Dia de praia

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New York.                                                 11:00
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Era um dia ensolarado em Nova York, perfeito para uma escapada à praia. Gustavo e Ana Flávia estavam empolgados com a ideia de passar o dia ao lado dos amigos mais próximos: Gabi, Murilo, Virgínia, Zé Felipe e a pequena Maria Alice. Eles tinham escolhido uma praia tranquila, a uma curta distância da cidade, onde poderiam relaxar, aproveitar o sol e o mar, e claro, a companhia uns dos outros.

O comboio de carros chegou à praia pela manhã, e o grupo rapidamente se organizou para garantir um lugar confortável na areia. Gustavo e Murilo se encarregaram de montar o guarda-sol e ajustar as cadeiras, enquanto Gabi e Ana Flávia estendiam as toalhas, desencaixotavam as comidas e bebidas da bolsa térmica, e Virgínia ajudava Maria Alice a se preparar para brincar. A pequena já estava animada, correndo de um lado para o outro, os olhos brilhando de excitação ao ver o mar.

"Vamos fazer um castelinho de areia, Maria Alice?", sugeriu Ana Flávia, com um sorriso carinhoso. Maria Alice, que já estava com o balde e a pá nas mãos, deu um grito de alegria e correu em direção à Ana, pronta para começar a construir.

Enquanto Ana Flávia se sentava na areia e começava a moldar as primeiras torres do castelo com Maria Alice, Gustavo observava-a de longe. Ele estava ajeitando as coisas ao lado de Murilo, mas seus olhos estavam sempre atentos à Ana. Havia algo na forma como ela interagia com Maria Alice, sua paciência e o carinho com que tratava a menina, que o deixava completamente encantado.

Murilo, que percebeu a atenção desviada do amigo, deu um leve empurrão nele, rindo. "Ei, cara, tá me ouvindo? A Gabi trouxe aquela cerveja que você gosta."

Gustavo piscou, voltando à realidade. "Ah, desculpa, Murilo. Tava distraído." Ele deu uma olhada rápida para onde Ana Flávia e Maria Alice estavam, e sorriu de canto. "Vou lá pegar uma, valeu."

Zé Felipe, que também notou o olhar fixo de Gustavo, se aproximou rindo. "Cara, você tá secando a Ana Flávia sem nem disfarçar."

Gustavo riu, meio sem jeito, mas não tirou os olhos dela. "Não consigo evitar, Zé... Ela é simplesmente maravilhosa."

Zé Felipe deu um tapinha no ombro do amigo. "Eu entendo, meu parceiro. Vocês dois parecem feitos um pro outro."

Enquanto isso, Ana Flávia e Maria Alice estavam completamente concentradas em sua obra de arte na areia. O castelo estava ganhando forma – com torres, muralhas e até uma ponte improvisada feita de conchas que a pequena havia recolhido. Ana Flávia mostrava paciência e entusiasmo, sempre elogiando os esforços de Maria Alice, incentivando a menina a usar a criatividade.

Quando o castelo finalmente estava pronto, Maria Alice olhou para Ana Flávia com um sorriso orgulhoso. "Olha, Ana Flávia! Ficou bonito, né?"

"Ficou lindo, Maria Alice! Você fez um ótimo trabalho!", respondeu Ana Flávia, acariciando os cabelos da menina.

Gustavo, que não aguentou mais ficar longe, se aproximou das duas e se agachou para admirar o castelo. "Esse é, sem dúvidas, o castelo de areia mais bonito que eu já vi."

Maria Alice, radiante com o elogio, exclamou: "A Ana Flávia que me ajudou, tio Gustavo!"

Gustavo olhou para Ana Flávia, seus olhos cheios de carinho. "Vocês duas formam uma ótima dupla. O castelo tá incrível."

Ana Flávia sorriu de volta, sentindo o coração aquecer ao ver Gustavo interagindo de forma tão carinhosa com Maria Alice. Havia algo de especial na maneira como ele a olhava, como se ela fosse o centro do universo dele naquele momento.

O resto do dia foi preenchido com risadas e diversão. Todos se revezaram cuidando de Maria Alice, que não parava quieta um minuto. Eles nadaram, jogaram bola e aproveitaram o sol. Gustavo, que não desgrudava os olhos de Ana Flávia, teve o prazer de ensinar Maria Alice a nadar nas águas calmas do mar. Ele a segurava com firmeza, enquanto ela dava braçadas, suas risadas ecoando pela praia.

"Isso mesmo, Maria Alice! Tá indo muito bem!", ele dizia, sempre a encorajando.

Ana Flávia assistia a cena, com o coração leve, admirando como Gustavo era natural com as crianças. Ela se aproximou dos dois, entrando na água e ficando ao lado deles. "Ela tá aprendendo rápido, hein? Vai ser uma nadadora incrível!"

Maria Alice, com água escorrendo pelo rosto, sorriu para Ana Flávia e disse: "Porque o tio Gustavo é um bom professor!"

Gustavo, fingindo modéstia, deu de ombros. "Eu faço o que posso."

Após um tempo debaixo do sol, decidiram fazer uma pausa para almoçar. As cestas foram abertas e logo todos estavam reunidos ao redor de uma mesa improvisada com as toalhas, comendo sanduíches, frutas frescas e outras delícias que tinham trazido.

A conversa fluía com leveza, e entre uma mordida e outra, as risadas e histórias de viagens e memórias compartilhadas preenchiam o ambiente. A tarde foi passando, e conforme o sol começava a se pôr, todos decidiram dar um último mergulho antes de arrumar as coisas para voltar.

Naquele momento mágico, enquanto o céu se tingia de laranja e rosa, Gustavo e Ana Flávia se distanciaram um pouco do grupo, caminhando de mãos dadas pela beira do mar. As ondas vinham e iam, molhando seus pés enquanto eles caminhavam lado a lado, em silêncio, apreciando a companhia um do outro.

"Hoje foi um dia perfeito, não foi?", perguntou Ana Flávia, olhando para ele com um sorriso sereno.

"Foi sim", concordou Gustavo, apertando suavemente a mão dela. "Cada dia ao seu lado é perfeito."

Ana Flávia parou e se virou para ele, sentindo seu coração bater mais forte. "Eu sinto o mesmo, Gustavo."

Ele inclinou-se e a beijou suavemente, o som das ondas e o calor do pôr do sol ao fundo, tornando aquele momento ainda mais especial. Quando se separaram, Gustavo sorriu, sentindo uma felicidade pura e simples.

"Vamos voltar pro grupo? Acho que a Maria Alice deve estar terminando o castelinho final dela", ele disse, brincando, enquanto entrelaçava seus dedos nos dela.

Eles voltaram juntos, caminhando lentamente pela areia, com o coração cheio de amor e cumplicidade, prontos para aproveitar cada segundo daquele verão inesquecível.

Quando finalmente todos estavam prontos para ir embora, Ana Flávia e Gustavo ajudaram a recolher as coisas. Maria Alice estava exausta, mas ainda radiante, agarrada ao braço de Ana Flávia enquanto caminhavam de volta para os carros.

No caminho, Zé Felipe se aproximou de Gustavo e, em tom de brincadeira, sussurrou: "Cara, você tava devorando a Ana Flávia com os olhos hoje. Se cuida pra não assustar a menina, hein?"

Gustavo riu, um pouco envergonhado, mas não negou. "Eu sei, cara. Não consigo evitar... Ela é incrível."

Zé Felipe deu um sorriso compreensivo. "Você realmente tá apaixonado, meu amigo. E sabe de uma coisa? Vocês dois merecem toda a felicidade do mundo."

Com tudo arrumado, eles entraram nos carros e começaram o caminho de volta, já planejando a próxima aventura juntos. Para Gustavo e Ana Flávia, aquele dia na praia seria uma lembrança especial, mais um passo na construção do futuro que eles tanto sonhavam juntos.

My Boss - miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora