📜💐 ۪ ׂ 𝐁𝐑𝐈𝐃𝐆𝐄𝐑𝐓𝐎𝐍: 𝐄𝐂𝐋𝐈𝐏𝐒𝐄
Em meio à opulência da Londres do século XIX, Isabela Cavendish, uma jovem de uma família rica e influente, desafia as convenções sociais com sua inteligência afiada e fervorosas. Sua amizade com Elois...
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LONDRES FAGULHAS NO AR
Um novo dia havia começado e, com ele, a confusão em minha mente parecia se intensificar. A conversa com Benedict ainda pairava em minha cabeça, como uma sombra persistente que se recusava a desaparecer. Alexander, com seu charme calculado e intenções bem disfarçadas, tinha adicionado mais complexidade aos meus pensamentos. A sensação de estar dividida entre dois mundos opostos – o conhecido e confortável que eu compartilho com Benedict e o intrigante e misterioso que Alexander representa – era avassaladora.
Em busca de clareza, dirigi-me ao piano. A música sempre foi minha válvula de escape, e eu precisava desesperadamente de uma forma de ordenar meus pensamentos. Sentei-me ao instrumento e comecei a tocar uma peça rápida e intricada, uma das minhas favoritas para momentos de grande tensão. O som das teclas ecoava pelo salão, e cada nota parecia retirar um pouco do peso emocional que eu carregava. As empregadas da casa, que frequentemente se reuniam para assistir às minhas sessões de piano, se detinham para ouvir, apreciando o alívio que a música proporcionava.
Com a tarde avançando e a luz do sol filtrando-se suavemente pelas janelas, eu sabia que a noite prometia ser carregada de expectativas. Meus pais haviam organizado um jantar para reunir alguns amigos próximos, incluindo Lady Danbury, Alexander e a família Bridgerton. A presença desses dois homens em particular fazia meu coração acelerar, e eu me sentia emocionalmente instável.
Escolhi um vestido de seda azul que realçava a cor dos meus olhos, tentando transmitir uma imagem de controle e serenidade, apesar da tempestade interna. Ao descer as escadas para o salão, fui recebida por uma cacofonia de vozes e risadas, o som familiar de uma sociedade que sabia como manter as aparências.
Alexander foi um dos primeiros a me cumprimentar. Sua elegância e o sorriso fácil contrastavam com o desconforto que eu sentia. A conversa superficial e as observações sobre o clima e eventos sociais pareciam quase banais em comparação com o tumulto emocional que eu enfrentava.
Quando Benedict entrou, meu coração disparou instantaneamente. Ele cumprimentou alguns convidados com sua habitual graça, mas seus olhos logo se fixaram em mim, e a intensidade daquele olhar me fez sentir um calor súbito. A conexão entre nós parecia palpável, desafiando minha tentativa de manter o controle.
Alexander percebeu a atenção de Benedict e, por um momento, algo em seus olhos revelou uma faísca de ciúmes. No entanto, ele manteve a compostura, voltando sua atenção para mim com um olhar possessivo.
"Srta. Cavendish," disse Alexander, inclinando-se ligeiramente, "gostaria de me fazer companhia durante o jantar? Tenho certeza de que poderíamos ter uma conversa bastante agradável."
"Seria um prazer," respondi, tentando manter a neutralidade. A ideia de passar a noite com ele parecia menos atraente do que antes, mas era necessário manter as aparências.
Antes que pudéssemos avançar, Benedict estava ao nosso lado, sua presença forte e dominadora. "Isabela," disse ele, com um tom de familiaridade que me fez corar. "Eu estava esperando uma oportunidade para falar com você novamente."