18

76 21 30
                                    

Juliette mexeu-se e Rodolffo despertou. Ainda o sol não tinha nascido, mas o baile já tinha terminado. Ela acordou logo depois e ficaram se olhando.

- Só acredito que fizemos amor por que ainda estamos nus. Pareceu um sonho.

- Você gostou de mim?

- Eu amo você e tudo é maravilhoso entre nós. Agora me diga como se sente?

- Me sinto amada.

- E se um dia você se arrepender de ter me escolhido? Haviam tantos rapazes jovens, herdeiros e...

- Shiiii... Eu já te escolhi a tanto tempo. É e sempre será meu único amor.

- Eu me julguei tão errado quando percebi que te amava. Mas agora já não há mais tempo para arrependimentos. Vamos nos casar Juliette.

- E não haverá mais despedidas.

- Mas eu quero entrar num acordo contigo.

- Acordo?

- Sem filhos até os seus 18 anos. Você ainda é muito jovem para esperar um bebê. - Juliette ficou pensativa.

- Você não quer ter filhos comigo?

- Eu quero que a gente seja feliz. Não que um filho traga infelicidade, mas seu pai já necessita muito de nós e acho que não é o momento ainda. O quê eu fiz na noite passada é o método mais eficiente para evitar que você fique grávida.

- Então... Se você quer assim... Será.

Juliette não queria desapontar Rodolffo, então concordar com ele e não gerar conflito era o melhor que eles podiam fazer naquele momento.

Juntos se recomporam e depois foram os dois até a casa.

...

Um tabelião, um padre e quatro testemunhas estavam sentados junto de George a espera do casal que literalmente se assustou com todos os ali presentes.

- Os noivos chegaram. - George disse se levantando e dirigiu-se a Rodolffo e Juliette. - Aqui será realizado o casamento de vocês, mas antes de confessem e peçam perdão pelo que fizeram, só assim Deus poderá abençoar a união de vocês.

Juliette olhou para Rodolffo e ele acenou positivamente para ela. O padre convocou o primeiro e foi Juliette.

- Eu te entrego a minha filha e a minha fortuna hoje. - George disse e fez uma pausa. - Mesmo que isso me doa, tudo que aconteceu já não me surpreende. Eu sabia que ia acontecer.

- Eu sou correspondido da maneira que eu sempre quis ser e para nós o único destino possível é viver o resto da vida juntos.

- Que assim seja.

Rodolffo também se confessou e frente ao padre, ao tabelião um disse sim ao outro. As alianças usadas foram as de Odette e George.

- Essas jóias sempre significaram muito para mim. - ele disse emocionado. - E espero que signifique muito para vocês também. Que alegria saber que serviram perfeitamente.

Juliette deu um abraço no pai e um beijo na mão.

- Eu te amo pai. Sempre foi e sempre será o melhor do mundo.

George segurou o rosto de Juliette e lhe disse:

- Serei até o dia que seus filhos nascerem, por que depois disso deverá dizer que o seu marido é o melhor do mundo. Mas muito obrigado por 15 anos que me faz feliz e me dá forças para viver minha filha.

Rodolffo ficou emocionado com a cena e sabia que George amava muito Juliette. Só um amor como o dele aceitaria uma desonra.

Quando toda a casa ficou silenciosa, Juliette e Rodolffo entraram no quarto dela e aí foi sua vez de fazer um acordo com ele.

- Sua casa agora é aqui. Definitivamente se desfaça da sua antiga casa e traga só o quê lhe for importante.

- Tudo bem. Algumas armas, ferramentas, roupas e um filhote que peguei para criar. Só tenho isso.

- Tudo bem. Só o quê me interessa ao fim é você e de preferência sem roupa.

- Juliette...

Eles sorriram e ele a beijou.

...

O meu amado guardião Onde histórias criam vida. Descubra agora