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– MãeDepois de alguns dias processando tudo o que havia acontecido com sua mãe biológica, Fernanda estava pronta para um novo reencontro — dessa vez, com a mulher que ela verdadeiramente chamava de mãe
João Pedro, Khaune e ela estavam a caminho da casa onde tantas memórias foram criadas. Era domingo, o clássico dia de almoço em família, e a ansiedade de rever Neia fazia o coração de Nanda bater mais rápido.
Ao chegarem à casa, o portão de ferro pintado de azul lhes trouxe um sentimento nostálgico. Cada detalhe daquela casa — desde o jardim até o cheiro da comida que vinha da cozinha — lembrava Fernanda de sua infância, de tudo o que passou e de todo o amor que recebeu. Ela sabia que, apesar de não ser sua mãe de sangue, era ali que ela sempre encontrou o verdadeiro carinho de mãe.
— Bora, que a comida já deve tá no ponto! — João Pedro disse, sorrindo e empurrando levemente o portão enquanto Khaune ria ao seu lado.
Fernanda trazia nas mãos uma sobremesa que havia preparado com carinho — um bolo de cenoura com corbetura de chocolate. O cheiro do almoço já estava no ar, e assim que cruzaram a entrada, ouviram uma voz familiar.
— Dinda, dinda — Nina, a pequena afilhada de Fernanda, veio correndo na direção dela, os cachinhos balançando ao vento enquanto um sorriso largo iluminava seu rosto.
Sem conseguir conter a felicidade, Nanda rapidamente equilibrou a torta nas mãos e se abaixou para receber a menina. Nina se jogou nos braços da dinda com força, enchendo-a de abraços e risos. O abraço da garotinha trouxe para Nanda um conforto imediato, um sentimento de pertencimento.
— Aí, que saudade de você pequena — Fernanda disse, rindo enquanto apertava Nina em seus braços.
Logo atrás de Nina, estava Neia. Mas não era aquela imagem clássica de uma senhora de cabelos brancos. Neia era uma mulher forte e vibrante, de cachos escuros perfeitamente cuidados, com várias tatuagens que contavam histórias sobre sua vida. Ela tinha um sorriso largo no rosto e, ao ver Fernanda, o mundo ao redor pareceu parar por um segundo.
— Minha garota — Neia disse, abrindo os braços, sua voz carregada de emoção.
Fernanda não pensou duas vezes. Entregou a sobremesa para João Pedro e correu para os braços de sua mãe. O abraço que se seguiu foi profundo e cheio de amor. Não havia necessidade de palavras. Aquele abraço era o tipo de abraço que só uma mãe verdadeira sabia dar — aquele que cura, que acolhe, que faz todo o resto do mundo desaparecer.
Enquanto isso, João Pedro e Khaune seguiam logo atrás, rindo das brincadeiras de Nina, que corria ao redor deles. Carol, a filha de Neia e irmã de João Pedro, estava na varanda, observando com um sorriso carinhoso no rosto. Embora não fossem tão próximas quanto Fernanda e João, Carol também tinha um lugar especial no coração de Nanda.
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𝐌𝐀𝐊𝐓𝐔𝐁 ‐ Apollo Mc
Fanfiction𝐌𝐀𝐊𝐓𝐔𝐁, particípio passado do verbo kitab É a expressão característica do fatalismo muçulmano Maktub significa: estava escrito Ou melhor: tinha que acontecer Essa expressiva palavra dita nos momentos de dor ou angústia Não é um brado de revolt...