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Quatro meses depois...

Com a passagem dos meses George foi melhorando e Rodolffo sempre cuidava dele.

- Você é o filho que eu não tive. Mas parece estar triste ultimamente.

- Não estou. É impressão sua.

Nem Juliette ou Rodolffo falavam da distância entre eles para George.

- Enquanto você vive triste pelos cantos, minha filha está radiante e corada. Ela tem até engordado um pouco.

- É que vive a comer tudo o que vê pela frente. Depois está culpando a Amarílis por lhe oferecer doces.

Os dois sorriram.

- Ela gosta de doces.

- Eu sei que gosta George.

...

Enquanto isso Juliette estava no seu quarto e depois de tomar um banho ela procurava um vestido que acomodasse a sua barriga e ao mesmo tempo a disfarçasse, mas estava cada dia mais difícil encontrar o vestido ideal.

- Você está muito exibido. Amarílis disse que o primeiro filho sempre demora a mostrar barriga e você já está aqui me deixando bem redonda. - ela sorriu e passou a mão na barriga. - Quer se mostrar para o papai, não é? Ele sempre vem beijar a mamãe a noite, só que eu finjo dormir. Ele está agora cuidando do vovô. Logo será de você que ele vai cuidar.

Juliette achou um vestido que lhe serviu perfeitamente na cintura, mas não coube no busto, então teve que recomeçar a busca.

...

Rodolffo foi na área dos criados e pediu que concertassem uma camisa sua, então foi naquele momento que viu vários vestidos de Juliette sendo alargados.

Ele não disse nada a criada da costura, mas procurou Amarílis.

- Me explique por que há tantos vestidos da minha esposa no concerto e todos para alargar cintura e busto?

Amarílis sabia do bebê que Juliette esperava, mas não lhe diria nada.

- O senhor deveria olhar mais para a sua esposa. - foi a sua resposta.

Rodolffo ficou parado e instantes depois saiu correndo. O destino era o quarto de Juliette.

Ali achou a porta aberta e já começou a ouvir ela a falar com alguém:

- Meu pai ainda guarda o lugar onde eu dormi, quero restaurar e te colocar para ficar do meu lado. Ôh meu bebê, já vencemos tanto.

Sem saber o quê dizer, Rodolffo só deixava as lágrimas molharem o seu rosto.

- Eu vou contar de você ao seu papai, mas queria tanto que ele percebesse...

- Eu estou pronto meu amor... - ele disse a fazendo virar o corpo e mostrando a aparente barriga para Rodolffo.

Ele caminhou até ela e ajoelhou-se para colocar a cabeça na barriga de Juliette. Ali ele ficou por instantes  imóvel, depois deu vários beijos e tocou com as mãos.

- Está enorme... Como eu fui burro... Não reparei. Foi naquela dia quando eu voltei de viagem.

- Não. Eu não tive regras naquele mês. Disse que tinha tido para te provocar. O bebê já tem cinco meses e sinto ele me chutar. Foi em uma noite que você não jogou tudo fora... Ele é fruto de uma gotinha.

- Ai meu Deus... Nosso filho.

Juliette deixou Rodolffo curtir a barriga. Ele beijava, cheirava, fazia carinho enquanto ela tocava o seu cabelo.

- Não quero mais ficar longe. Por favor meu amor.

Juliette segurou nas mãos dele e lhe trouxe para junto dela. Ele a abraçou e ela disse:

- Então volta para nós.

Rodolffo lhe deu um beijo apaixonado e depois ficaram curtindo a felicidade daquele momento inesquecível.

...



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