⭑.ᐟ Don't make me wait

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HAILEY

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HAILEY

O DIA TÃO aguardado chegou: meu ensaio para a Playboy. De certa forma, parece que esperei a vida toda por esse momento.

Desde o instante em que entrei no estúdio, meu coração não parou de disparar. Por mais que eu tenha me preparado mentalmente durante semanas, nada pode realmente te preparar para ficar completamente nua diante de uma equipe, sendo fotografada como Playmate do mês. E não por qualquer fotógrafo, mas por Phillip Dixon. Cresci admirando seu trabalho em revistas, imaginando como seria estar sob sua lente, e agora, finalmente, é a minha vez. A emoção é indescritível.

O estúdio é enorme, com luzes tão fortes que quase me cegam, mas, ao mesmo tempo, me envolvem com uma sensação de destaque, como se eu fosse o centro de tudo. A equipe é impecável, cada um sabendo exatamente o que fazer e quando fazer. Todos são profissionais ao extremo, o que me tranquiliza, embora a excitação e o nervosismo ainda batam forte no peito.

Sento-me em frente ao espelho da penteadeira, onde tudo começa. Primeiro, é a maquiagem. As mãos da maquiadora trabalham sobre meu rosto, moldando a melhor versão de mim, destacando os pontos fortes, escondendo imperfeições que eu nem sabia que tinha. Em seguida, sua atenção se volta para o corpo. Ela aplica uma base com um toque de glitter que deixa minha pele perfeitamente lisa e radiante, espalhando-a pelos meus ombros, tronco, braços e pernas.

Logo, o cabeleireiro se aproxima. O calor do secador e o som do spray de laquê têm um efeito relaxante sobre mim. Pelo reflexo, observo-o puxar, torcer e soltar mechas de cabelo, criando ondas volumosas que caem em cascata ao longo das minhas costas. Quando termina, encaro-me no espelho e encontro uma mulher poderosa, pronta para realizar mais um sonho.

Phillip se aproxima calmamente, com a Canon pendurada no pescoço.

— Vamos começar devagar, Hailey.

Ele tem um jeito natural de te fazer sentir como se fosse só mais um dia bobo no trabalho, mesmo quando tudo dentro de mim grita que esse é um dos maiores momentos da minha vida inteira.

Coloco uma lingerie branca de seda, que parece flutuar sobre a pele. No início, ainda sinto o peso dos olhares, mas conforme Phillip me guia, os nervos vão cedendo. Ele não dá grandes instruções, apenas correções: "inclina o quadril", "levanta o queixo", "relaxa o braço". Simples. As poses começam a fluir com uma naturalidade que me surpreende. Aos poucos, me esqueço de que há mais de dez pessoas me assistindo. É como se apenas eu e a câmera existíssemos. A lente de Dixon.

Então, chega o momento que eu sabia que viria, mas que ainda assim me faz prender a respiração. Minhas mãos suam e tremem. Tomo fôlego, me recomponho e sigo em frente. Afinal, isso não é sobre exposição, é sobre poder. Assim que a última peça da lingerie é removida, sinto como se estivesse despindo também qualquer vestígio de insegurança. O vento frio do ar-condicionado arrepia meu corpo, trazendo uma sensação de liberdade. Não há mais barreiras nem máscaras. Sou só eu, nua, desinibida e real.

Slipping into Love | Axl RoseOnde histórias criam vida. Descubra agora