𝐄𝐗𝐓𝐑𝐀 - 𝕰𝖓𝖙𝖗𝖊 𝕻𝖗𝖔𝖒𝖊𝖘𝖘𝖆𝖘 𝖊 𝕻𝖗𝖔𝖕𝖔𝖘𝖙𝖆𝖘

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LONDON BENEDICT

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LONDON
BENEDICT

O calor do sol estava começando a aquecer a manhã quando me encontrei na residência dos Cavendish, aguardando Lady Cavendish em um dos salões principais. O ambiente era silencioso, exceto pelo som ocasional de passos apressados das criadas e o leve farfalhar das cortinas ao vento. Eu estava inquieto, com o coração batendo acelerado no peito. Não era só a preocupação com o que Bela poderia estar pensando após os eventos recentes, mas também a enorme responsabilidade que sentia em proteger a honra dela e de sua família.

Quando Lady Cavendish entrou no salão, seu semblante estava tão sério quanto eu imaginava. Ela sentou-se diante de mim, e por alguns instantes, um silêncio pesado tomou conta do ambiente. Eu respirei fundo, tentando ordenar meus pensamentos, e finalmente tomei a palavra.

"Lady Cavendish," comecei, mantendo o tom o mais calmo e respeitoso possível, "sei que os últimos dias têm sido complicados e que as circunstâncias trouxeram preocupações tanto para a senhora quanto para Isabela." Fiz uma pausa, observando a reação dela, que permanecia com uma expressão impassível, embora seus olhos me analisassem com atenção. "No entanto, gostaria de deixar claro que meu desejo de me casar com sua filha não é motivado apenas pelos acontecimentos recentes. Eu amo Bela, desde muito antes de qualquer escândalo ou rumor."

A expressão dela permaneceu inalterada, mas eu pude perceber que suas defesas estavam altas. Continuei, sabendo que precisava ser completamente honesto e abrir meu coração.

"Entendo que a senhora possa ter suas dúvidas, mas posso lhe assegurar que minha intenção é genuína. Desde o momento em que conheci sua filha, soube que ela era diferente de todas as outras. A inteligência dela, a paixão pelas causas que defende, a força com que enfrenta o mundo... tudo isso me cativou profundamente. Quero passar o resto da minha vida ao lado de Bela, e estou aqui para pedir a sua permissão para cortejá-la de maneira adequada e, eventualmente, pedir sua mão em casamento."

Lady Cavendish manteve-se em silêncio por alguns momentos, pesando minhas palavras. Eu sabia que essa era uma decisão difícil para ela. Estávamos lidando com o orgulho e a reputação de nossas famílias, algo que não poderia ser tratado levianamente. O silêncio que pairava no salão era quase sufocante, e eu me peguei prendendo a respiração enquanto aguardava a resposta dela.

Finalmente, ela assentiu com a cabeça, seu olhar suavizando-se levemente. "Senhor Bridgerton, aprecio sua honestidade e respeito seu pedido," disse ela, sua voz firme, mas sem a dureza que eu temia. "No entanto, devo lembrar-lhe que minha prioridade é o bem-estar de minha filha. Se realmente acredita que seu amor por ela é sincero, então será julgado pelo tempo e pelos seus atos. Eu concedo sua permissão para cortejar Bela, mas lembre-se de que estarei atenta a cada passo que der."

"Compreendo perfeitamente, Lady Cavendish," respondi com firmeza, sentindo um peso ser aliviado do meu peito. "E prometo que farei o possível para provar meu amor e minha devoção a Isabela."

Ela assentiu uma última vez, indicando que nossa conversa estava encerrada. Levantei-me, fiz uma reverência respeitosa e me despedi.

Enquanto caminhava para fora da residência dos Cavendish, minha mente estava repleta de pensamentos. Bela merecia alguém que a amasse por quem ela realmente era, que a apoiaria em todos os seus sonhos e desafios. E eu estava decidido a ser esse homem.

No caminho de volta para casa, fui surpreendido pela intensidade dos meus próprios sentimentos. Tudo o que eu queria era estar ao lado dela, segurar sua mão e garantir a ela que nada do que havia acontecido mudaria o que sentíamos um pelo outro. Cada pensamento meu estava voltado para ela, e a ideia de que eu poderia perder a confiança dela me assustava profundamente.

Ao chegar em casa, dirigi-me imediatamente ao meu estúdio, onde a paz do ambiente me permitiu refletir melhor. As palavras de Lady Cavendish ecoavam em minha mente. Peguei uma folha de papel e uma pena, e comecei a escrever um poema, algo que expressasse tudo o que eu sentia por Bela.

As palavras fluíram como um rio caudaloso, e cada verso era uma declaração do meu amor por ela. A poesia sempre foi o meu refúgio, a maneira pela qual eu conseguia expressar o que estava em meu coração quando as palavras faladas não eram suficientes. E naquele momento, precisava mais do que nunca transmitir o que ela significava para mim.

Ao terminar, fiquei em silêncio por alguns instantes, olhando para o papel à minha frente. Eu precisaria de muito mais do que belas palavras para provar que meu amor por ela era verdadeiro e que estava disposto a enfrentar qualquer adversidade por nós dois.

Guardei o poema, sentindo uma estranha mistura de medo e esperança. Eu não desistiria de Bela, não importava o que viesse a seguir.

𝕰𝖈𝖑𝖎𝖕𝖘𝖊 - 𝐁𝐞𝐧𝐞𝐝𝐢𝐜𝐭 𝐁𝐫𝐢𝐝𝐠𝐞𝐫𝐭𝐨𝐧 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora