Capítulo 28 | Livro 1

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Hana On:

Precisei sair do meu trabalho por um momento para ter minha refeição. Como os lobos acreditam que não existem vampiros no reino, costumo comprar sangue escondido de vampiros que viajam entre reinos disfarçados de humanos, apenas nós vampiros conseguimos descobrir com facilidade sua verdadeira espécie.

Esse vendedores fazem isso porque sabem que existem vampiros escondidos por toda a parte, então é um ótima foma para que eles ganhem moedas de ouro.

É fácil esconder a enorme garrafa na mochila, e é mais prático também, não é muito fácil morder alguém sem ser vista. Tirando o fato de que nem todo sangue é bom, existe aqueles com um cheiro e gosto horrível para nós vampiros.

Isso me faz lembrar do cheiro do Mun...

Não estou me referindo ao cheiro de seu perfume, mas sim o cheiro do sangue dele. Eu amaria provar o sangue de um alfa supremo, mas seria impossível sem que ele me descobrisse.

Saio de meus pensamentos ao perceber que a garrafa cinza em minha mão está vazia. Não é possível ver o líquido que tem nela por causada cor, então eu uso para me alimentar.

Os lobos, elfos, fadas, humanos e outras espécies nós consideram monstros por precisarmos de sangue para sobreviver, mas que escolha temos? Nosso sangue não tem nutrientes o suficiente para nós manter, comida normal quase não tem nutrientes para nós, também não podemos nós alimentar de sangue animal, pois não é saudável, o que pode trazer doenças caso bebamos em grande quantidade, por esse motivo nossa pele é tão branca.

Considero aqueles que nós acham monstros, hipócritas. As espécies matam animais para se alimentar de sua carne, e nós não matamos outras espécies, apenas bebemos ou coletamos a quantidade suficiente de sangue para nós, permitindo que a outra espécie possa sobreviver.

Lógico,  como todas as espécies,  existem vampiros de sugam sangue até matar, mas nem todos são dessa forma.

Saio da cozinha e vou para o meu quarto apenas para deixar a garrafa lá. Ao sair, vou até a sala do rei, mas não avisto o alfa. Ao olhar pela varanda, também percebo que ele não estava no jardim, fui até seu quarto e bati a porta, mas ninguém respondeu.

Comecei a ir em alguns cômodos do enorme castelo para tentar encontrá-lo, mas parece um labirinto sem fim. Entro em uma outra sala e me deparo com grandes estantes de livros, era uma biblioteca enorme. Ao ponto de precisar ter escadas para alcançar os livros que ficavam na parte de cima. Annie amaria este lugar.

Ao olhar para uma das mesas, percebo a presença de Mun. Ele estava sentado se concentrando-se em um livro.

–Se eu soubesse que estaria aqui, não teria quase enlouquecido dando voltas pelo palácio. –Digo me aproximando do supremo, o que chamou sua atenção.

–Pensei que demoraria mais tempo.

–Normalmente eu faço refeições bem rápido... O que está fazendo, majestade?

–Apenas lendo sobre relatos anteriores sobre o reino, ou reis que já estiveram no meu lugar.

–Como assim? –Digo me sentando na cadeira ao seu lado.

–Alguns reis, rainhas, nobres, ou até mesmo outras espécies com vidas comuns, faziam livros relatando sobre sua vida. –Ele aproxima o livro de mim apontando para as palavras escritas. –Alguns sobre como era comandar um reino, outros dizendo a maneira de como eram felizes, e alguns demonstrando seu amor pela companheira.

–Amor pela companheira? –Pergunto

–Alguns contam suas histórias e o quão a amavam, outros como foram traídos, e alguns contam sobre a terrível dor de ser separado de sua parceira pela vida e a morte.

–Imagine alguém amar tanto você, ao ponto de te fazer um livro, e não te esquecer até depois de sua morte... Isso deve ser tão... Mágico.

–E ao mesmo tempo é doloroso. –Mun continua.

Respiro fundo.

–Poisé... Eu realmente espero, que quando você encontrar a sua verdadeira parceira, que ela ame você incondicionalmente, e que sempre esteja ao seu lado... –Hana... –Ele tenta dizer algo, mas eu continuo a falar. –Eu não sou a pessoa quem o seu fio vermelho realmente deveria estar conectado Somun. Um dia nós vamos rejeitar um ao outro, e você vai perceber que tudo o que estou falando é verdade.

–Se for para viver o resto da minha vida ao lado de uma mulher que não tenha sua personalidade, seu rosto, seu corpo, uma mulher que não seja você, eu prefiro passar o resto de minha vida sozinho.

–O que te faz achar que somos o destino um do outro? Nada disso faz sentido. Me responde, o que te faz pensar que sou a mulher certa para você? O que te faz pensar que uma mera criada pode ser sua rainha?

Ele segura minha mão direita com a sua esquerda, entrelaçando nossos dedos. Isso me deixou em dúvida, mas logo sinto uma magia surgindo de nossas mãos. Consegui ver o fio vermelho surgindo, mostrando que nosso destino está entrelaçado. Mun separa nossas mãos, mostrando que o fio não está rompido.

–Essa, Do Hana Merleywands, é a prova. –O fio desaparece lentamente depois de sua fala.

Ele sabe meu nome completo?

–É um erro...

–Não, não é, e eu vou conseguir provar a você de que nosso destino está entrelaçado, que podemos ficar juntos, e vou provar ser um bom companheiro a você. –Somos interrompidos pelo barulho da porta sendo aberta.

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