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‐ Flor de Tangerina

Deitada ali no colo do Levinsky, com o cigarro na mão, eu tentava relaxar, mas a cabeça ainda tava a mil

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Deitada ali no colo do Levinsky, com o cigarro na mão, eu tentava relaxar, mas a cabeça ainda tava a mil. Entre a galera zoando, o som do pagode rolando e a conversa com Kakau sobre Apollo, era difícil desligar. Kakau tava ao meu lado, e a gente conversava sobre qualquer besteira, enquanto Levinsky, como sempre, só ouvia, tranquilo, com aquele olhar de quem sempre tava de boa.

Então, do nada, Magrão, cheio de energia, levantou e soltou a ideia que já me deu até um arrepio na espinha.

- Bora todo mundo pra água, mano! Tá mó calor! - gritou ele, já arrastando Guri e Big Mike junto.

A proposta foi como um gatilho. Em questão de segundos, a galera toda já tava de pé, rindo e correndo em direção ao mar como um bando de malucos. Mas eu e Kakau? A gente ficou, porque né, cabelo arrumado e água do mar não combinam. Olhei pra Kakau e, como sempre, a gente se entendeu com o olhar

- Nem fudendo que eu vou estragar meu cabelo agora - Kakau falou, rindo, enquanto olhava a galera correndo pra água como se fossem crianças.

Eu ri junto, me ajeitando no colo do Levinsky.
- Pois é, tô na mesma. A galera pode ir, mas eu fico aqui de boa.

Mas, claro, Jotape não ia deixar isso passar. Ele sempre dava um jeito de me zoar, e dessa vez não foi diferente. Vi ele olhando pra gente, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele correu até Kakau, pegou ela no colo como se fosse um saco de batata e saiu disparado em direção ao mar.

- João Pedro, não! - ela gritou, rindo e tentando se soltar, mas ele tava decidido.

Eu tentei segurar o riso, mas já era tarde. Ele chegou na água e, sem piedade, jogou Kakau de uma vez, encharcando a garota. Ela levantou gritando e rindo ao mesmo tempo, completamente molhada, mas sem perder o bom humor.

- Agora é a sua vez, Nanda - Levinsky murmurou ao meu lado.

Eu só tive tempo de abrir a boca pra protestar, mas ele já tava em pé, me puxando com força pra fora da canga. O cigarro caiu na areia e, em segundos, eu tava sendo arrastada pra dentro da água.

- Levinsky, caralho! - gritei, tentando me soltar, mas já sabia que era inútil. Ele riu, continuando a me puxar.

Quando meus pés tocaram a água gelada, o choque percorreu meu corpo inteiro, e eu soltei um palavrão. A galera já tava lá dentro, rindo e jogando água um no outro, enquanto eu tentava me acostumar com a sensação.

Dentro d'água, Brennuz e Barreto começaram com a ideia mais óbvia de todas: briga de galo.

- Bora brincar de briga de galo cuzoes! - gritou Brennuz, já se posicionando, enquanto Tavin ria e empurrava Jotape pra cima dos ombros dele.

𝐌𝐀𝐊𝐓𝐔𝐁 ‐ Apollo McOnde histórias criam vida. Descubra agora