Café a dois

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O dia começou como qualquer outro no escritório, mas Gustavo não pôde deixar de notar que algo estava diferente em Ana Flávia. A rotina no trabalho corria normal, mas havia um silêncio na sala ao lado que ele não estava acostumado. Geralmente, o som suave das teclas do teclado ou o leve murmúrio de Ana Flávia ao falar ao telefone preenchia o ambiente. Mas hoje, tudo parecia mais quieto.

Decidido a mudar isso, Gustavo levantou-se e caminhou até a sala dela. Ele não bateu na porta, não anunciou sua entrada. Simplesmente abriu a porta e entrou, seus olhos encontrando imediatamente os de Ana Flávia, que o encarava surpresa. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, Gustavo foi direto ao ponto.

Com um movimento ágil e decidido, ele a pegou no colo, estilo noiva, como se estivessem saindo do casamento naquele exato momento. Ana Flávia soltou um pequeno grito de surpresa, seguido por uma risada divertida. "Gustavo! O que você está fazendo?" ela perguntou, tentando esconder o sorriso nos lábios.

Ele apenas deu um sorriso maroto, enquanto a carregava para fora da sala. "Você não vai trabalhar mais hoje, minha vida," ele disse com firmeza, caminhando com ela nos braços pelos corredores do escritório. "Hoje você é minha, só minha."

Ana Flávia riu, balançando a cabeça. "Você está maluco! E meu trabalho?"

"Seu trabalho pode esperar. Você merece uma pausa," ele respondeu sem hesitação.

Sem deixar que ela protestasse mais, Gustavo a levou até o estacionamento onde seu carro, um modelo chiquérrimo que refletia o estilo e elegância dele, estava estacionado. Com cuidado, ele abriu a porta do carro e a colocou no banco do passageiro. Ana Flávia observava tudo com um sorriso no rosto, sentindo-se mimada e especial.

Ele fechou a porta delicadamente e correu para o lado do motorista, entrando no carro e dando partida. O destino? Uma charmosa cafeteria no coração de Nova York, onde os dois poderiam passar um tempo juntos, longe das responsabilidades do escritório.

Quando chegaram à cafeteria, Gustavo estacionou o carro e rapidamente contornou o veículo para abrir a porta para Ana Flávia. Ele estendeu a mão para ajudá-la a sair, e juntos, de mãos dadas, eles entraram no aconchegante café.

O lugar tinha um ar acolhedor, com mesas de madeira rústica e luzes suaves penduradas no teto. Eles escolheram uma mesa perto da janela, onde poderiam observar o movimento da cidade enquanto tomavam seu café. Assim que se sentaram, Gustavo se aproximou mais dela, e colocou a mão na cintura dela,fazendo questão de manter a conexão física entre eles.

"Então, minha vida," ele começou, enquanto pegava o cardápio, "o que você vai querer?"

Ana Flávia sorriu, apreciando a atenção que ele estava lhe dando. "Acho que vou de cappuccino e um croissant," respondeu, observando Gustavo enquanto ele analisava as opções.

Ele assentiu, escolhendo o mesmo para si. Enquanto esperavam o pedido, Gustavo não resistiu e começou a passar os dedos suavemente pelo braço dela, numa carícia que enviava arrepios de prazer por todo o corpo de Ana Flávia. "Sabia que você é a mulher mais incrível que eu já conheci?" ele comentou, sua voz baixa e cheia de sinceridade.

Ela riu, sentindo-se aquecida por dentro. "Você já me disse isso algumas vezes, mas eu nunca me canso de ouvir."

Eles continuaram conversando, trocando olhares e sorrisos enquanto degustavam o café e o croissant. Cada gesto era natural, cheio de carinho e intimidade, como se o mundo ao redor não existisse. Gustavo, sem perder a oportunidade, tirou algumas fotos dela com o celular, capturando a beleza e a serenidade de Ana Flávia naquele momento.

Ana Flávia fez o mesmo, tirando uma foto de Gustavo enquanto ele a observava, seus olhos brilhando com amor e admiração. "Essa vai para o meu álbum pessoal," ela disse, piscando para ele.

Quando terminaram o café, Gustavo segurou a mão de Ana Flávia e disse, "Vamos fazer disso uma tradição. Sempre que eu sentir que você está precisando de um tempo para nós, vou te sequestrar e te levar para tomar café."

Ela riu, apertando a mão dele. "Se todo sequestro for assim, então eu topo."

Eles saíram da cafeteria de mãos dadas, prontos para enfrentar o resto do dia com renovada energia. O tempo que passaram juntos foi simples, mas carregado de significado, um lembrete do amor profundo que compartilhavam e da importância de valorizar os pequenos momentos.

E, enquanto caminhavam de volta para o carro, Gustavo não pôde deixar de pensar em como ele nunca havia imaginado que sua vida tomaria esse rumo. Antes, ele não queria casar, não queria ter filhos. Mas agora, tudo o que ele conseguia pensar era no futuro que queria construir com Ana Flávia. E isso, para ele, era tudo.

My Boss - miotelaOnde histórias criam vida. Descubra agora