12 - 𝕺 𝕯𝖊𝖘𝖕𝖊𝖗𝖙𝖆𝖗 𝖉𝖆𝖘 𝕮𝖔𝖓𝖘𝖊𝖖𝖚ê𝖓𝖈𝖎𝖆𝖘

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LONDRES O DESPERTAR DAS CONSEQUÊNCIAS

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LONDRES
O DESPERTAR DAS CONSEQUÊNCIAS

O sol começava a espreitar pelas frestas das cortinas, trazendo uma leveza dourada ao ambiente, quando abri os olhos lentamente. A suave brisa matinal fazia as cortinas balançarem levemente, enquanto o aroma amadeirado do quarto de Benedict ainda impregnava o ar. Estava envolta no calor dos lençóis macios, o corpo dele a meu lado, e por um breve e doce momento, tudo parecia perfeito. Benedict dormia serenamente, e eu podia ouvir o som ritmado de sua respiração, quase como uma melodia tranquilizadora. Aquele instante era um raro oásis de paz no meio do caos que permeava nossas vidas.

O calor do corpo dele ao meu lado era reconfortante, como se tudo que precisasse estivesse ali, ao alcance dos meus dedos. O silêncio era quebrado apenas pelo som suave do vento e da respiração dele. Olhei para Benedict, seus cabelos levemente desalinhados sobre a testa, a expressão tranquila e relaxada. Ele parecia tão diferente do homem sempre atormentado que eu conhecia, e uma parte de mim queria congelar aquele momento no tempo, preservar a calma que sentíamos.

Mas então, como uma avalanche de realidade, a lembrança do que havia acontecido na noite anterior se instalou em minha mente. A tranquilidade foi substituída por uma onda de pânico que me fez sentar abruptamente, os lençóis escorregando para o meu colo, revelando a pele desnuda. Um frio percorreu minha espinha, e uma sensação de culpa misturada com medo tomou conta de mim. Como pude me deixar levar a esse ponto?

Passei a noite fora de casa.

O pensamento ecoava na minha mente, cada vez mais alto, como uma sentença. Benedict, percebendo o movimento repentino ao seu lado, abriu os olhos devagar, piscando contra a luz suave que entrava no quarto. Sua expressão sonolenta logo se transformou em uma mistura de preocupação e surpresa ao ver minha expressão desesperada.

"Isabela, o que foi?" A voz dele, ainda rouca de sono, estava carregada de preocupação. Ele se levantou levemente, apoiando-se no cotovelo, e seus olhos escanearam meu rosto, tentando compreender o que se passava.

Eu respirei fundo, tentando conter as lágrimas que ameaçavam escapar. "Eu... eu passei a noite fora de casa, Benedict. Minhas criadas, minha mãe... Todos vão saber!" As palavras saíram de forma atropelada, minha mente girando em busca de uma solução para o que parecia ser uma catástrofe iminente.

Benedict, agora completamente desperto, se sentou ao meu lado, o colchão afundando ligeiramente sob o peso de seu corpo. Ele segurou minhas mãos com firmeza, seus olhos refletindo uma calma que contrastava completamente com o meu estado de desespero. Ele era como uma âncora em meio à tempestade que eu estava sentindo.

"Isabela," ele começou, sua voz baixa e firme, "isso não é o fim do mundo. Nós vamos lidar com isso juntos, eu prometo."

Eu o encarei, tentando absorver a calma que ele transmitia. "Mas, Benedict, minha mãe... ela vai ficar devastada. E a sociedade... vão nos destruir. Eu fui imprudente, como pude me deixar levar dessa forma?" Minhas palavras estavam entrecortadas pela angústia, e meu corpo tremia levemente.

𝕰𝖈𝖑𝖎𝖕𝖘𝖊 - 𝐁𝐞𝐧𝐞𝐝𝐢𝐜𝐭 𝐁𝐫𝐢𝐝𝐠𝐞𝐫𝐭𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora