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Dois meses depois...

A família vivia em função da espera do bebê de Juliette e Rodolffo. George estava melhor dentro do possível e esperar um neto lhe deixou mais motivado.

Amarílis ajudava Juliette sempre que possível e elas juntas faziam o arrumado nas coisas do bebê.

- A senhora não sente medo do parto?

- Não. Até Rodolffo já me perguntou isso e de verdade eu não sinto. Só sentirei alegria ao ter o meu bebê nos braços. Eu quero e vou ser mãe. E aos 18 anos como meu pai previu.

- É verdade... A senhora fará 18 anos em breve.

- Amarílis foi tão difícil chegar onde estou hoje. Passei por tanta coisa. Mas eu sou muito amada, desde o início da minha vida. Meu pai deu a mim todo o amor que tinha e Rodolffo me dá todo o amor que lhe restou no coração.

- Nunca sentiu que ele sofre pela falecida?

- Pelos filhos, eu sei que ele sofre até hoje, da esposa não fala e tudo bem, cada pessoa tem um limite. Eu me casei com um viúvo, mas ele não é cheio de tristeza como as pessoas pensam.

- Eu vejo isso senhora.

Juliette organizava as roupinhas que já tinha do bebê. Todas elas eram em sua maioria brancas, amarelas e tinha algumas cor de telha.

- Rodolffo gosta dessa cor, por isso que insistiu em fazer roupas nesse tom. Só acho um pouco masculino se for menina, o quê acha?

- Essas são as primeiras roupas. Fiz três vestidinhos por que meu coração diz que é menina.

Juliette sorriu.

- Rodolffo também acha que é menina... Já o meu pai acha que é menino.

- E a senhora acha que é o quê?

- Menino! E se chamará George terceiro. Se for menina chamará Odette segunda. Rodolffo e eu não tivemos divergências quanto a isso. Ele mesmo sugeriu.

- Que linda homenagem.

...

Na área externa da casa.

Rodolffo tinha levado George para tomar um sol no início da manhã.

- Tem certeza que querem realmente esses nomes? - George perguntou bem satisfeito.

- Temos sim. São as nossas escolhas.

- Obrigado pela homenagem.

- Não precisa agradecer. O senhor foi um pilar para nós.

- Só não te perdoei totalmente por ter sido apressado demais com a minha filha. Poderia ter esperado para tê-la depois do casamento.

- Espero que me perdoe um dia, mas eu só fiz isso por que foi em comum acordo e com muito sentimento envolvido. Conheci o amor com uma mulher menina e sou grato por tudo que temos juntos.

- Espero que continue assim.

George estavam conversando quando chegou uma tropa de cinco homens se aproximam da propriedade. Rodolffo reconheceu os cavaleiros e logo um veio até eles.

O cavaleiro cumprimentou os senhores e foi direto e sem rodeios.

- Renart o senhor está sendo acusado de um assassinato. Precisamente do homicídio da senhora Saint.

- É o quê? Que loucura é essa?

- Ela foi encontrada morta e dizem que o senhor foi o último a vê-la viva.

- Impossível, eu não saio de casa. Cuido do meu sogro e da propriedade, da minha esposa grávida. Não fui eu.

- Isso é uma coisa muito grave. Não podem levar o meu genro.

- Mas vamos agora mesmo.

George não conseguiu fazer nada para impedir. Rodolffo tentou se explicar e resistir, mas foi levado como um criminoso.

...

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