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- Dupla

Eu e Nanda sempre fomos imbatíveis juntos

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Eu e Nanda sempre fomos imbatíveis juntos. Era a gente subir no palco e a galera já sabia: ninguém ia sair inteiro. A sincronia que a gente tinha era foda. Eu mandava a rima e já sabia exatamente o que ela ia complementar; ela vinha com a punchline, e eu só tinha que levantar a mão que a plateia explodia. Não era só técnica, era um tipo de conexão que não se explica.

Mas ela escolheu outro caminho. E eu entendi. Quer dizer, a música sempre foi o sonho dela, muito antes das batalhas. Mas, porra, quando a Aldeia me procurou pra uma batalha especial de duplas e sugeriu que eu a chamasse de volta… eu sabia que tinha que tentar.

Eu fui direto pra casa dela. Ou melhor, pra casa dela, do João Pedro e da Khaune. Depois de tudo que rolou, eles decidiram morar juntos em São Paulo, e acho que isso ajudou muito a Nanda quando ela voltou. Porque… sei lá, por mais que ela seja forte, eu sei o quanto as coisas pesam.

Acho que é por isso que eu tô aqui hoje. Pra aliviar um pouco o peso.

Eu bati na porta e ouvi um grito abafado do João me mandando entrar. Abri devagar e logo me deparei com a cena clássica: JP deitado no sofá, com a Khaune em cima dele, discutindo alguma coisa sobre a nova série que começaram a ver. Eles me olharam, e JP fez uma careta.

— O que cê tá fazendo aqui, moleque? Veio roubar nossa comida?

— Se você me oferecer, quem sou eu pra recusar, né? — retruquei, me jogando no sofá ao lado dele — Brincadeira, vou ver se consigo tirar minha parceira da aposentadoria.

A Khaune riu e me deu um tapa leve no braço.

— Ela tá no quarto dela.

Jotape se virou pra mim e disse

— Se você conseguir tirar A nandinha daquele notebook pra rimar olha juro você vai merecer um prêmio neguinho.

Eu ergui as mãos como se me rendesse. — O pai tem as manha relaxa jota.

Caminhei em direção ao quarto e bati de leve. A voz abafada da Nanda veio do outro lado, mandando entrar. Abri devagar e a vi sentada na cama, enrolada em um cobertor, mexendo no notebook.

— Tá parecendo uma velha, Nandinha. — brinquei, me encostando na porta.

Ela me lançou um olhar irritado, mas logo sorriu.

— Cala a boca, Otávio, tô trabalhando numa nova música. O que cê quer aqui? — Ela fechou o notebook e se espreguiçou. — Veio me dar mais trabalho?

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⏰ Última atualização: Oct 16 ⏰

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𝐌𝐀𝐊𝐓𝐔𝐁 ‐ Apollo McOnde histórias criam vida. Descubra agora