Capítulo 22

9 2 0
                                    

Triz estava no mar, enquanto o pôr do sol chegava e ela já podia sentir sua pele enrugando por ter passado quase 1 hora dentro da água.

O pôr do sol visto ali do mar, era simplesmente magnífico e ela queria guardar todos os pequenos detalhes para si.

Triz não notou quando John chegou atrás de si, apenas quando ele passou o braço pela cintura dela e pousou a mão em seu quadril, a fazendo se arrepiar e dar um pulinho surpresa.

Reina e Hani conversavam, ambas enroladas em toalhas por causa do frio de ter saído recentemente da água. Victor e Cristian estavam sentados próximos a van, conversando sobre carros.

— Obrigada pelo convite — Triz sussurrou, pegando na mão dele. — Você melhorou muito o meu dia, de verdade.

John olhou para os cachos dela que voavam com a brisa do mar, ligeiramente curioso pela sua fala. Ele havia notado que Triz havia andando distante e um pouco triste, mas mal teve tempo de a questionar sobre isso.

— Aconteceu alguma coisa?

Triz se virou, ficando de frente pra ele. Ela não sabia se deveria contar sobre seus problemas familiares, não sabia nem mesmo por onde começar em relação a isso. Ela respirou fundo e deitou a cabeça no peito nu de John, sem se importar com o fato de que ele estava sem camisa e ela mal havia olhado na cara dele desde que o viu a tirando.

— Sendo sincera, eu não sei por onde começar. — Ela suspirou profundamente.

Seu maior medo era começar a contar e não conseguir controlar as lágrimas.

John gostou da pele dela em contato com o seu peito.

O barulho do mar os envolvia diante daquele pôr do sol, o qual John desejava que fosse o presságio de algo bom. Talvez se fizesse um pedido enquanto o sol ia embora, ele se realizasse mais rápido. Por mais infantil que aquilo parecesse ser.

John fechou os olhos e deslizou a mão pelas costas dela, desejando lá no fundo que tudo ficasse bem, independente do que estivesse acontecendo na vida dela. Ela era como uma parte dele agora, desde que o deixou entrar em seu coração. Era pedir muito desejar que aquilo durasse pra sempre?

— Você sabe que tem todo o tempo do mundo comigo, não sabe? — Ele sussurrou.

Triz deu um pequeno sorriso, apertando o quanto podia a cintura dele.

— Talvez um dia eu consiga falar sobre isso. — Ela respondeu sentindo sua voz falhar.

O sol estava quase indo por completo e Triz se afastou para observar o quanto John ficava lindo com os cachos bagunçados.

Tudo nele era lindo. Quando parava pra pensar nisso, seu coração acelerava e ela sentia até uma certa vontade de chorar. Não pela aparência dele, mas sim pelo o que ele signficava pra ela.

Ele a fazia se sentir em casa, mesmo estando muito longe dela. Quando John a envolvia em seus braços, ele a protegia de toda a ansiedade e medo que costumava andar junto de si. Ele cuidava dela e demonstrava se importar como nenhum outro garoto demonstrou antes.

Triz tinha muito medo de entregar seu coração para alguém, tinha medo de tê-lo partido e ela nunca mais conseguir encontrar os pedaços. Ela tinha medo de levaram um pedaço dele e tudo o que restar, além das memórias dolorosas, um amor restante que nunca encontraria consolo.

Mas ela não sentia mais esse medo com John, não quando ele estava sempre ali, flertando, cuidando e se mantendo ao lado dela mesmo tendo o rejeitado uma vez.

Ele sempre estava ali, como um jovem garoto sentado todas as noites em uma calçada, esperando uma garota de cabelos bordô para conversar.

E agora, ela desejava que ele permanecesse pra sempre ali, mesmo se algum dia tudo desmoronasse em volta deles.

Tudo o que ela queria era ele.

Ele a fitava com um sorriso doce, com as pupilas dilatadas e a olhando como se fosse única no mundo pra ele. Como se fosse tudo o que ele sempre sonhou.

— John... — Ela sussurrou e pousou a mão na bochecha dele, o fazendo fechar os olhos e colocar a mão grande sobre a sua.

O contraste de suas peles, a dele bem branca e a dela escura, era linda. Uma das coisas mais lindas que Triz já havia visto.

— Você promete ficar? — O pedido foi baixinho, afetado e carregava até mesmo um tom melancólico por parte da garota. — Porque eu juro pra você, que vou estar aqui sempre. Mesmo se um dia seu coração não for mais meu, mesmo se... se... eu... eu prometo ficar.

Talvez aquilo fosse um eu te amo, por mais que ela não tivesse coragem de dizer a ele naquele momento. Triz sentia que deveria, mas não conseguiu, as palavras não saíram de sua boca como ela queria.

Ele apertou a mão sobre a dela e se aproximou o suficiente para encostar suas testas. Ele era dela, talvez havia sido desde o início, mas isso não importava agora.

Eu prometo.

O peso daquelas palavras talvez se tornasse um karma. Mas do que isso importava agora? Ele faria qualquer coisa por ela.

John puxou Triz para si e colou os seus corpos. O beijo foi casto, doce e tinha um gosto diferente dessa vez.

O mar se agitava em volta deles e ele a segurava com força, pois não queria que nada no mundo a fizesse ir pra longe.

Triz não soube o motivo, mas seus olhos se encheram de lágrimas naquele momento. Por que tudo parecia tão bom, intenso e pesado ao mesmo tempo?

Ela precisava fazer algo.

Foi quando desceu as mãos de forma nada climática e enfim a pertou a bunda de John, o fazendo sorrir em meio ao beijo e dar um pequeno pulo surpreso.

Por mais que sua cara tivesse ficado quente de vergonha, ela não se aguentou e riu com a reação dele.

— O que foi isso? — Ele perguntou em meio a risadas.

— Desculpa — Triz se afastou dele, não se aguentando de tanto rir. Ela respirou fundo tentando se recompor antes de continuar a falar.— Mas é que eu sempre quis fazer isso.

John balançou a cabeça desacreditado, enquanto se aproximava novamente para beijá-la novamente várias e várias vezes.

— Pode apertar quantas vezes quiser, eu deixo — Ele deu um selinho rápido no nariz dela. — Mas só porque é você.

1 - FriendsOnde histórias criam vida. Descubra agora