Ao ver o revólver sendo disparado para cima, Rodolffo entrou no meio da luta corporal dos dois irmãos e logo deferiu um soco no rosto de Germano. Ele caiu no chão, mas Rodolffo voltou a bater nele.
Um dos homens que cuidavam de Juliette tentou impedir que o patrão apanhasse, mas também levou uma surra de Rodolffo e o outro acabou saindo dali correndo.
Germano ainda pegou o revólver novamente e tentou sem sucesso atingir Rodolffo, mas ele foi muito mais rápido e lhe deu outro soco que fez sair sangue do seu nariz.
Com um revólver bem rente a testa de Germano, Rodolffo lhe disse com firmeza:
- Saia daqui agora se quiser ir com suas próprias pernas. Se não for de acordo, a única solução é te tirar daqui arrastado feito um porco. E bem sabe que não vou ter tanta misericórdia e te deixar ver isso ainda vivo.
- Vai me matar?
- Quer pagar para ver? - ele colocou o dedo no gatilho. - Sua última chance é essa...
Germano perdeu toda a marra inicial e disse juntando as mãos:
- Eu vou embora para nunca mais voltar. Por favor não me mate.
- Então reúna os seus homens e saiam já daqui.
Rodolffo manteve o revólver em punho até ter a completa certeza que os homens iam embora. E logo depois foi até Gregório e lhe pediu um favor:
- Gregório, por favor, reúna os homens mais ágeis e fortes para fazer uma barreira de proteção a nossa propriedade. É um grande sabedor no uso de armas e ali no galpão temos algumas, por favor faça uma vigília para que não sejamos pegos de surpresa novamente.
Depois voltou ao interior da habitação, onde Juliette já estava solta e abraçada ao pai.
- Papai, agora tudo ficará bem. Nós te amamos muito.
- Graças ao Rodolffo. Não teríamos conseguido nunca sem ele. Eu nunca errei na minha escolha.
- E eu também não errei. Ele é um grande homem papai e é o amor da minha vida.
Rodolffo sentiu os olhos marejarem e logo juntou-se a família.
Juliette lhe deu um abraço apertado e quando se olharam nos olhos, ele lhe falou com emoção:
- É a melhor esposa que existe no mundo e eu te amo. Juliette você é a mulher da minha vida.
Ela ficou na ponta dos pés e lhe deu um beijo no rosto. Sorrindo lhe disse:
- Nosso bebê já tem um orgulho enorme de você e quando nascer terá muito mais.
Rodolffo tocou a barriga dela e sentiu um chute forte, sorriu para Juliette e só não lhe beijou por que George estava presente.
- Houveram dias e noites que eu cogitei não permitir a relação de vocês. - George tirou o casal do momento de alegria e os fez prestar atenção nele. - Pensei e repensei... Você era um homem feito e viúvo. Juliette uma menina na flor da idade. Não julgava que era de bom tom e isso não tem a ver com classes.
- Papai por que falar disso agora?
- Por que me deu vontade de falar e de pensar que eu poderia ter lhe privado de uma grande felicidade. Escute minha filha... Era véspera do seu Debut e eu recebi uma proposta de côrte de uma família muito boa e estimada. O meu racional dizia que aquele era o matrimônio certo para você, mas o meu coração não. Ele era um rapaz de 17 anos e você estava fazendo 15 anos, não era uma boa diferença?
- George... O senhor está me ofendendo. Mesmo que a intenção não seja essa, mas eu não quero ouvir mais disso.
Rodolffo quis sair, mas Juliette não deixou.
- Vamos ouvir, por favor.
- Mas eu sabia o quê a Juliette queria e quem ela amava. Meu coração de pai falou mais alto e eu deixei as rédeas soltas.
- Papai... Eu sei que não faria nada para me fazer sofrer. Mesmo que a moral e os bons costumes lhe obrigasse, o senhor não faria. E agora venham aqui os dois e dêem as mãos.
Rodolffo apertou a mão de George e Juliette deu um beijo no rosto de cada um.
- Os meus heróis. Meus amados guardiões. E os melhores papais do mundo. Eu os amo muito e sempre irei amá-los até a última batida do meu coração.
- Não use essas palavras meu amor...
- Realmente não use minha filha... Não esqueça que somos traumatizados.
Juliette sorriu e falou:
- Ainda terão muitos anos para me mimarem. Nem se preocupem.
Tudo se fez paz e finalmente esperava-se pelos dias dourados.
...
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O meu amado guardião
FanfictionUm amor nascido, nutrido e crescido na confiança. Essa é uma história de época.