Majesty

Capítulo 35 | Livro 1

Annie On:

Ga Mo Tack se afasta e um tambor é tocado com força -Ao reparar que iria começar, coloco meu protetor de ouvido.

Mark ataca primeiro. Mas é interrompido pela espada de Noah, formando um "x".

Minha respiração se torna um pouco ofegante.

Noah ataca Mark, mas o mesmo desvia acertando um chute em Noah.

Por impulso, dou um passo para frente. Isso fez com que Hana segurasse meu pulso.

Noah se recompõe, e logo avança em Mark. A luta de espadas ficou agressiva, eles trocavam golpes fortes e rápidos com suas espadas.

O som estava tão alto que nem meus protetores estavam servindo. Senti minhas mãos soarem, mas não era apenas pelo o som, ou pela luta, eu estou preocupada com a segurança de Noah.

Noah On:

Tentei um ataque, mas falhei. Quando me virei para meu adversário, recebi um corte no lado esquerdo de meu abdômen.

Isso é contra as regras. Não podemos usar magia, acertar com a espada, ou matar. Ele não está disposto a seguir essa regra.

Enquanto estou em estado de choque, sou atacado com outro corte no lado direito do meu abdômen.

Quando Mark se afasta, olho ao redor. Consigo ver o choque em todas as pessoas, até aquelas que estavam torcendo por Mark. Ao desviar meus olhos por todos, meus olhos encontram os olhos de Annie.

Ela está em um estado de choque, com suas mãos cobrindo a sua boca e seus olhos arregalados.

Eu preciso fazer isso, por ela.

"Calma, não posso virar amigo da sua amiguinha?"

"Todos nós temos um ponto fraco. Pelo visto, você descobriu o seu, e acabou de revelar ele para mim."

"Ela é uma humana, todos vão conseguir atingir o seu ponto fraco."

Todas essas frases vem em minha cabeça quando Mark se aproxima.

Eu bloqueio seu golpe criando um escudo de pscocinese, fazendoccom que um impulso o jogue para trás. Eu o ataco, acertando um corte em seu braço, fazendo-o cambalear para trás. Acerto um outro corte em seu abdômen. Uso a pscocinese para jogá-lo no chão com força fazendo sua espada cair de sua mão. Quando Mark se senta para pegar sua espada, posiciono a minha no seu pescoço, no ponto letal.

-Mark Howstrong. -Volto minha atenção para meu professor. -Você ganhou essa luta.

Me afasto de Mark, olhando para todos em volta. Muitos nobres e pessoas importantes orgulhos. Olhei para Mun, que acentiu com um sorriso. Olhei para Hana que estava feliz enquanto segurava os ombros da irmã. E por final, olhei para Annie, que se soltou das mãos de Hana e ajoelhou-se, sem forças nas pernas.

Soltei um sorriso ao ver sua reação, que foi retribuido com um mais bonito.

Quebra de tempo

Escuto alguém bater na porta do meu quarto.

-Noah? -Escuto a voz de Annie.

Acabei de sair do banho e de colocar alguns curativos. Meu cabelo ainda está molhado e não estou com uma roupa elegante -Uma calça preta e uma blusa branca que desenha bem os músculos do meu braço.

Abro a porta.

Annie balança a mão como um "olá ". Ela está com um sorriso fofo no rosto.

-Como descobriu qual era o meu quarto? -Pergunto

-Mun me contou. Não é muito longe do meu quarto, então não foi difícil de encontrar.

-Por que veio aqui? -Apoio minha mão na parede.

-Isso é um interrogatório? -Ela está ficando irritada, isso fez com que um sorriso escapasse doa meus lábios.

-É apenas curiosidade. -Respondo

-Gostaria de ver comigo você está. Eu fiquei muito preocupada na luta.

-Eu acho que fiquei mais preocupado com você, do que você comigo.

-Preocupou-se comigo? -Pergunta

-Não sou o único curioso aqui. -Dou um sorriso ao ver ela franzir o cenho. -Entra, vamos conversar aqui dentro.

Sem pensar muito, Annie passa por baixo do meu braço sem nenhum esforço, entrando no quarto.

Retiro meu braço de onde estava e olho para trás. Tenho a visão de Annie ajustando delicadamente seu vestido para sentar-se na cama.

Dou um sorriso e fecho a porta. Vou até ela ficando em pé a sua frente.

-Ficou preocupado comigo? -Pergunta novamente

-Como consegue ser tão curiosa? -Pergunto

-Apenas me responda.

-A curiosidade matou o gato, nunca ouviu falar?

-Sou uma humana, não uma gata. Pare de mudar de assunto e responda minha pergunta.

Respiro fundo. Me sinto derrotado.

-Você estava nervosa e seu protetor ajudava até um certo tempo de luta. Percebi isto quando fomos acompanhar o treinamento da Hana e você saiu mais cedo um pouco ofegante e com as mãos suadas. Você poderia ter uma crise de ansiedade a qualquer momento.

Ela respira fundo.

-Pânico.

-O que? -Pergunto.

-Tenho crises de pânico.

-Por que tem essas crises por causa de lutas de espadas? Isso é algo considerado normal em todos os reinos.

Percebo que minha pergunta a deixou um pouco agitada.

-O som das espadas chocando-se... O som delas perfurando a pele... -Algumas poucas lágrimas caem de seus olhos. -O som delas acertando pessoas inocentes...

Eu a abraço.

Ela fica surpresa, mas logo sinto ela retribuir. Sinto seus braços passarem pelos meu ombros, sinto suas unhas cravarem nas minhas costas com força, sinto ela afundar o rosto na dobra do meu pescoço, sinto suas lágrimas molharem minha blusa.

-Não precisa se forçar a contar caso seja muito difícil. -Sinto ela apertar mais o abraço. -Calma, eu estou aqui. -Sinto ela afundar seu rosto ainda mais no meu pescoço. -Como no dia em que estávamos na árvore, eu estarei aqui.

Levo uma das minhas mãos para seu cabelo, o acariciando.