55 | maria clara & endrick henrique

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Autora — POV
São Paulo, 10 de abril de 2024

a maternidade estava um caos, era difícil descrever quem dalí estava pior, mas no geral, todos estavam surtando!

era como se o filho de cada um estivesse nascendo, a euforia, empolgação e apavoro estava presente em cada um.

já fazia mais ou menos uma hora e meia que Maya havia entrando em trabalho de parto, e ninguém teve notícias do que se passava dentro da sala.

— moça, tem certeza que a gente não pode entrar? pelo menos eu, eu sou filho do casal, meus irmãos estão nascendo! — Endrick perguntou pela décima vez a recepcionista, dentro de uma hora.

— querido, eu já falei que não, é um momento apenas dos médicos e do casal, mais ninguém pode entrar naquela sala, o máximo que eu posso fazer é tentar buscar alguma informação. — à moça que estava atrás do balcão explicou pela décima vez ao garoto, tentando ser ao máximo compreensiva.

— então faz isso, por favor! senão eu quem vou ser o próximo a ir parar numa sala, e vai ser do necrotério. — Endrick disse eufórico, fazendo a recepcionista rir.

— vou falar com um dos médicos, faz um tempo que ela entrou em trabalho de parto, logo logo ele vem dar algum comunicado. — ela explicou ao garoto, tentando reconfortá-lo.

a recepcionista saiu em direção à ala de cirurgia, deixando para trás um grupo de pessoas ansiosas. Endrick voltou para o canto onde estavam os outros familiares, mas não conseguia ficar parado. ele andava de um lado para o outro, as mãos na cabeça, claramente tenso.

— relaxa, moleque, vai dar tudo certo. — Raphael disse, tentando acalmá-lo, mas ele mesmo não conseguia esconder a preocupação no rosto.

— falar é fácil, 'né, Veiga? — Endrick rebateu, passando a mão pelo cabelo, que já estava bagunçado de tanto ele mexer.

— 'tá nervoso por quê? são só bebês. — Luis Guilherme tentou aliviar o clima, dando um tapinha nas costas de Endrick. — não são aliens, não vão te morder.

— Luis, pelo amor de Deus! — little revirou os olhos, sem paciência para as piadas do companheiro.

— ai gente eu não 'tô me sentindo bem, sério. — Dudu disse ofegante, enquanto se abanava com as mãos.

— ah não, Eduardo. — Luan reclamou.

— não vem me inventar de querer desmaiar essas horas não, pelo amor de Deus. — foi a vez de Murilo, assim todos começaram a reclamar com o camisa 7.

— gente é sério. — ele disse, tombando para o lado, no colo de Veiga.

— minha nossa senhora. — Raphael reclamou. — qualquer dia esse menino vai morrer e ninguém vai nem perceber.

— deixa ele acordar normal, 'tá frio pra jogar água no coitado. — Paula, que estava ao lado do marido, e bem acostumada com a situação, falou.

na sala de parto o ambiente era ao mesmo tempo tenso e emocionante. Maya estava deitada, respirando fundo, enquanto as contrações iam e vinham. Richard estava ao seu lado, segurando sua mão com força, tentando transmitir toda a calma que ele próprio não sentia.

— você está indo muito bem, amor. só mais um pouco. — Richard disse, a voz trêmula de nervosismo e empolgação.

Maya respirava fundo e respondia com um olhar determinado, mas claramente cansada. ela apertava a mão dele a cada nova contração, tentando se concentrar nas instruções dos médicos.

luz que me traz paz, richard riosOnde histórias criam vida. Descubra agora