Uma semana depois...
George tinha chamado a sua casa Gerard, seu amigo de duas décadas e ele foi prontamente. Juliette só soube da visita, mas nem o viu, ficou pintando e escrevendo dentro do seu quarto.
- Meu nobre George. É uma honra está aqui hoje. Não imagina o quanto estava ansioso por esse chamado.
George o olhou confuso. Alguém sabia dos seus planos, mesmo que ele não tivesse dito a ninguém?
- Eu sei exatamente o quê quer tratar hoje comigo. - Gerard dizia aquilo com orgulho.
- Sabe como?
- Sei que você já não se dá bem com seus irmãos. E que a sua saúde encontra-se debilitada. Então tens que pensar na menina Juliette.
George estava surpreso e até ajeitou-se na cadeira.
- Então quero saber quando será... Por nós pode ser qualquer dia.
- Qualquer dia?
- O casamento de meu Arnald com a sua Juliette.
George olhou sério para Gerard.
- Gerard que conversa é essa?
- Nossos filhos estão prontos e já corre o boato que sua filha já teve o primeiro sangramento. Então está na idade ideal para se casar com meu filho mais velho.
George sentiu o ar se limitar e a sua respiração ficou difícil, isso sempre acontecia quando alguma coisa lhe irritava profundamente.
- Seu filho tem praticamente a mesma idade de Juliette. Um moleque.
- Moleque não. Com 14 anos ele já tem o bigode.
- Sai daqui Gerard e nunca mais volte.
- George como assim?
- Sai!!! - ele disse bruto. - Pensei que você fosse gente, mas é só um imbecil interesseiro. Nunca vai casar seu filho com a minha filha. Juliette casará com um homem e não com um parasita.
Gerard saiu esbravejando e George ficou passando mal. Quem por fim veio acudi-lo foi Adelaide.
Ele não pôde recusar a ajuda, mas sabia quem tinha dito coisas íntimas de Juliette.
- O senhor se sente melhor?
- Sim Adelaide. É tanto que quero saber por que anda contando as coisas da minha filha a todo o povo?
Adelaide ficou sem reação.
- Não tenha o atrevimento de negar. Eu sei de tudo.
- Não fiz por mal... Foi só um comentário impensado. Todo o povo comenta essas coisas.
- Mas eu não quero que a vida da minha filha seja motivo de comentários. Ela já não reagiu bem com a novidade, imagina se souber que todo mundo ficou sabendo?
- Juliette está muito solta e linguaruda. Tens que ter cuidado.
- De agora em diante não é mais empregada de quarto dela. A deixe a vontade.
- Senhor...
- Adelaide você escolheu assim, agora me deixe sozinho.
A mulher saiu e George ficou a pensar no futuro de Juliette.
...
No fim de tarde, naquele mesmo dia.
Juliette estava fascinada por borboletas e julgava que pegá-las no fim da tarde era mais fácil.
Seu intuito não era prendê-las e sim brincar um pouco e logo depois soltar ao ar livre. Ela passeava tranquilamente por um bosque perto de casa quando começou a ouvir um cochicho.
Poderia ter ignorado e não buscar de onde vinha o barulho, mas era curiosa demais para deixar isso passar.
Juliette foi de ponta de pé e viu uma moça e um rapaz abraçados num lugar bem escondido.
- Estou morrendo de saudades meu amor. - o rapaz dizia enquanto abria a frente do vestido da moça.
- Não podemos fazer isso de novo. Ronald não é certo.
- É certo sim e eu sei que você também gosta.
Juliette levou a mão a boca quando viu o rapaz expor os seios da moça. Ela não entendia o por quê daquilo, mas achava que era errado.
Pensou em fugir, mas não conseguiu, até que viu o rapaz colar sua boca na da moça e aquilo deu a Juliette a força restante para correr.
Independente do que haveria depois, ela não gostaria de saber, pois estava com medo.
Saiu pelo bosque a fora e acabou por perder o caminho de volta para casa. A noite já ia cair quando uma pessoa a cavalo passava por ali.
- Socorro! Socorro! - ela gritou.
Logo ela ouviu o cavaleiro que se aproximava.
- Senhorita Mountain... - disse o homem ao se aproximar.
...
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O meu amado guardião
FanfictionUm amor nascido, nutrido e crescido na confiança. Essa é uma história de época.