O começo

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New York 05:30

New York                                                05:30

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POV Ana Flávia

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O som insistente do despertador ecoou pelo quarto de Ana Flávia Castela, cortando o silêncio da manhã que mal começara a iluminar a grande cidade. Eram 5:30 da manhã, e como de costume, ela já estava com os olhos abertos antes mesmo de a primeira nota da melodia tocar. Seu corpo estava acostumado àquela rotina rígida, a disciplina que havia imposto a si mesma ao longo dos anos desde que assumiu o cargo de CEO na Mioto Enterprises.

Ana Flávia estendeu a mão para desligar o alarme e, em um movimento quase automático, levantou-se da cama. Os lençóis de linho impecavelmente brancos ficaram para trás, enquanto ela se dirigia ao banheiro. O frio da cerâmica sob seus pés descalços era familiar e, de certa forma, reconfortante. Era o início de mais um dia em que ela precisaria estar no controle de tudo.

No espelho, uma mulher alta, de longos cabelos castanhos e olhar determinado, a encarava. A água fria contra sua pele era uma espécie de ritual que a preparava para encarar o que quer que o dia tivesse reservado. Vestiu seu robe de seda e dirigiu-se à cozinha, onde a cafeteira já estava programada para preparar seu café forte e amargo, do jeito que gostava. Enquanto a bebida aquecia suas mãos, Ana Flávia pensava nas reuniões que teria naquele dia. Contratos para revisar, decisões a tomar, e, claro, mais uma interação com Gustavo mioto, o dono da empresa.

Gustavo. O nome sozinho já fazia seu estômago se contrair de maneiras que ela não gostava de admitir. Desde que ele havia assumido um papel mais ativo na empresa, sua rotina, antes tão organizada e previsível, havia sido virada de cabeça para baixo. Mas isso era algo que ela preferia não pensar agora. Havia uma rotina a seguir, um dia a vencer.

Depois de uma rápida sessão de ioga no tapete da sala — algo que ela fazia questão de nunca pular, mesmo nos dias mais corridos — Ana Flávia estava pronta para encarar o mundo. Vestiu-se com uma perfeição quase cirúrgica: um tailleur preto que exalava poder, sapatos de salto que ecoavam pelos corredores da empresa e um batom vermelho que era sua marca registrada. Com uma última olhada no espelho, ela se certificou de que não havia falhas. Não poderia haver. Não para ela.

E assim, com o laptop em uma mão e a pasta de documentos na outra, Ana Flávia saiu de seu apartamento de cobertura, descendo até a garagem onde seu carro já a esperava. O relógio ainda não marcava 7 horas, mas ela sabia que era apenas o começo. O começo de mais um dia como CEO.

Mas naquele dia, algo a aguardava que mudaria sua rotina para sempre.

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My Boss - miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora