Capítulo 27 | Livro 1

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Annie On:

Acordo na cama macia do meu novo quarto. Se eu pudesse, eu poderia ficar deitada aqui o dia inteiro, mas tenho aula hoje. Olho para o relógio ao lado de minha cama, acordei no horário correto.

Eu me levanto – um pouco contra minha vontade, pois gostaria de continuar dormindo. – Faço minhas higienes matinais e coloco um vestido beje com a saia marrom e um corset com flores pequenas de cores claras estampadas.

Enquanto admiro meu cabelo no espelho, me lembro daquele garoto...

Como ele pode ser tão atraente?

Balanço a cabeça para afastar esses pensamentos e volto a mecher nas ondas de meu cabelo – que é um bem mais claro do que o da minha irmã. –

Pego meu caderno e uma caneta tinteiro. Saio do meu quarto e vou até a biblioteca do palácio, lugar onde eu iria estudar por um tempo.

Ao chegar, vejo que é um lugar lindo. Existe prateleiras enormes com vários livros, uma escada espiral que levava até a parte de cima da biblioteca, mesas enormes, e diversos mapas. Eu fiquei deslumbrada olhando para todo o local, até que uma voz me tirou de meu transe.

–Senhorita? –Olhei para trás e vi o amigo do supremo que me salvou.

Ele está em uma das mesas com alguns livros. Me sinto um pouco envergonhada e vou até o garoto.

–Desculpe, nunca vi um biblioteca tão linda desta forma. –Ele dá um leve sorriso. –Bem... Eu ainda não sei seu nome.

–Perdão pela minha falta de educação. –Ele se levanta da cadeira, exibindo nossa diferença de altura.– Minha cabeça bate em seu abdômen. –Me chamo Noah Howstrong.

–Prazer, me chamo Annie Merleywands.

–O prazer é todo meu, senhorita Merleywands. –Ele segura uma de minhas mãos e a leva até seus lábios.

Quebra de tempo

–Esses assuntos são complicados demais! Como alguém consegue aprender isso!? –Reclamo irritada

–Não é tão difícil assim, é apenas questão de atenção.

–Eu amo matemática, mas você está fazendo com que eu comece a odiar... –Ele dá um sorriso. –Não estou brincando, eu fiz essa conta pelo menos umas dez vezes e não consigo achar a porcaria do resultado. –Arregalo meus olhos ao perceber a expressão que usei. –Desculpe. –Ele apenas sorri.

–Está tudo bem. Pode agir naturalmente. –Ele me tranquiliza

–É impossível achar esse resultado.

–Ué, você não disse que conseguia sozinha? –Diz de forma implicante

Viro minha cabeça para o lado, evitando olhar em seu rosto. Por que meu ego precisa ser tão grande?

Derrepente, sinto sua mão sobre a minha que seguravaa caneta, isso me faz olhar em seus olhos.

–Deixa eu te ajudar. –Eu fico calada, sem reação, como se eu desse permissão a ele.

Sua voz calma fez com que eu me arrepiasse.

–Você teve apenas um único erro. Ao descobrir o valor de "x" você confundiu os sinais. Como você não pode errar na matemática, quando você foi descobrir o valor de "y", acabou sendo um número completamente diferente, resultando no resultado errado. –Ele diz enquanto guia a minha mão para escrever a expressão correta no caderno. –Você conseguiu entender? –Não consigo responder por causa do turbilhão de emoções que estou sentindo.

Ele retira sua mão de cima da minha 

–Eu me sinto uma idiota estudando ao seu lado. Como pude ser boba o suficiente ao ponto de errar algo tão fácil dessa forma?

‐Você é mais inteligente que eu pensei. Você é esperta e aprende rápido, em uma aula você conseguiu aprender o que eu levei uma semana para intender.

–Ser chamada de inteligente pelo melhor amigo do supremo alfa? Esse elogio vai ficar guardado para sempre. Você acabou de alimentar o meu ego. –O garoto dá um sorriso.

–Percebi seu interesse por livros momento em que entrou na biblioteca, gosta de ler?

–Muito. Eu amo livros de fantasia e romance, é uma ótima forma de fugir da realidade. Mas a minha única amiga não costumava ler, então eu não tinha com o que conversar sobre os livros que eu leio.

–Sério? Qual o seu livro favorito?

Sua pergunta fez com que todos os sentimentos confusos voltassem. Não consegui esconder minha cara de surpresa e admiração.

–O Principe Cruel.

–Nunca li esse livro, pode me contar sobre ele? –Dou um sorriso sincero. –Agora você tem alguém para falar sobre os seus livros favoritos. Estou apenas tentando ser seu amigo, não um aluno chato que apenas te ajuda a estudar.

–Está bem, somos amigos então. –Eu entendo a mão e ele retribui o gesto dando um aperto de mão.

–Agora pode me contar sobre o seu livro favorito? Estou curioso para saber sobre seu gosto literário.

–Bem... Por onde eu posso começar? Tem tantas coisas... –Ele dá um sorriso abaixando a cabeça rapidamente, mas logo volta seu olhar para meus olhos.

É legal estar com ele.

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