tarde, os dois se prepararam e foram ao restaurante. A comida estava deliciosa, e a atmosfera do lugar era aconchegante, o que ajudou a distraí-la dos sentimentos incômodos do dia. Gustavo fez questão de mimá-la durante todo o jantar, pedindo seus pratos favoritos e até sugerindo uma sobremesa para fechar a noite.

De volta à casa dele, Gustavo colocou um filme para assistirem juntos. Ele a puxou para mais perto, aninhando-a em seus braços enquanto ela descansava a cabeça em seu ombro. Ana Flávia se sentiu segura e cuidada, como se estivesse em um refúgio perfeito, longe de todas as preocupações do mundo.

Enquanto o filme passava, Gustavo acariciava suavemente os cabelos dela, sem parar de mimá-la. Ele sabia que ela estava passando por um momento difícil, e estava determinado a fazer de tudo para que ela se sentisse melhor.

Quando o filme terminou, Gustavo percebeu que Ana Flávia tinha adormecido em seu colo. Ele sorriu, sentindo-se grato por poder estar ao lado dela nesses momentos. Com cuidado, ele a carregou até o quarto e a colocou na cama, cobrindo-a com um cobertor macio.

Antes de se deitar ao lado dela, ele a observou por um momento, sentindo-se contente por ter conseguido trazer algum conforto para ela naquele dia difícil. Ele sabia que o próximo dia seria melhor, e que juntos, poderiam superar qualquer coisa.

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O sol começava a nascer, e a luz suave invadia o quarto através das cortinas entreabertas. Ana Flávia despertou lentamente, sentindo o calor do corpo de Gustavo ao seu lado. Por um momento, ela ficou quieta, absorvendo a tranquilidade da manhã, ainda meio sonolenta. Ela se virou levemente na cama, deitando-se de lado para observar Gustavo.

Ele ainda dormia, os traços relaxados, e um leve sorriso tocava seus lábios. Ana Flávia sentiu seu coração aquecer ao vê-lo assim, tão sereno. Todos os resquícios do mau humor do dia anterior pareciam ter desaparecido, e tudo o que restava era uma sensação de paz e gratidão.

Ela estendeu a mão e, delicadamente, começou a acariciar o rosto dele, traçando suavemente a linha de sua mandíbula até chegar ao cabelo. Gustavo se mexeu levemente, sentindo o toque suave, e logo abriu os olhos, piscando para ajustar-se à luz.

"Bom dia," ele murmurou, a voz ainda rouca de sono, enquanto sua mão automaticamente buscava a de Ana Flávia, entrelaçando os dedos.

"Bom dia," ela respondeu, um sorriso gentil nos lábios. "Você dormiu bem?"

"Com você aqui, sempre durmo bem," ele respondeu, puxando-a para mais perto e selando a distância entre eles com um beijo leve e doce. Era o tipo de beijo que não precisava de palavras, transmitindo todo o carinho e amor que sentiam um pelo outro.

Eles ficaram assim por alguns minutos, apenas curtindo a companhia um do outro, sem pressa para começar o dia. Era uma manhã preguiçosa, e nenhum dos dois queria se mover daquele aconchego.

"Eu vou preparar o café da manhã pra gente," Gustavo disse, finalmente quebrando o silêncio, mas sem se afastar dela. "O que você quer comer?"

"Qualquer coisa que você fizer vai ser perfeito," Ana Flávia respondeu, encostando sua testa na dele e fechando os olhos por um momento, sentindo-se completamente em paz.

Gustavo deu outro beijo rápido nos lábios dela antes de se levantar da cama, esticando-se enquanto caminhava até a cozinha. Ana Flávia o observava ir, ainda enrolada nos cobertores, sentindo-se sortuda por tê-lo ao seu lado.

Alguns minutos depois, o cheiro de café fresco e de pão torrando começou a invadir o quarto. Ana Flávia decidiu se juntar a ele, levantando-se e puxando a camisa de Gustavo para vestir. Ela caminhou até a cozinha, onde ele estava concentrado, mexendo em algumas panelas.

Ela se aproximou sorrateiramente e envolveu seus braços ao redor da cintura dele, descansando a cabeça em suas costas. Gustavo sorriu, sentindo o toque dela, e virou-se para lhe dar um beijo na testa.

"Você parece adorável com a minha camisa," ele comentou, rindo enquanto olhava para ela de cima a baixo. A camisa ficava um pouco grande, mas nela parecia perfeitamente encaixada.

"Eu sei," ela respondeu com uma piscadela, voltando a se aconchegar nele.

Eles tomaram o café da manhã juntos, conversando sobre coisas triviais, mas apreciando cada segundo da companhia um do outro. Gustavo fez questão de servir o prato dela, mimando-a com as melhores porções.

Depois do café, eles ficaram na cozinha por um tempo, conversando e rindo. Gustavo encostou-se na bancada e puxou Ana Flávia para entre suas pernas, segurando-a firme enquanto ela contava uma história engraçada. Eles riram juntos, e Gustavo a observou com carinho, percebendo como a irritação do dia anterior parecia distante.

"Acho que hoje vai ser um bom dia," Ana Flávia comentou, depois de um tempo.

"Com certeza vai," Gustavo respondeu, dando-lhe um beijo suave nos lábios. "Qualquer dia com você é sempre bom."

Eles passaram o resto da manhã juntos, aproveitando a calma antes que o dia realmente começasse. Para Ana Flávia, aquele simples momento ao lado de Gustavo era tudo o que ela precisava para começar o dia bem, e ela sabia que, com ele ao seu lado, qualquer desafio seria mais fácil de enfrentar.

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My Boss - miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora