📜💐 ۪ ׂ 𝐁𝐑𝐈𝐃𝐆𝐄𝐑𝐓𝐎𝐍: 𝐄𝐂𝐋𝐈𝐏𝐒𝐄
Em meio à opulência da Londres do século XIX, Isabela Cavendish, uma jovem de uma família rica e influente, desafia as convenções sociais com sua inteligência afiada e fervorosas. Sua amizade com Elois...
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TRÊSANOSDEPOIS
Três anos haviam se passado desde o dia do casamento, e a vida de Isabela e Benedict era uma aquarela suave e harmoniosa, cheia de cores que apenas o tempo poderia misturar com tanta precisão. A cada dia que passava, eles descobriam novas camadas de amor e companheirismo, em uma jornada que parecia não ter fim, mas que sempre deixava uma doce sensação de conclusão no ar.
A casa que agora chamavam de lar era um reflexo de ambos. Situada em meio a um vasto jardim florido que Benedict havia desenhado e plantado ele mesmo, o lugar era um santuário de paz, onde o som das risadas infantis e o canto dos pássaros se misturavam. Cada flor, cada caminho do jardim, era um tributo ao cuidado e ao amor que eles nutriam um pelo outro e pela vida que construíram juntos.
Isabela havia se estabelecido como uma das escritoras mais influentes da época. Seus textos, publicados, eram lidos por muitos, debatidos por outros e temidos pelos mais conservadores. Sua escrita penetrante desafiava as convenções sociais, criticando a posição submissa das mulheres e exaltando a liberdade que ela e suas leitoras desejavam. A cada nova publicação, Isabela sentia que deixava uma marca no mundo, mesmo sabendo que o caminho era difícil. "Escrever é o meu ato de rebeldia," dizia ela, sempre com um sorriso misterioso no rosto, quando perguntada por Benedict sobre como se sentia.
Ele, por sua vez, estava no auge de sua carreira artística. Seu ateliê, dentro da casa, era um lugar de refúgio e criatividade. Lá, ele pintava incessantemente, suas obras refletindo a beleza que ele via no mundo — e, sobretudo, em Isabela. O sucesso de suas pinturas o havia levado a ser reconhecido em diversos círculos artísticos, mas o que realmente importava para ele eram os momentos em que podia presentear Isabela com uma nova obra, dedicada inteiramente a ela. Em sua vida, o amor e a arte se entrelaçavam de uma forma que parecia mágica.
Naquela manhã ensolarada, a casa estava cheia de vida. A pequena filha do casal, com seus cabelos encaracolados e olhos brilhantes, corria pelo jardim, rindo e explorando cada flor, cada pedra. Ela era a perfeita mistura dos pais: a paixão criativa de Benedict e a determinação de Isabela brilhavam em seu pequeno corpo. Isabela, sentada à mesa de café da manhã com uma xícara de chá em mãos e seus manuscritos diante de si, olhava para a filha com um sorriso no rosto, sentindo-se completa.
Benedict, ao lado da lareira, trabalhava em uma nova tela. Ele havia passado a noite anterior esboçando a obra, e agora as cores começavam a tomar forma. "Você sabe," ele disse, virando-se para Isabela e sorrindo, "sua mãe é a pessoa mais incrível que conheço."
A pequena garota, curiosa, olhou para o pai. "Ela é?"
"Sim, ela é," Benedict respondeu com uma suavidade que só Isabela conhecia. Ele se aproximou dela e beijou sua testa. "E eu sou o homem mais sortudo por tê-la ao meu lado."
Isabela riu, sentindo seu coração aquecer. "E eu sou a mulher mais sortuda por ter você, um marido que transforma o mundo com suas mãos. Agora, como vai a nova pintura?"
Benedict sorriu, dando um passo para trás para que ela pudesse ver o que ele havia começado. A tela mostrava uma imagem familiar, porém cheia de profundidade emocional: Isabela segurando a filha nos braços, ambas banhadas pela luz suave do amanhecer. Era uma metáfora do que significava para ele estar casado com ela, uma mulher que trazia luz e vida a cada canto de sua existência.
"É para você," ele disse com um brilho nos olhos. "Quero que veja isso todas as manhãs, para que nunca se esqueça do quanto eu te amo."
Isabela mal podia conter as lágrimas. Cada dia ao lado dele era uma lembrança de que haviam construído algo mais forte do que qualquer obstáculo que o mundo pudesse lançar. Ela olhou para a pintura, depois para Benedict, e sorriu. "Eu jamais esqueceria. Nem por um segundo."
O dia passou com uma leveza tranquila. Eles passaram a tarde no jardim, observando a pequena menina explorar cada canto do lugar. Benedict declamou um dos novos poemas que havia escrito para Isabela naquela manhã, e ela riu entre as palavras, encantada pela beleza simples dos versos e pelo amor que transbordava de cada linha.
À noite, o silêncio suave da casa os envolveu. A filha estava adormecida no quarto ao lado, e Isabela e Benedict estavam aconchegados no sofá da sala de estar, cercados pela luz suave das velas. Era um daqueles momentos de quietude compartilhada, onde as palavras não eram necessárias.
Isabela pegou o livro que Benedict havia ilustrado para ela, um presente de aniversário que ele fizera questão de tornar pessoal, desenhando em cada página detalhes que apenas ela entenderia. "Você sempre sabe como me surpreender," ela disse, sua voz baixa e cheia de carinho.
"E você sempre sabe como fazer meu coração bater mais rápido," ele respondeu, apertando sua mão com ternura.
O silêncio entre eles era confortável, o tipo de silêncio que apenas anos de convivência íntima podiam construir. Havia algo quase nostálgico naquela noite, como se eles soubessem que estavam em um momento de conclusão — mas não de fim. Era como se estivessem encerrando um capítulo de suas vidas, com a promessa de que muitos outros ainda viriam.
"Três anos," disse Isabela, refletindo, "parece que foi ontem que estávamos naquele salão de festas, rindo e dançando, não conseguindo acreditar que éramos marido e mulher."
"É verdade," respondeu Benedict, sua voz suave, pensativa. "Mas, de certa forma, parece que já vivemos uma vida inteira juntos."
Ela sorriu e encostou a cabeça no ombro dele. "E viveria tudo de novo."
O ar da noite estava fresco, e o jardim ao lado da casa parecia brilhar sob a luz das estrelas. Ao longe, o som suave do vento entre as flores dava um toque de serenidade àquele instante. Benedict olhou para o céu estrelado e, então, para Isabela, segurando sua mão um pouco mais firme.
"Eu mal posso esperar pelo que vem a seguir," ele disse.
Isabela, com um sorriso nos lábios e o coração cheio de amor, apenas fechou os olhos e se aconchegou ainda mais. Sabia que o melhor ainda estava por vir — e, com ele, a promessa de mais capítulos, mais momentos, mais vida ao lado de Benedict.
O futuro estava ali, esperando por eles. E seria tão brilhante quanto o presente que haviam construído juntos.
NOTAS DA AUTORA:
Queridos leitores,
Chegamos ao fim dessa jornada que, para mim, foi muito mais do que apenas palavras em uma página e é com o coração cheio de gratidão que me despeço de vocês.
Espero, do fundo do meu coração, que tenham gostado de acompanhar essa trama tanto quanto eu gostei de escrevê-la. Foram momentos de amor, intensidade, conquistas e superações que me tocaram profundamente, e espero que também tenham tocado vocês.
É sempre difícil dizer adeus, mas encerro essa história com a certeza de que ela continuará a viver dentro de cada um de vocês, assim como continuará dentro de mim. Deixo aqui meu mais sincero agradecimento por terem embarcado nessa viagem ao meu lado, por cada página virada, cada emoção compartilhada e, acima de tudo, por terem dado vida a esses personagens junto comigo.
Quem sabe o que o futuro nos reserva? Mas por enquanto, deixo vocês com um gostinho de "quero mais", na esperança de que possamos nos encontrar novamente em novas histórias, novos universos.