📜💐 ۪ ׂ 𝐁𝐑𝐈𝐃𝐆𝐄𝐑𝐓𝐎𝐍: 𝐄𝐂𝐋𝐈𝐏𝐒𝐄
Em meio à opulência da Londres do século XIX, Isabela Cavendish, uma jovem de uma família rica e influente, desafia as convenções sociais com sua inteligência afiada e fervorosas. Sua amizade com Elois...
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LONDRES AQUEDADASBARREIRAS
O jantar finalmente terminou, e a noite estava envolta em uma escuridão acolhedora, o céu pontilhado de estrelas cintilantes. No entanto, dentro de mim, a tempestade de emoções estava longe de se dissipar. Benedict e eu havíamos dançado juntos, cada toque e cada olhar aprofundando ainda mais a tensão entre nós. Era como se estivéssemos à beira de um precipício, e ambos sabíamos que não havia como voltar atrás.
Após a despedida dos convidados, senti uma necessidade urgente de ar fresco. Saí para o jardim da propriedade, buscando um momento de tranquilidade longe das formalidades e da tensão social. O jardim, iluminado suavemente pelas luzes das lanternas, estava envolto em um ambiente quase mágico. As flores exalavam seu perfume noturno, e a brisa suave trazia um alívio bem-vindo. No entanto, mesmo naquele ambiente sereno, minha mente estava em tumulto, girando incessantemente em torno de Benedict.
Com os pensamentos girando e a inquietação crescendo, sentei-me em um banco perto da fonte. A água gorgolejava suavemente, e eu olhei para o céu, tentando encontrar alguma resposta nas estrelas. Minha mente estava cheia de perguntas sem resposta, principalmente sobre Benedict e os sentimentos conflitantes que eu nutria por ele.
De repente, ouvi passos atrás de mim, interrompendo meu devaneio. Virei-me para ver uma silhueta se aproximando. A luz suave da casa atrás iluminava a figura, revelando um traço familiar. Benedict. Seu rosto estava parcialmente oculto pelas sombras, mas seus olhos brilhavam com uma intensidade que me fez prender a respiração.
"Você não deveria estar sozinha no jardim, Bela," disse ele, sua voz baixa e rouca, como se fosse um sussurro carregado de significado.
"Talvez eu precise de um pouco de solidão," respondi, tentando manter um tom firme, embora meu coração estivesse acelerado com sua presença.
Ele deu mais alguns passos em minha direção, seu corpo aquecendo o ambiente ao meu redor. "Ou talvez," ele murmurou, "você esteja apenas esperando pela companhia certa."
Eu sabia que não havia mais como fugir. Benedict estava ali, a poucos passos de distância, e a atração entre nós era inegável e irresistível. As barreiras que havíamos erguido estavam desmoronando, e o inevitável estava prestes a acontecer.
"Por que está aqui, Benedict?" perguntei, meu tom de voz carregado de curiosidade e uma pitada de insegurança. "Você já foi embora."
Ele hesitou por um momento, seus olhos fixos nos meus. "Eu... eu esqueci algo. Mais especificamente, eu queria aproveitar a oportunidade para procurar você, porque eu não conseguiria dormir sem respostas."
"Respostas?" Questionei, intrigada. "Respostas sobre o quê?"
Benedict se aproximou ainda mais, e a proximidade intensificou a eletricidade no ar. "Sobre o que aconteceu hoje à noite, sobre o que eu sinto... sobre nós."
Seu olhar profundo e penetrante me fazia sentir que ele estava procurando algo além das palavras, algo que não podia ser expresso completamente. Eu podia sentir o calor que emanava de seu corpo, e a sensação era quase avassaladora.
Ele ergueu a mão lentamente, como se estivesse dando a mim a chance de recuar, mas eu não me movi. Seus dedos roçaram meu rosto com uma ternura inesperada, e eu fechei os olhos, entregando-me ao toque. Era como se cada fibra do meu ser estivesse em chamas, ansiando pelo que estava por vir.
"Benedict," sussurrei, minha voz quase inaudível.
Ele não respondeu imediatamente, mas seu toque se intensificou. Sua mão deslizou até a nuca, seus dedos entrelaçando-se suavemente em meus cabelos. A pressão de sua mão me puxou para mais perto, nossos corpos quase se tocando. Eu podia sentir a tensão nos músculos dele e a respiração acelerada que espelhava a minha.
Finalmente, ele se inclinou, e o mundo ao meu redor pareceu parar. O primeiro toque de seus lábios nos meus foi suave, quase hesitante, como se ele estivesse testando a profundidade de um desejo que havia sido reprimido por muito tempo. Mas logo, a hesitação se desfez, e o beijo se aprofundou.
Havia urgência em seus movimentos, uma fome que espelhava a minha própria. Nossos lábios se moviam juntos em um ritmo feroz e apaixonado, como se estivéssemos compensando todo o tempo perdido. Suas mãos deslizaram por minhas costas, me puxando para mais perto até que não houvesse mais espaço entre nós. Eu podia sentir cada linha de seu corpo contra o meu, cada batida acelerada de seu coração.
Meus dedos encontraram o caminho até seus cabelos, puxando-o para mais perto enquanto o beijo se tornava mais intenso e desesperado. Havia uma necessidade crua em cada toque, como se estivéssemos tentando gravar aquele momento na memória, para nunca mais esquecer.
Sua língua deslizou contra a minha, e um arrepio percorreu meu corpo, fazendo-me gemer baixinho contra seus lábios. Ele respondeu com um som grave, um som que fez o desejo em mim aumentar ainda mais. Estávamos perdidos um no outro, o mundo ao nosso redor desaparecendo, deixando apenas a realidade de nossos corpos entrelaçados, de nossas bocas explorando e descobrindo o desejo que havia crescido entre nós.
Quando finalmente nos afastamos, ambos estávamos ofegantes. Nossos lábios estavam inchados, e a pele quente entre nós ainda vibrava com a intensidade do beijo. Eu abri os olhos para encontrar o olhar de Benedict, e o que vi me fez tremer. Havia um desejo intenso ali, misturado com algo mais – algo que eu sabia que ele lutava para conter.
"Bela," ele sussurrou, o apelido agora carregado de um significado completamente novo. "Eu... eu não consigo mais fingir que não te quero."
Suas palavras eram a confirmação de tudo o que eu já sabia, mas ouvir aquilo em voz alta fez com que a realidade da situação me atingisse em cheio. Estávamos brincando com fogo, e não havia como negar que ambos queríamos nos queimar.
"Eu também não," confessei, minha voz trêmula, mas firme. "A atração é forte demais para ignorarmos."
Ele puxou-me para outro beijo, menos desesperado desta vez, mas ainda assim cheio de intensidade. Era como se estivéssemos selando uma promessa silenciosa, um acordo tácito de que o que quer que estivesse por vir, enfrentaríamos juntos.
Enquanto nossos lábios se encontravam novamente, eu soube que aquele era o início de algo muito maior. A tensão entre nós havia finalmente explodido, e agora, não havia como voltar atrás. Benedict e eu havíamos cruzado uma linha, e o que quer que viesse a seguir seria decidido por esse desejo incontrolável que nos unia.
A brisa suave e o ambiente sereno do jardim pareciam contrastar com o tumulto interno que eu sentia. Sob o céu estrelado, no meio do jardim que antes parecia tão pacífico, nossos destinos se entrelaçaram de uma forma que nenhum de nós poderia ter previsto. Eu sabia que a noite não era apenas o fim de um dia, mas o começo de uma nova jornada – uma jornada marcada por desejo, incerteza e a promessa de um futuro incerto.
E ali, sob as estrelas, com o coração acelerado e a mente cheia de novos sentimentos. A chama do desejo estava acesa.