Eu a queria. Queria sentir o cheiro do seu cabelo, o gosto da sua boca, a textura da sua pele. Queria sentir o corpo dela colado ao meu, a respiração dela ofegante no meu ouvido. Queria sentir o poder dela, a força dela, a entrega dela.
Ela estava ali, rebolando em minha ereção, me olhando com aqueles olhos que me deixavam louco. Aquele olhar que me dizia que ela queria tanto quanto eu. A puxei para perto, a envolvi em meus braços, e senti o corpo dela tremer contra o meu. Ela tinha um cheiro incrivelmente raro, uma mistura de sabonete e perfume .
A beijei com fúria, com desejo, com uma paixão que me consumia. Suas mãos se enroscaram no meu cabelo, e eu senti o corpo dela se derreter contra o meu.
A levei para o quarto, a deitei na cama e me ajoelhei entre suas pernas. A olhei nos olhos, e vi o desejo arder neles.
— Qual será o seu sabor? — sussurrei em seu ouvido, e senti o corpo dela tremer.
Ela gemeu meu nome, quando enfiei minha língua em seu clitóris, e eu soube que estava pronto para explodir. A penetrei com força, com uma intensidade que me deixava sem ar. Ela se arqueou contra mim, seus gemidos me enlouqueceram. Cada movimento meu era uma explosão de prazer. Cada gemido dela era uma gota.
Helena merecia isto, este momento. Precisava entender que ainda era mulher, e que ainda tinha o gosto doce que enlouquecia qualquer homem. Ela gemia gostoso sempre que acelerava as estocadas, apertei seus seios pronto para derramar o meu amor dentro dela.
— Você é perfeita... você é perfeita...
(...)
Fechei o último botão da camisa, e antes que ela se virasse, beijei seu ombro.
— Muito obrigada... — agradeceu, colocando a saia de volta.
— Como você se sente? Está bem com o que acabou de acontecer?
— Estou... estou bem, sim.
Perguntar depois do ato era covardia.
— E você?
Olhei para ela, sem entender o porquê da pergunta.
— Não estás incomodado transar com outra, depois da recente morte de sua esposa.
Havia me esquecido desta farsa. A farsa que está custando mais a vida dos que amo, do que a minha. Pelo menos, não havia nenhuma notícia sobre isso, e pelos vistos vai demorar para chegar.
— Eu... eu preciso refrescar a mente, não posso viver a base de dor. Rebeca não voltará...
Helena me abraçou, e beijou minha bochecha.
— Não quero parecer cobra, e muito menos ser amaldiçoada, mas por favor, conta comigo para tudo.
Como contar a ela que tudo isso é uma mentira, que a vida que construímos é uma farsa?
Concordei com a cabeça e retribui o beijo. Ouvimos o som da campainha, e Helena acelerou a vestir suas roupas.
— Deve ser minha mãe... — disse indo até à porta. — A gente se fala.
Mordi meus lábios quando a porta foi fechada e tirei minha roupa pronta para tomar um banho. Eu preciso resolver está situação, e buscar um meio de entrar em contato com minha família sem sermos rastreados.
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Chama Sombria
RomanceHelena é uma jovem cristã, familiarizada com os preceitos da fé, e habituada à rotina de uma mulher casada, submissa ao seu marido. Sua vida era diferente daquilo que havia idealizado ao aceitar unir-se ao seu amado esposo Dylan. O amor que deveria...