Capítulo 38

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Triz explodiu em lágrimas, incapaz de acreditar que ele estava ali.

John rapidamente se sentou ao seu lado, a puxando para os seus braços com tanta força que Triz mal conseguiu respirar nos momentos seguintes.

Ele passou a mão pelos cachos dela, pelas suas bochechas e limpou suas lágrimas, enquanto os próprios olhos  já brilhavam marejados. Cada toque, tão quente e suave, pareciam surreais. Ele beijou suavemente o olho dela e encostou suas testas, enquanto suas mãos segurava as dela.

— Você está mesmo aqui? — Ela perguntou em um sussurro afetado. — Por favor, diz pra mim que é mesmo você e que eu não estou sonhando ou delirando. Por favor...

— Sou eu, meu amor — As lágrimas começaram a descer pelos olhos dele. — Eu tô aqui com você.

Triz tocou em seus braços, pescoço e cabelos, ainda com medo de acordar e perceber que tudo aquilo foi um sonho. Como ele estava ali? Ele não estava em Nova York? O que ele estava fazendo ali na escola?

Eram tantas perguntas, tantas dúvidas... mas eles permaneceram ali, envoltos nos braços apertados um do outro.

Depois de alguns minutos em silêncio, John se afastou e fitou o tornozelo levemente inchado de Triz.

— Você precisa ir na enfermaria passar um gel e colocar uma faixa no seu tornozelo, senão é perigoso inchar mais.

Triz piscou surpresa com a mudança de assunto.

— Mas a enfermeira não vai estar na escola hoje...

— Eu mesmo faço isso — Ele sorriu docemente para ela enquanto fazia carinho em suas bochechas com o polegar. — A enfermaria sempre fica aberta.

Triz assentiu. Ela ia tentar se levantar mas John a impediu.

Ele levantou e se inclinou sobre ela.

— Posso? — Triz apenas assentiu para pergunta.

Ele colocou as mãos delicadamente na cintura dela, a puxando com cuidado para cima. Depois, a pegou no colo com facilidade, sorrindo para ela no processo.

Triz corou ao senti-lo tão próximo daquela forma, já fazia tanto tempo.

— Rapidinho vamos chegar lá. — Ele sussurrou afetado. Triz notou que ainda haviam lágrimas nos olhos dele.

— Isso ainda é tão surreal pra mim... — Ela sussurrou, com uma das mãos apoiadas no peito dele. — Eu pensei que... Não te veria mais.

John olhou para ela com as sobrancelhas curvadas, dando um ar tão lindo para ele. Aquela carinha de  "coitado" quase a fez se desmanchar por completo.

— Eu sabia desde o início que não ia conseguir ficar longe de você... no final de tudo.

— Você não faz ideia do quanto eu... eu sofri nesses 2 meses — Triz encostou a cabeça nos ombros dele, aproximando o nariz do seu rosto. — Havia tantas coisas que eu queria dizer pra você, mas... eu apenas resolvi deixar você viver. Eu sinto muito por ter me afastado completamente. Eu pensava que... eu conseguiria superar a dor de não te ter aqui dessa forma.

Eles haviam chegado na enfermaria e John abriu a porta com rapidez e acendeu a luz, levando Triz ainda em seus braços até a maca. Ele a colocou sentada ali com delicadeza, enquanto olhava em volta do ambiente branco.

Triz notou que ele estava estranhamente em silêncio. Ela suspirou pesadamente.

Ele logo encontrou uma bisnaga de gel e faixas, se aproximando de Triz e se sentando em um banquinho em frente a maca.

1 - FriendsOnde histórias criam vida. Descubra agora