Majesty

Capítulo 36 | Livro 1

Hana On:

Estou com Mun em sua sala. Escutando ele me dar bronca.

–Não pode ficar tanto tempo assim sem comer, Hana! Você quer morrer?

Ele anda de um lado para o outro pela sala, enquanto estou sentada em uma das cadeiras que tem em uma grande mesa.

Estou sentada de forma desajeitada por estar entediada, mas me sinto confortável porque Mun permitiu que eu usasse calça no castelo.

Muitos chefes acham inapropriado por acharem masculino, mas eu não ligo. Vestidos fazem muito calor e são desconfortáveis por causa de todas as camadas de tecido.

–Que saco, já disse que estou sem fome. Eu já comi no almoço.

–Comidas normais quase não tem nutrientes para o seu sangue.

–Como sabe disso? –Ele abre a boca mais não consegue dizer nada. –Lobos não estudam sobre vampiros. Como sabe disso?

–Hana, sobre a reunião com... –Tenta mudar de assunto.

–Somun... Você tá estudando sobre a minha espécie?

–Não. Por que eu estudaria sobre os vampiros? –Mente, me fazendo dar um sorriso de canto.

–Você é um péssimo mentiroso. Se estivesse no meu lugar, estaria morto a muito tempo. –Ele desvia o olhar e vai para sua mesa, sentando-se. –Está bem, vamos falar sobre a reunião.

Vou até sua mesa e me sento em cima dela.

Mun pega um papel e me entrega.

–Essas são todos que vão passar um tempo no castelo.

–É bastante gente. –Digo

–Eu gostaria de chamar aqueles que governam reinos vampiros, mas seria impossível sem causar um enorme confusão.

–Sem contar o fato de que iram reconhecer a mim e a Annie. –Percebo um silêncio então olho para Mun. Consigo ver a dúvida em seus olhos. –Um vampiro reconhece outro vampiro, não importa se está disfarçado de humano ou não.

–Agora podemos apenas esperar o dia marcado. –Ele respira fundo. –Espero que consigamos entrar em um acordo para combater os espíritos malignos.

–Não podemos fazer com que eles parem. Apenas faça todos os reinos aumenterem a segurança dos súditos.

–Você está certa. Também preciso falar sobre com Castiel.

–Não vejo muito ele ultimamente. Aconteceu algo?

–Parece que a parceira dele está com alguns problemas de saúde. Ele precisa ficar com ela e não pode vir ao palácio.

–Entendo...

–Hana, muitas das pessoas que virão para a reunião não tem noção de respeito. Caso um deles te desrrespeitem, fale comigo imediatamente. Também não obedeça os mandamentos deles. Como eu disse, você é a minha criada.

–Não precisa avisar, eu entendo como a monarquia funciona e como as pessoas são cruéis. Eu apenas faço um pedido para você, Somun. Não tome decisões que machuquem a minha espécie sem motivo algum, vocês não tem provas para dizer que minha espécie é o motivo do aumento de espíritos malignos.

–Como posso tomar essa decisão se a minha parceira é a vampira mais bonita desse mundo?

–Primeiro, eu não sou a sua parceira. Segundo, você só viu duas vampiras em toda a sua vida.

–Para de falar que não somos parceiros, você sabe que isso apenas causa briga entre nós.

–Então pare de falar que somos parceiros.

–Magou, vampirinha.

–Que apelido brega.

–Eu sei que você gosta. –Ele está certo, eu realmente gosto desse apelido.

Quebra de tempo

Não faltam muitos dias para as reuniões começarem.

Isso me faz pensar a quanto tempos conheço Mun. Desde o aniversário dele, já se passaram dois meses.

O tempo passou-se muito rápido. Isso é estranho, porque tenho uma amizade com Mun que nunca imaginaria que teríamos.

Nós temos aulas de luta no tempo livre, e eu sou muito grata a isso.

–Está pensando no que?

Ao me virar, me deparo com Mun.

–O tempo passou-se muito rápido.

Ele saca a espada e ataca, mais eu bloqueio seu ataque.

–Não estou destraida dessa vez.

–Fico feliz com isso.

Acertei um golpe em sua espada para afastá-lo, mas ele não moveu-se nem um pouco. Em um momento rápido, Mun moveu-se para trás de mim.

–Você está linda hoje, vampirinha. –Ele diz em minha orelha.

Consegui sentir sua respiração em meu pescoço – principalmente pelo fato de meu cabelo estar em um rabo de cavalo, deixando essa parte amostra – fazendo-me arrepar.

Abaixei minha guarda.

Me virei obra olhar Mun e recebi uma rasteira. Quando percebi, já estava no chão com a espada de Mun apontando para meu pescoço.

–Nunca abaixe a sua guarda. Vampirinha.