luz que me traz paz, richard rios

52 | reta final

Richard Rios — POV
São Paulo, 1 de abril de 2024.

o grande mês chegou!

o mês que meus filhos irão nascer, o mês que minha vida irá mudar completamente, e principalmente o mês que completará um ano que eu e o amor da minha vida no reencontramos!

em menos de um mês os bebês chegariam, então estava tudo uma loucura. a montagem dos quartos, o enxoval que ainda não estava completo, e praticamente quase todos os dias eu e minha namorada tínhamos algumas aulinhas com dois médicos sobre como cuidar dos bebês.

eu sempre tive o desejo de ser pai cedo, mas não imaginava que viria logo dois de uma vez! por mais que nossos amigos, minha sogra e a babá que eu já contratei estariam sempre do nosso lado ajudando com tudo, eu ainda tinha muito medo de não saber lidar com as situações ou de cuidar dos bebês.

meus filhos viraram tudo pra mim desde o momento que eu descobri que eles estavam a caminho. nesses oito meses eu tomei conta de tudo para a chegada deles, não via a hora de poder carregá-los em meus braços. sem duvidas, eu estava mais ansioso do que com medo.

eu e Maya estávamos no quarto deles, terminando de arrumar algumas decorações. sua barriga já estava enorme, tinha pra mim que a qualquer momento os bebês iam sair dali de dentro sem ninguém perceber.

— Richard, você acha que esses quadros estão na altura certa? — Maya perguntou, com uma expressão de dúvida no rosto.

— estão perfeitos, amor. você tem um ótimo olho para essas coisas. — eu olhei para os quadros e sorri.

ela sorriu de volta, mas logo colocou a mão nas costas, claramente desconfortável.

— 'tá tudo bem? — perguntei, preocupado.

— sim, é só o peso... — ela respondeu, suspirando. — às vezes sinto que vou explodir.

— quer dar uma pausa? podemos terminar isso depois — sugeri, aproximando-me para ajudá-la a se sentar.

— acho que sim... talvez seja uma boa ideia — ela concordou, sentando-se na poltrona ao lado do berço.

— amor, eu estava pensando... — comecei, sentando-me no chão em sua frente. — a gente deveria tirar um tempo só para nós dois antes dos bebês chegarem. um jantar tranquilo, só nós dois.

— parece uma ótima ideia, amor, eu adoraria isso. — ela sorriu, acariciando minha bochecha. — porém semana que vem! essa semana você tem que se concentrar para o jogo de volta contra o Santos. a gente não pode perder esse título nunca!

ontem foi o primeiro jogo da final do Paulistão contra o Santos, na baixada santista. saímos perdendo de 1 a 0.

— claro, isso é óbvio, essa semana a gente têm vários jogos treinos e treinos táticos. — respirei fundo ao lembrar. só de imaginar, já me cansava. — podemos ir dia 10, é um dia bastante especial e importante.

— por que? o que tem dia 10? — Maya me olhou confusa e eu arqueei minhas sobrancelhas.

— que?! — exclamei ao perguntar. — você 'tá 'zoando, não 'tá?

— claro que 'tô, seu bobo. — ela revirou os olhos e sorriu, segurando meu rosto. — é um dia tão especial para mim, quanto pra você. — selou nossos lábios.

— e aonde minha belíssima namorada gostaria de jantar? — questionei, já sabendo sua resposta.

— aonde você acha? — ela sorriu de canto.