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- Japonês
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Lá estava ele, o garoto que ela amou mais do que qualquer outro

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Lá estava ele, o garoto que ela amou mais do que qualquer outro. Ele parecia quase igual ao que ela se lembrava, mas com nuances de maturidade que o tempo havia esculpido. Seu olhar era intenso, e Nanda notou imediatamente o boné preto que ele usava- o que ela sempre implicava, dizendo que ele ficava melhor sem.

Por um momento, o tempo pareceu parar. O mundo ao redor deles desapareceu, e só restava a presença de um na frente do outro. Um turbilhão de emoções tomou conta de Nanda. Raiva, por tudo o que eles passaram e pelo que fizeram um ao outro. Orgulho, pela mulher forte que ela se tornou, mesmo depois de tudo. E uma saudade que parecia apertar seu coração com cada batida.

Apollo, por sua vez, também estava inundado por sentimentos conflitantes. Ver Nanda ali, tão perto e ao mesmo tempo tão distante, trouxe à tona todas as memórias que ele havia tentado enterrar. Ele sabia que ambos tinham errado, que as brigas, o ciúme e a imaturidade de ambos os lados os haviam destruído. E, ainda assim, a visão dela reacendeu uma chama que ele pensou estar apagada.

Finalmente, Nanda quebrou o silêncio, forçando um sorriso que escondia um mar de sentimentos.

— E aí, Japonês.

Apollo retribuiu com um sorriso pequeno, quase tímido, que carregava mais emoções do que ele gostaria de admitir.

— Quanto tempo, Fefe.

Fefe. O apelido que ele sempre usava, Ouvir isso de novo fez Nanda respirar fundo, tentando controlar o turbilhão dentro dela. Aquele momento estava cheio de significado não apenas pelo reencontro, mas também pelo que ficava não dito. Eles sabiam que ambos tinham culpa pelo que aconteceu, e aquele passado compartilhado estava entre eles como uma barreira invisível.

Os olhos de Nanda caíram sobre o boné preto que Apollo usava. Um detalhe pequeno, mas que a fez lembrar de tantas vezes em que ela o provocou, dizendo que ele ficava mais bonito sem o boné. O fato de ele estar usando hoje, talvez por hábito, só reforçava a mistura de familiaridade e distância que agora pairava entre eles.

— Você sabe oque eu acho sobre seus bonés - Nanda comentou, sua voz saindo suave, quase como uma observação casual, mas com um peso de significados que só os dois entendiam.

Apollo levou a mão ao boné, puxando-o levemente para frente, em um gesto que parecia mais para ganhar tempo do que para ajustá-lo. — É; velho hábito, sei que você nunca gostou.

Nanda deu um meio sorriso. - Não é isso, só achava que você ficava melhor sem ele.

Por um breve momento, eles apenas se olharam, mergulhados em lembranças e arrependimentos. Ambos estavam cientes de que o fim do relacionamento deles não foi culpa de apenas um. Foram as falhas de ambos, a incapacidade de lidar com as dificuldades, e o orgulho que os impediu de consertar as coisas enquanto ainda havia tempo.

𝐌𝐀𝐊𝐓𝐔𝐁 ‐ Apollo McOnde histórias criam vida. Descubra agora